quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Considerações sobre o momento político atual

O que temos?

Tenho algum conhecimento jurídico, culpa de um inacabado curso de Direito em uma faculdade local há já um bom tempo. Nenhum arrependimento em não ter concluído o curso — eu não sobreviveria à atividade advocatícia —, mas o conhecimento adquirido à época foi suficiente útil para entender que o Brasil não pode dar certo no atual sistema. E mais: acredito que nosso sistema é/está FUBAR (do Inglês, Fucked Up Beyond All Recovery). Existem outras acepções mais polidas, porém nosso caso exige uma certa grosseria berrante, escandalosa o suficiente para que o leitor se digne a entender.

Ao contrário dos muito cultos, conhecedores do Estado pelas suas entranhas, políticos, juristas ou cidadãos, todas eles sabidamente honestos e patriotas, o Brasil chegou a um tal ponto que não dá mais para ser consertado. É simplesmente inviável, seja pelo preço a pagar em moeda, seja pelo tempo a se despender igualmente valioso. Precisamos urgentemente recomeçar do ZERO antes que acabemos na anarquia, quiçá num conflito interno de consequências imprevisíveis.

Não desejo para nós uma Guerra de Secessão Americana ou uma Revolução Francesa. Podemos obter o melhor dessas revoluções pela observância da sua história, abandonando seus equívocos e adotando, talvez mesmo com atrevida vivacidade, seus acertos e pontos positivos. Não há demérito em se copiar o BOM e abandonar o MAL.

Com o que contamos?

Na minha visão, contamos somente com nós mesmos. Em outras palavras, o Brasil só pode contar com o POVO, nada mais. E o tão citado Artigo 142? Really? Are you fucking kidding me? Eu não me fiaria nos nossos militares para nada mais que uma partida de pingue-pongue ou de sinuca. Claro, não falo dos praças e baixo-oficialato. Tenho birra é dos oficiais-generais e oficiais superiores que só sabem puxar-saco para ascenderem ao generalato ou aquinhoar estrelas. Nas palavras de um certo general francês, "La faiblesse — même l'apparence de faiblesse — n'a jamais résolu aucun problème."

Certamente há exceções, não nego, mas basta ouvir um general ou coronel "nas redes" para detectar a conversa untuosa do oficial-político, o galgador de postos sem qualquer merecimento, isto é, o puxa-saco de gandola.

Olhe nos olhos de um oficial americano, japonês, chinês, finlandês, indiano... Se você ou seu país for uma pedra no seu caminho verá neles fixo destemor, vontade irremovível, raiva, ódio como o de um cão Rottweiler que defende seu território. Tente ver o mesmo nos nossos. Não viu? Não é culpa deles. É culpa dos seus superiores, bananas de pijamas cujo único objetivo é a aposentadoria precoce e um lugar no Clube Militar da sua cidade. Não são militares, são políticos e carreiristas.

Então, meus caros, não contem com a caserna a não ser que consigam arregimentar os praças e os oficiais inferiores. O alto-oficialato parece ter sido formado no Instituto Rio Branco, nunca na AMAN — Academia Militar das Agulhas Negras, para citar aquela que é (ou pretende ser) a nossa West Point.

Então não há saída?

Eu acredito que há e ela envolve um militar da reserva, um ou mais artigos da Constituição e medidas FORTES. Detalhe: não dá para esperar não. Como se diz comumente por aí, "É para ontem!"

No momento atual TODOS conspiram contra a Presidência da República. Claro, por "todos" quero referenciar instituições como STF, Senado, Câmara Federal, certos governos estaduais, certos governos municipais, entidades privadas como a OAB e até mesmo uma parcela minoritária do POVO, neste último caso por convicção ou desinformação, não importa. Convenientemente, no nosso sistema jurídico conspirar não é crime, ou não era quando eu estudei essa coisa. Assim, tramar a queda de um governo é prática obrigatória por quem perdeu as eleições ou o bonde da história. E os perdedores têm tempo, afinal não têm o que fazer enquanto o outro precisa governar...

Na maioria dos países ocidentais, conspirar é crime. Vocês já ouviram a expressão "Conspirar para..." nos filmes policiais, dramas e documentários. Lá fora o simples ato de tramar algo já rende tempo no xilindró, claro, depois de provado e julgado. Aqui não; então a conspiração corre solta.

Voltando ao primeiro parágrafo desta seção, o que poderia ser feito para termos uma saída? Ora, eu me lembro de uma fala do filósofo Olavo de Carvalho que alertava, primeiro ao Trump e depois ao Bolsonaro, que era imperativo LIMPAR a casa antes de se por a governar. Nenhum dos dois tomou este cuidado e hoje sofrem pela incúria.

Após tantos anos de governos de esquerda, TODO o estamento burocrático (royalties para R. Faoro) está infestado de esquerdistas. Eles chamam a isso "aparelhamento". Dos palácios de Brasília, câmaras, cortes, ministérios, autarquias, estatais etc, são MILHÕES de sinecuras bancadas pelo nosso dinheiro. E nesse meio estão também os militares, razão maior para não se esperar muito deles também. É preciso fazer uma ressalva a eles: na sua grande maioria são PATRIOTAS, só não sabemos até onde ou a que preço. Lembram-se do Rottweiler acima? A lealdade de um cão vai muito além do respeito, do carinho, ou do alimento que recebe do dono.

Outro dia ouvi de um jornalista de Brasília algo que falo há anos: "O Presidente precisa reformar todo o seu alto-oficialato e substituí-lo pela promoção de oficiais superiores (e.g. coronéis) de sua estrita confiança, e só então AGIR."

Minha sugestão:

  1. Prender todos os onze ministros do STF por seus diversos crimes, tais como os de lesa-pátria, prevaricação, concussão, corrupção, abuso de poder, omissão, incúria, advocacia administrativa, conluio etc. Eles atendem a quase todo o Código Penal e Civil com seus crimes.
    • Eventualmente poderiam ser extintas cortes como TSE e outros puxadinhos.
  2. Prender a Mesa da Câmara dos Deputados. Toda a Mesa. A Câmara continuaria a funcionar com os deputados restantes. Os crimes são os mesmos já citados acima.
  3. Prender a Mesa do Senado Federal, tudo o mais como já citado no item anterior.
  4. Por fim, TODOS os presos seriam entregues para processo e julgamento por cortes MILITARES. Seria como um Nüremberg brasileiro.

Acham que exagerei? Oro por isso todos os dias.