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quinta-feira, 17 de maio de 2012

A verdade e a ferida


Li agora há pouco uma coluna do Carlos Chagas sobre a instalação da Comissão da Verdade. Despretensiosa a meu ver, ela mexeu com minhas lembranças do passado e com minha consciência do presente. Seguem abaixo algumas linhas desses meus devaneios.

Dizem que retirar a casca da ferida ajuda sua cicatrização. É verdade. Nós fazemos isso instintivamente e até os símios o fazem, às vezes com auxílio do outros. Entretanto, é preciso ter cuidado. Se a casca ainda estiver aderida, a ferida reabre e supura.

Algo me diz que a democracia da qual usufruímos nasceu do reconhecimento dos erros cometidos de parte a parte, dos excessos de ambos. Chegou-se ao consenso de que o melhor seria passar a borracha e recomeçar do zero. Naquela época, ainda na minha juventude, não gostei. Queria a "minha" revanche. Hoje não penso assim.

Aprendi que "ganhar o jogo" ou "ter a última palavra" pode não ser o mais importante. Afinal, a vida é sempre mais longa que um momento da história. Vejo opiniões aqui e ali "exigindo a verdade", sem se preocupar se uns quinze minutos de fama e glória, valerão o presente conquistado. Isto me preocupa.

Aprendemos com erros e acertos. Temos entre nossos ditados um que diz "em time que está ganhando não se mexe", então por que revirar o lixo da história se o seu cheiro já não incomoda? Sabemos o que se passou. O que se arrisca é o risco de inflamar as feridas ao querer apressar sua cura. Hoje, passado já tanto tempo, eu ainda as deixaria como estão, curando-se lentamente, porque o risco de uma nova inflamação — assim eu penso — pode nos ser insuportável.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Negócio "fechado" por Lula segue suspenso

Ainda bem! Antes suspenso que no chão. Afinal, aviões foram feitos para voar "suspensos" em suas asas. Ha! Ha! Ha!

A modernização das Forças Armadas segue nas nuvens:
inalcançável, efêmera e pouco provável.
Os Rafale (2000) franceses, até hoje, só foram vendidos para a própria França. Em todas as concorrências que participou perdeu para uma aeronave concorrente ou foi desclassificado no processo. O alto custo de compra, assim como o alto custo operacional, são sempre os motivos indicados. Isto posto, há uma grande possibilidade de vir a ser comprado pelo Brasil: nós temos uma longa e comprovada tradição de ficarmos na contramão da história. Lula, ainda no exercício da Presidência, garantiu o fechamento do negócio a seu "colega" Sarkozy, isso a despeito dos relatórios da Aeronáutica contrários à compra.

Causando estranheza aos entendidos do assunto, o caça russo Sukhoi Su-35 (2008) foi desclassificado do processo de seleção. Sabidamente o melhor caça em operação no mundo na atualidade, o mais barato tanto para compra quanto para operação, e o único que garantia a transferência total de tecnologia, ele foi simplesmente posto de lado. Dizem que foi porque a Venezuela chavista o comprou primeiro. Restaram na briga, além do Rafale, o Gripen-NG (1997) e o F/A-18 Super Hornet (1983). Retirada a aeronave mais moderna — o Sukhoi Su-35 —, a preferência da Aeronáutica recaiu sobre o Gripen sueco, seguido do Rafale. Os F/A-18 foram praticamente desconsiderados, porque é longa a tradição dos Estados Unidos em não transferir tecnologia sensível, mesmo que seja a de uma aeronave que entrou em serviço nos anos 80.

Entre idas e vindas, o FX-2 não saiu do lugar. Aliás, nossas Forças Armadas seguem em petição de miséria, desaparelhadas, antiquadas e vulneráveis, algo que por si só desqualifica o moto dilmístico "País rico é país sem pobreza". Nossa pobreza é farta, visível e ainda bate continência.

Se quiser saber mais sobre o Projeto FX-2, clique aqui.