sábado, 31 de dezembro de 2011

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 6

Que "lei da palmada" que nada! Nesse Congresso, só batendo!
São mimados, malcriados, voluntariosos e corruptos.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O que se queria eram os votos — a água foi a isca

As espertezas com a [falta de] água no Nordeste já ocorrem de longa data e sempre pelo mesmo motivo: a apropriação da enorme quantidade de votos disponíveis na região. Naturalmente propensa a pouca precipitação pluviométrica, culpa atribuída ao regime de ventos resultado da zona de alta pressão entre a América do Sul e a África, a região nordestina ainda teve sua situação agravada pelo péssimo manejo florestal, como o do ciclo da cana.

A cobertura vegetal é a principal responsável pela infiltração da água no solo, consequentemente fundamental para a formação de aquíferos e mananciais. O maior problema do Nordeste nem tanto é a baixa precipitação pluviométrica, mas a falta de perenidade de seus rios. A barragem de Orós (Barragem Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira) tinha como principal função perenizar o rio Jaguaribe. Estudos sobre a obra se iniciaram ainda no século XIX, durante o Império, mas só foi construída no governo Juscelino Kubitschek e inaugurada em Janeiro de 1961. Nesse ínterim, Orós foi objeto de uso político naquela região, ajudando a eleger dinastias inteiras de vereadores, prefeitos, deputados, senadores e governadores. Hoje é a transposição do São Francisco que faz este papel. Repasso matéria de Marta Salomon publicada no Estadão, grifos meus:

Transposição do Rio São Francisco esbarra em preço da tarifa de água


Projeto exige modificações que podem tornar preço da água um dos mais altos do País


BRASÍLIA - Com dificuldades para completar as obras da transposição do Rio São Francisco, cujo custo já explodiu, o governo analisa como cobrar do consumidor do semiárido nordestino o alto preço da água. Para vencer o relevo da região, as águas desviadas do rio terão de ser bombeadas até uma altura de 300 metros. O trabalho consumirá muita energia elétrica e esse custo será repassado, pelo menos em parte, à tarifa de água, que ficará entre as mais caras do País.

O mato cresce entre as placas de concreto...
...enquanto a caravana, digo, as cabras passam.
Estimativas preliminares apontaram custo de R$ 0,13 por metro cúbico de água (mil litros) apenas para o bombeamento no eixo este, entre a tomada da água do São Francisco, no município de Floresta (PE), até a divisa com o a Paraíba. Nesse percurso, haverá cinco estações de bombeamento, para elevar as águas até uma altura maior do que o Empire State, em Nova York, ou do tamanho da Torre Eiffel, em Paris, ou ainda 96 metros menor do que o Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro. O maior arranha-céu de São Paulo nem chega perto.

A estimativa de custo do bombeamento da água no eixo leste foi feita pelo Ministério da Integração Nacional e projetava o início do funcionamento dessa parte da transposição ainda em 2010. Como a obra só deve começar a operar completamente em dezembro de 2015, conforme a última previsão do ministério, o custo deverá aumentar.

Sem revisão, o valor já representa mais de seis vezes o custo médio da água no País. Novo estudo sobre o custo foi encomendado à Fundação Getúlio Vargas.

Imbróglio. Trata-se de uma equação não resolvida. O governo federal se comprometeu a bancar o custo total da obra, estimado inicialmente em R$ 5 bilhões e que deverá alcançar R$ 6,9 bilhões, mas não definiu como financiar a operação do projeto, com a manutenção dos canais e o consumo de energia para o bombeamento.

O custo da construção já inclui a estimativa de gasto de mais R$ 1,2 bilhão para concluir um saldo de obras entregues a consórcios privados que não conseguirão entregar o trabalho, como revelou o Estado na edição de ontem.

O Ministério da Integração Nacional, responsável pela obra, não se manifesta, por ora, sobre a concessão de subsídio à água a ser desviada do Rio São Francisco para abastecimento humano e também para projetos de irrigação e industriais, segundo informa o último Relato de situação do projeto da transposição.

Como podem ver, "levar a água ao semiárido" era só uma desculpa, apenas um detalhe. O que sempre se buscou foram "os votos do semiárido", mas isto não podia ser dito sob pena da não-eleição da Dilma e a descontinuidade do Projeto de Poder lulo-petista. Conquistados os votos da patuleia, a transposição começou a fazer água, isto é, água não! Secou de vez, e a despeito da montanha de dinheiro despejado lá.

Dizem que atualmente só os lotes tocados pela Engenharia Militar é que ainda não pararam. Deve ser mesmo verdade, porque os militares sempre fizeram muito pelo Brasil, mais pelo que são pagos, muito mais ainda pelo que este País merece. Quero mesmo é saber aonde vão acabar as "obras do PAC", mais um grande estelionato eleitoral com a chancela do PT.

Em tempo: o ministério que cuida desta e outras obras é o da Integração Nacional. O atual ministro é o Sr. Fernando Bezerra Coelho e esta é a sua agenda. Notícias oficiais sobre o "bom" andamento da transposição podem ser lidas aqui, mas eu prefiro ler mesmo nos jornais, mesmo com risco de ler matéria comprada.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 5

Graças à Justiça cega, surda, muda e com faro para o dinheiro

Muita esperteza

Aqui em Minas se usa dizer que "esperteza quando é muita vira bicho e come o esperto". Dizem que quem gostava muito da frase era o finado Tancredo Neves, avô e mentor do hoje senador Aécio Neves, virtual candidato à Presidência da República em 2014. Lendo a matéria publicada no Estadão, tenho dúvidas se Aécio ouviu a tal frase do avô. Repasso trechos, grifos meus.

Aécio fala em aliança com PSB em 2014

Embora reconheça que sigla seja aliada do governo federal petista, senador tucano diz que 'as coisas podem estar diferentes' até a eleição

MARCELO PORTELA, BELO HORIZONTE

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) admitiu ontem a possibilidade de o partido tentar uma aproximação com o PSB para a corrida pela Presidência da República em 2014. Cotado como um dos principais nomes do tucanato para disputar a sucessão presidencial, o senador lembrou que os socialistas atualmente integram a base do governo, mas ressaltou que "em 2013 ou em 2014 as coisas podem estar diferentes".

[...]

Aécio ressaltou que é preciso "respeitar a posição" do PSB, hoje um partido aliado do Palácio do Planalto, mas lembrou que o PSDB já tem proximidade com os socialistas em várias cidades, como em Belo Horizonte, onde os tucanos devem reeditar a coligação em torno da reeleição do prefeito Marcio Lacerda (PSB), cuja vitória em 2008 também teve apoio do PT. Para expandir essa aliança ao cenário nacional, porém, o senador acredita que os tucanos precisam apresentar "um projeto que signifique expectativa de poder, um modelo novo para o Brasil".

"Vamos definir cinco ou seis grandes bandeiras que vão emoldurar as nossas candidaturas, inclusive nas eleições municipais", afirmou Aécio. "O PSDB tem que ir definindo, clareando essas suas ideias e, em 2013, vamos ver aqueles que queiram se unir em torno desse projeto. E o PSB tem conosco relações importantes em vários Estados. Temos de dar tempo ao tempo. O PSB hoje participa da base de governo, mas em 2013 ou em 2014 as coisas podem estar diferentes", observou.

O tucano voltou a defender a realização de prévias para a escolha do nome que disputará a Presidência pelo PSDB, daqui a menos de três anos. "Ninguém é candidato de si próprio. Acho que o PSDB tem nomes colocados e, lá na frente, vamos definir quem é o melhor."

[...]
Após encontro com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), na manhã de ontem, Aécio afirmou que adotará a mesma posição em relação à sucessão na capital mineira. Apesar de classificar como "natural" a reedição da aliança com o PSB de Lacerda, o senador disse que a "negociação vai ser conduzida pela direção municipal" do partido, já que a parte majoritária do PT mineiro, que também defende a coligação com os tucanos em torno do socialista, reivindica a indicação do vice, como ocorreu em 2008.

Aécio é político hábil e sagaz, isto é inquestionável, mas acho que ele pode estar julgando o PSB nacional pelo PSB de Márcio Lacerda, atual prefeito de Belo Horizonte e pessoa de seu relacionamento. Não é não — e digo mais — Aécio não devia se sentir tão à vontade em meio aos socialistas — esse pessoal "de esquerda" tem uma forma bem peculiar de fazer alianças e de "cobrar" contrapartidas —, basta ver no balcão de negócios que se transformou o governo petista.

O PSDB foi bastante feliz na aliança celebrada com o antigo PFL — hoje o Dem — e juntos criaram um governo sério, comprometido com a higidez fiscal, o investimento produtivo (ainda que pequeno para o tamanho e a necessidade do país) e claramente favorável à livre iniciativa, à redução da interferência estatal na economia e à redução de impostos (infelizmente, o maior esforço foi feito na desoneração das exportações, quando podia ter sido mais amplo).

Tudo posto à mesa, é de se perguntar se não é passada a hora de um governo de direita assumir o Brasil. Fala-se da "direita" como se fosse o outro nome do Demônio e isso após 9 anos de governos "de esquerda" cuja maior façanha foi a produção de escândalos, a formação de quadrilhas, o aparelhamento do Estado e da coisa pública para seus interesses privados. Se eu sou contra tudo isso, então sou "de direita", não há porque ter vergonha, pelo contrário, é motivo de orgulho ser reto, probo e honesto.

E como imagens valem por mil palavras, passo a vocês uma boa imagem do que é a esquerda e o que é a direita. As imagens falam por si, eloquentes. Abaixo de cada uma delas um breve texto explicativo.

As duas Coreias, a do Norte (em vermelho) acima e a do Sul (verde) abaixo


As Coreias vistas à noite por satélite
Só pelo uso de energia elétrica sabe-se quem é "de direita"


Tira-teima: montagem das duas imagens

Voltando ao tema, é preciso perguntar ao cidadão brasileiro o que ele deseja ver acontecer aqui, porque o projeto político das esquerdas — em qualquer lugar do mundo onde ocorreu — é um projeto de Poder, nunca um projeto político que vise o bem estar social, o progresso e o crescimento, como pregam. Aécio devia se perguntar com qual discurso venderá seu peixe, porque esse peixe "das esquerdas" já tem discurso e vendedor, o PSB entre eles.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O lulo-ufanismo: bater bumbos e não bater a corrupção, o analfabetismo, a inflação, o atraso tecnológico, a ignorância crônica e a pequenês de ideias...

Fim de ano, época de festas, e o governo "progressista" ganha para seu arsenal de meias-verdades (i.e. meias-mentiras) mais um dado isolado, fora de contexto, porém apto a alegrar a imensa maioria da população que sofre daquele incurável complexo de vira-latas, aquele sentimento de inferioridade que insiste em aparecer quando se compara nossa realidade com o que se vê nos enlatados de Hollywood, Canadá ou Europa: o terceiro mundo é aqui. Publico a única matéria a respeito do tal fato que não se encontra contaminada pelo ufanismo barato, ou "autolouvação", como no texto da coluna do Celso Ming no Estadão — grifos meus.

Ficou maior. E daí?

O Guardian – importante diário de Londres – publicou matéria nesta segunda-feira que já considera o Brasil a 6.ª maior economia do mundo, ultrapassando a do Reino Unido – segundo conclusões de consultoria privada inglesa. A “novidade”, no entanto, já constava em dados divulgados pelo FMI em setembro, mas pouca gente deu importância à projeção (veja a tabela).

O risco é o de que agora o governo de Brasília e o cidadão médio deem mostras de subdesenvolvimento e recebam a informação com doses excessivas de autolouvação – e, assim, se perca o senso de realidade.



Também em economia, o brasileiro tende a se considerar maioral. E, como no futebol, continua nutrindo a sensação de campeão do mundo. Lá pelas tantas, sobrevém a lavada de 4 a 0 do Barcelona em cima do Santos para devolvê-lo ao rés do chão. Assim, é preciso ver com objetividade notícias assim e a confirmação que virá mais cedo ou mais tarde.

Tamanho do PIB é como tamanho de caneca. E o Brasil é um canecão. Tem quatro vezes a população do Reino Unido e 35 vezes a sua área territorial. Natural que, mais dia menos dia, ultrapasse o tamanho da economia de países bem mais acanhados em massa consumidora e extensão.

Enfim, é necessário examinar esses conceitos não só pela dimensão da caneca, mas também pela qualidade de seu conteúdo. A renda per capita britânica, por exemplo, é mais de três vezes maior do que a do Brasil e a partir daí se começa a ver as coisas como realmente são.

A economia brasileira ainda é um garrafão de mazelas: baixo nível de escolaridade, concentração de renda, bolsões de miséria, déficit habitacional, grande incidência de criminalidade, infraestrutura precária, enorme carga tributária, burocracia exasperante, Justiça lenta e pouco eficiente, corrupção endêmica… e por aí vai.

É claro que isso não é tudo. O potencial é extraordinário não só em recursos naturais, como também em capacidade de inovação e de flexibilidade da brava gente.

Mas há a energia que domina um punhado de emergentes – e não só o Brasil. Enquanto o momento é de relativa estagnação dos países de economia avançada, é ao mesmo tempo de crescimento bem mais rápido das economias em ascensão.

Esse grupo, liderado pela China (que ultrapassou neste ano o Japão como 2.ª economia do mundo), responde hoje por cerca de 40% do PIB mundial, ou seja, por 40% de tudo quanto é produzido no planeta. É também o destino de nada menos que 37% do investimento global – registra levantamento do grupo inglês HSBC.

Tal qual em outros temas, estimativas variam de analista para analista. Mas é praticamente inexorável que, até 2050, pelo menos 19 emergentes estarão entre as 30 maiores economias do mundo.

Mais impressionante é a velocidade do consumo. Só a China incorpora ao mercado perto de 30 milhões de pessoas por ano. Na Ásia, a classe média – diz o mesmo relatório do HSBC – corresponde a 60% da população (1,9 bilhão de pessoas).

Boa pergunta consiste em saber se o mundo aguenta esse novo ritmo de produção e consumo.

CONFIRA



Estouro. Falta incluir os números de dezembro. É grande a probabilidade de que neste ano a inflação medida pelo IPCA estoure a meta (já admitidos os 2 pontos porcentuais de escape). Os levantamentos feitos em cerca de 100 instituições financeiras e consultorias pelo Banco Central apontam para inflação de 6,54%.

Por trás, a gastança. Embora não configure perda de controle, esse esticão é resultado da forte elevação das despesas públicas em 2010, ano de eleições, que o Banco Central acabou por tolerar.

Pois bem, o que existe por trás da notícia: nada! Nadinha mesmo. Porque como disse o Ming, não é o tamanho da caneca que importa, mas seu conteúdo. De nada adianta um PIB gigantesco (vejam o da própria China) se em relação à população ele é irrisório. A China ainda faz um barulhão porque é um governo totalitário, com estado forte e intervencionista. Assim posto, o PIB chinês é bem mais do estado chinês que do povo chinês, embora digam o contrário. O quadro apresentado acima passa a ser mais significativo se vocês prestarem atenção à terceira coluna. Para onde é que foi a China? E o Brasil e a Índia? Números bem menos expressivos, não é?

O PIB per capita dos países ricos do mundo — aqueles que formam o G7 — é de quase 4 (quatro) vezes o do Brasil e Rússia; quase 10 (dez) vezes o da China e 32 (trinta e duas) vezes maior que o da Índia. Este indicador dá uma boa ideia do tamanho do mercado deles e o do nosso. Como se pode ver, d. Dilma falou muita bobagem em Bruxelas, mas duvido muito que a levaram a sério por lá.

Em que pese os esforços de uma esquerda cada vez mais intervencionista no Brasil, especialmente na mídia, nossos dirigentes ainda precisam observar a Constituição e uma ou outra lei, apesar do fôro privilegiado. Mas é preocupante que veículos de grande alcance como a Rede Globo tenham embarcado na canoa ufanista. Já fomos mais que a Itália e Reino Unido de fato, não esse bate-bumbo com jeito de corta-luz.

A coisa é tão descabida, tão despropositada, que fiquei pensando se é mesmo verdade que o metrô de Belo Horizonte se encontra como está há 40 anos; a tão propalada obra ELEITOREIRA da transposição das águas do rio São Francisco se encontra interrompida e abandonada; que nossas estradas só conhecem o "progresso" nas operações tapa-buracos e os portos e aeroportos do País são insuficientes, tacanhos, mal gerenciados e vergonhosos. Basta olhar para a infraestrutura desses países que acabamos de "superar" para ver o tamanho da mentira. Basta comparar a nossa EDUCAÇÃO com a deles, nosso IDH e o espetáculo do nosso crescimento. Balela!

Há muito eu critico o servilismo da mídia — cada vez mais amestrada —, sua submissão ao Poder. Tudo bem, sempre haverá a mídia "pró", mas no Brasil é uma quase unanimidade. Eu preciso ler vários jornais, dezenas de colunas, para encontrar uma opinião isenta, ou, quando muito, uma menos viciada. É bem verdade que quem paga a mídia são os anúncios e o Estado é o maior anunciante, mas poderiam ao menos disfarçar um pouco. Ainda verei uma direita responsável neste País e uma mídia isenta.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 3

E este foi só o primeiro ano... Ainda faltam três, na melhor hipótese.

Os fatos desmentem a retórica

Dilma, a representante ad hoc do lulo-petismo, bradou do alto do seu palanque virtual que o Brasil cresceria 5% no ano que se avizinha. Aqui mesmo, eu disse que o único crescimento na sua gestão tem sido nos índices de corrupção — e isso em relação àqueles do governo anterior — já pródigo na roubalheira e na maracutaia.

Para que não pensem que é perseguição minha, vejam o que nos reporta o Celso Ming no Estadão (grifos meus):

Fazer escolhas

Dilma, inflação e recessão não têm medo de cara feia
A equipe econômica do governo Dilma já não insiste, como até há algumas semanas, em projetar o avanço do PIB em 2012 em 5%. Já trabalha com números mais modestos, ao redor dos 4%. No entanto, o Banco Central, bem mais realista, apontou quinta-feira, no seu Relatório Trimestral de Inflação, um crescimento do PIB de apenas 3,5%.

O que se pode dizer é que, num quadro de estagnação global, as tendências mais realistas para 2012 são de uma expansão mais modesto (sic) da economia brasileira, equivalente ao que se obterá neste ano.

O problema não é apenas esse, mas também o de que, além de enfrentar uma atividade econômica mais fraca, sobe o risco de que, em 2012, o governo Dilma também não consiga empurrar a inflação para o centro da meta (de 4,5%), como vem insistentemente prometendo e como está nos documentos oficiais do Banco Central. Leia a íntegra aqui.

O que se nota é um governo perdido entre maus resultados em ano pré-eleitoral. O pior disso tudo é que o governo abrirá ainda mais as burras para corromper o pleito eleitoral que se avizinha. É a velha receita lulo-petista: quem não tem competência para fazer compra o resultado das urnas, à vista e com dinheiro público.

Feliz Natal !!

Feliz Natal ao Roque e aos Homens de boa vontade!

sábado, 24 de dezembro de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Quando a hienas riem

Algo separa o país que trabalha do país que governa. Vejam esta matéria da Exame (grifos meus):

Se geração de emprego melhorar 'estraga', diz Mantega
Para ele, "a população brasileira nunca esteve tão bem servida de emprego"
Quando os governantes começam a rir
é chegada a hora do povo se preocupar.

Mesmo com a desaceleração do ritmo de contratações neste ano, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que a geração do emprego foi muito boa e que "se melhorar, estraga". Ele acrescentou ainda que se o desempenho do emprego fosse igual ao verificado em 2010, faltaria mão de obra.

Para ele, "a população brasileira nunca esteve tão bem servida de emprego". "Dois mil e doze vai ser melhor do que 2011", frisou. "A população pode confiar que vai ter emprego", acrescentou. O ministro destacou ainda que normalmente nos meses de dezembro existe um número maior de demissões por conta da contratação de temporários.

Mantega comentou ainda a taxa de desemprego do IBGE, que chegou a 5,2% em dezembro - a menor da série histórica. "Talvez seja o melhor atributo de um país". Isso porque, países como Estados Unidos e os europeus estão convivendo com elevadas taxas de desemprego. Para Mantega, "2011" foi excepcional na geração de empregos.

No último dia 20 eu publiquei uma matéria sobre a queda no nível de emprego com base nos dados do CAGED, cujo eloquente gráfico reproduzo aqui mais uma vez:


Ministro, largue o "baseado" e caia na real: há muito para ser feito e os únicos empregos que seu governo tem criado são aqueles na Esplanada: 39 ministérios e crescendo! Era a esses empregos que você se referia, não é?!

Promessas & dívidas

O duro é quando chega a conta...



terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Para onde vai o emprego?

Eles se auto-denominam "Partido dos Trabalhadores". Ha! Ha! Ha! Qualquer coisa, menos "dos trabalhadores"... Nada como um gráfico para mostrar a eficiência dessa gentalha. Excerto da coluna de hoje do Celso Ming:

CONFIRA

Queda brutal no período de maior contratação?!!

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta terça mostra clara desaceleração das contratações no Brasil – vê-se no gráfico. Em 12 meses (até novembro), 2,3 milhões de postos foram criados, 20% a menos do que no mesmo período em 2010 (2,9 milhões).


Agora começa a ficar claro também para os zés e manés. Dá para perceberem que a nossa economia está fazendo água. Como já denunciado aqui, a bonança do governo Lula era só efeito colateral do bons governos Itamar/FHC. Lula só fez discurso em palanque; não trabalhou, não organizou, não investiu: o governo foi só uma festança irresponsável com a coisa pública e o resultado começa a aparecer. Só falta ele dizer "eu não sabia..."

Pois você não sabe mesmo, idiota, e sua lugar-tenente sabe menos ainda já que aceitou o papel de boi-de-piranha, bucha-de-canhão, massa de manobra. Lula agora é pelego do governo Dilma, como sempre fez com a peãozada...

Querias...

...e o último que fez foi há mais de 2 mil anos


Melhor mesmo é não acreditar em "salvadores da pátria" e botar a mão na massa para sumir com essa canalha. Afinal, o Brasil somos nós!

domingo, 18 de dezembro de 2011

Verdadeira como uma nota de três

Já disse aqui mais de uma vez: "Dilma soa falso." Não que seja absolutamente verdade, não todo tempo, mas, via de regra, é como ela soa. Reproduzo a última coluna da Cristiana Lôbo no portal G1 (grifos meus):

Economia e política

Ao fazer o balanço do primeiro ano de seu mandato, a presidente Dilma Rousseff demonstrou que é muito mais preocupada com a economia do que com a política. Ela começou o encontro falando de sua expectativa otimista para a economia no ano que vem – de crescimento entre 4,5% e 5%, acima das previsões de economistas e do mercado financeiro, mas fez questão de ressaltar que seu otimismo está sustentado nas medidas adotadas pelo governo para enfrentar a dificuldade no cenário internacional.

Segundo ela, a inflação também deve ceder e ficar dentro da meta “em curva descendente” e lembrou que o Brasil “tem margem de manobra” na política monetária, o que não é o caso de muitos países da Europa. Mas realçou:

– Isso também porque nós nos antecipamos ao que vinha no cenário externo. A área econômica fez uma avaliação e viu que a crise era forte. Pouco antes da metade do ano, acendemos o sinal vermelho e percebemos que a crise seria de longo prazo com picos críticos – afirmou.

Quando o assunto era a política, a presidente fez questão de falar num tema que tem lhe dado aumento de popularidade, como revelou pesquisa divulgada hoje pela CNI/Ibope:

O governo não tem compromisso com mal-feitos; é tolerância zero – disse ela que deu indicações de que pretende ser mais criteriosa na indicação de ministros por indicação partidária. Ela afirmou que cada vez mais os critérios de governança internos devem prevalecer e não os partidários.

A indicação é feita pelos partidos, mas a partir da nomeação, o ocupante do cargo deve satisfações somente ao governo. Uma coisa é a governabilidade; uma fez nomeado, ele presta contas ao governo e a mais ninguém – disse.

Tudo bem, deve ser a proximidade do Natal e ela acredita em Papai Noel. Notem, não há uma só gota de verdade no que ela disse (ou pensa). Vejamos:
  1. Crescimento entre 4,5% e 5% no ano que vem nem por interferência divina! A Europa vai caindo pelas tamancas, os Estados Unidos estão fazendo para o gasto e a China não vai conseguir o mínimo de 10% que precisa para se manter porque seus principais mercados — Europa e EUA — estão em dificuldades.
  2. Seu otimismo está sustentado apenas nas mentiras do seu governo. Também já disse aqui mais de uma vez: "A política do PT é mentir sempre, até que a mentira ser aceita como verdade, como ensinou Herr Doktor Goebbels."
  3. A inflação está em curva ascendente e não há margem de manobra já que o crescimento é zero e os mercados mínguam. As commodities, que mantiveram as exportações em alta, também já encontraram seu ponto de inflexão. Por exemplo, a China já não está disposta a pagar aquilo que a Vale quer e a Vale não tem outro freguês para o lugar da China...
  4. O governo não se antecipou, como diz a presidenta. Na verdade, agiu tardiamente. Manteve uma política de juros altos e nenhum ou pouco investimento. Nossa indústria se encontra sufocada por altos tributos, burocracia, custos logísticos, etc. A tibieza do ministro Mantêga é tanta que perdi a conta das vezes em que precisou ir à mídia para se desdizer — falta apenas derreter no Verão. O cenário nào poderia ser pior para se enfrentar uma crise mundial.
  5. A tolerância para "mal-feitos", como gosta de dizer a presidenta, é total. Chegou ao cúmulo de não assinar o Tratado Anti-Corrupção de Genebra. Podia ter assinado, nem que fosse para manter as aparências, mas preferiu não arriscar. São muitos os pescoços de amigos que cabem na corda. Quanto aos seus "critérios de governo", eles se limitam a manter a base aliada a qualquer preço, nada mais. Se um partido pia, ela abre as asas como uma galinha choca.
  6. Se é verdade que os ministros devem satisfação ao governo, por que não se perguntou ao Pimentel o porquê de ter faltado à reunião da OMC, razão de sua ida à Suiça? Hein?! Ah! sei... era só para ele se afastar temporariamente do olho do furacão de mais um escândalo.
Escândalos, o único item da pauta em que o governo Dilma se esmerou nesse primeiro ano. Será que não dava para fazer alguma coisinha? Não é tarefa impossível. Vejamos, Itamar fez o Plano Real em menos de dois anos de governo. FHC consolidou o Real, fez privatizações, melhorou substancialmente a economia e o nível de emprego; modernizou o País. O lulo-petismo vem destruindo tudo isso sistematicamente. Basta abrir os olhos e ver. Basta perguntar: o que Lula e Dilma fizeram para o País em nove anos?

Não fosse a oposição tão fraquinha e mansa, este governo já estaria na latrina, destino certo e apropriado para governos petistas e seus afins.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Quem precisa de inimigos com tais amigos

Está lá, no Estadão de hoje (grifos meus):

Jovens reeditam embate Serra versus Aécio
AE - Agência Estado

O congresso nacional da Juventude do PSDB, que começa hoje em Goiânia, promete se tornar um microcosmos do racha tucano entre apoiadores do senador Aécio Neves (MG) e do ex-governador de São Paulo José Serra. Ambos são esperados no evento e devem usar suas falas para tentar mobilizar os militantes em seu favor. Os líderes jovens do PSDB estimam que atualmente a maioria dos diretórios estaduais é comandada por aecistas. O afastamento de Serra desta ala do partido teria se intensificado com o bate-boca, em novembro, entre o ex-governador e o presidente da juventude do tucanato paulista, Paulo Mathias. Serra deve aproveitar o discurso de amanhã para elogiar Mathias e diminuir sua rejeição.

Os militantes mais alinhados ao ex-governador de São Paulo, contudo, tentam minimizar a briga entre ele e Mathias. "Não houve briga! Isso já foi resolvido", diz enfaticamente Wesley Goggi, secretário nacional de juventude do PSDB. Ele pertence ao diretório do Espírito Santo, hoje visto como um dos mais serristas. Foi dele o convite para que Serra e Aécio participassem do evento. "Não tem desconforto nenhum", garante, reiterando que o debate sobre o candidato à Presidência só deve ser feito em 2013.

O presidente da Juventude do PSDB, Marcelo Richa - que os outros tucanos veem como um articulador de seu pai, o governador do Paraná, Beto Richa, e alheio à disputa entre Serra e Aécio -, também nega qualquer conflito entre os dois líderes partidários: "A juventude tem batalhado muito pela unidade".

Acho que deu para notar, pelos meus grifos, que não vi nada de bom na notícia acima e não vi mesmo! É impressionante que o PSDB — outrora um grande partido — tenha se transformado num partideco de baixa categoria. Vá lá, ainda tem algum tamanho e influência, mas é um arremedo da sombra que fazia antes.

O partido se enveredou nessa disputa entre Serra e Aécio e ainda não percebeu que só fazem o jogo do PT e do PMDB. Ninguém ainda percebeu que se trata do clássico "dividir para conquistar"? A coisa já está ruim a partir do atual presidente do partido, que nem tem força para enfrentar os grupelhos que se formam aqui e ali. Olhem novamente para a matéria acima e vocês verão que existem "serristas", "aecistas", e pasmem!, "richistas" também. Ora, não há partido que resista a tantas divas; acabará queimado às cinzas nesta fogueira de vaidades.

O que o PSDB precisa é assumir seu papel — como bem ensinou o ex-presidente FHC — e este lugar é a DIREITA. Isso mesmo! Existe um imenso vazio na ala conservadora e o PSDB insiste em arrumar lugar na esquerda entulhada pelo PT e outros partidos da linha esquerdista. Deixem as esquerdas com eles. Tem mais: não se preocupem com o PMDB — ele se alinhará automaticamente com a proposta vencedora. Dito isto, o PSDB, Dem, PSD e, acho, o PPS, devem compor um projeto eleitoral, uma meta a ser perseguida, aliás, como fez o PT. O PSDB herdou o Poder a partir do sucesso do Plano Real do governo Itamar, então, nunca precisou fazer muita força para nada. Agora é diferente.

Definida a meta, selecionar os melhores quadros (pessoas) para o cargos eletivos. Vamos esquecer aqueles pré-requisitos idiotas como "ele é o mais competente", "ela é a melhor preparada" e que tais. Não é isso que ganha votos. Política não é a escolha de um CEO para uma empresa, não é a contratação do melhor funcionário para um cargo. Política é o convencimento do eleitorado. Para uma parte dele, de se ter a melhor proposta; para outra, de ser a melhor resposta; e assim vai. Então, em política ganha quem convence mais e melhor. Simples assim!

Com isso, quero dizer que não importa as qualificações técnicas de um Serra se um Aécio for capaz de arrumar mais votos. Escolher Serra para concorrer a uma eleição seria/é dar um tiro no pé. Como disse uma vez o Juca Chaves, "Tem todas as qualidades que desprezo e nenhum dos vícios que admiro." O eleitorado é mais ou menos assim; não votam olhando o currículo de ninguém, votam olhando sua estampa. Alguém aí se lembra da eleição do Collor? Pois é... Então, se o eleitorado quiser Aécio, dê Aécio a eles, porque se vocês derem Serra vão perder com Serra, novamente, pela terceira vez.

Grosso modo, não é preciso ser um "mauricinho", mas é preciso ter estampa. Também não precisa ser competente, basta falar bem e com desenvoltura. E mais importante: não precisa ser uma unanimidade (posto que são burras), apenas que tenha baixa rejeição. Tudo o mais que faltar ao candidato, os partidos que o apoi(ar)am certamente proverão, não necessariamente com pessoas, mas com boas indicações para os cargos certos. Isto é um projeto de Poder duradouro e vencedor.

Para terminar, a campanha de 2014 começa agora, na campanha de 2012. Se, por exemplo, o PSDB perder São Paulo, dificilmente poderá se lançar para a Presidência da República. Garantir a cidade de São Paulo é uma daquelas metas que falei há pouco. O estado já está com o partido, então manter a cidade é a meta imediata a ser cumprida. Serra é um bom nome, mas se ele não quiser, tem que ser o de um aliado forte, no caso Afif do PSD. Lamentavelmente, o PSDB paulista parece não ver as coisas assim ou simplesmente não vê.

First things first! Já é mais do que hora do PSDB se entender, nem que seja à custa de uns puxões de orelha e palmadas, ao menos enquanto a lei permitir. FHC está certo quando diz que tanto Lula quanto o PT podem ser batidos. Aécio e Serra também dizem a mesma coisa, só que eu creio que o eleitorado não acredita em Serra, afinal, já disse isso a ele três vezes. Será preciso desenhar? Vamos lá, cortem logo o baralho porque jogo é para ser jogado e a fila precisa andar.

Eis minha receita para uma campanha vitoriosa. De volta ao Poder, (re)fazer as coisas que o País precisa, como privatizações, investimentos em infraestrutura, educação e saúde; porque, até hoje, o PT ainda não desceu do palanque.

No Brasil, só rindo...


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

"Disarm & Conquer"

A frase mais comum — e que você já deve ter ouvido — é "divide and conquer", literalmente dividir para conquistar, mas eu resolvi brincar com as palavras no Inglês e parafraseei para desarmar para conquistar. É, sou contra o desarmamento da população e tenho meus motivos...

O primeiro deles é porque o Estado quer tirar meu direito de defender a mim e a minha família. Eu não quero, com isso, advogar o "direito" de andar armado: sou suficientemente cônscio que meu direito termina onde começa o do meu vizinho. O que desejo é poder "repelir a injusta agressão, atual ou iminente" — como está no Código Penal e na Jurisprudência —, sem correr o risco de ser processado e condenado pelo Estado, que me tem por criminoso sem ao menos me conhecer. Por favor, preste atenção: o Estado o processará se você se defender e aos seus usando uma arma. Posto dessa forma, você pode escolher entre ser aviltado, roubado e morto pela bandidagem ou pelo Estado, sendo que esse último aí é pago por você justamente para defendê-lo e aos seus. Algum dia já ligou para a polícia e pediu proteção? Quem o fez nunca esperou menos que uma hora e meia! O ladrão, o estuprador, o assassino pode até fazer uma refeição completa e tomar um banho, que ainda dá tempo.

A propaganda oficial é pródiga em dizer todos os perigos de se ter uma arma. É verdade, existem até estatísticas bem acuradas sobre isso, mas a propaganda é ENGANOSA. Vou dar um exemplo bastante atual: carros, qualquer veículo de uso pessoal ou de transporte de passageiros ou carga, mata muito mais gente por ano no Brasil que as armas de fogo. Digo mais: matavam mais mesmo antes do desarmamento. Mesmo assim — ou a despeito disso — o governo nunca pensou em fazer um descarramento (perdoem-me o verbete forçado) da população, porque os carros são uma necessidade. Quero frisar meu ponto: você só pode conduzir veículos depois de receber treinamento e ser avaliado; mesmo assim os acidentes com veículos provocam mais mortes que as armas, independente da época; basta procurar as estatísticas. Por que não se faz o mesmo com as armas?

Eu já fui um praticante de tiro ao alvo há uns 30 anos. Frequentava o Clube Mineiro de Caçadores (nem sei se ainda existe) onde praticava carabina a ar e pistola (tiro prático/silhueta metálica). Na minha opinião, era por aí que o Estado deveria ter começado, como fez com os veículos. Quer ter uma arma? Aprenda como usar, pratique, treine. É bom saber com o que se mexe para o fazer com segurança. E haveria classes, como em tudo mais. Eu sou motorista habilitado para conduzir autos e motos de passeio (AB). Isso quer dizer que não posso entrar num caminhão reboque, com um bitrem de várias toneladas, e sair por aí; também não posso entrar num Fórmula 1, engatar a primeira e acelerar, porque acabaria por me matar ou a outrem em ambos os casos. Bom, eu acho que vocês já captaram a ideia — o perigo reside na imperícia do usuário, não na arma ou no veículo. Agora vou repassar um texto do Rich Wehr, escrito para o The Courier Press e traduzido por Julio Severo (grifos meus):

Os suíços têm a ideia certa sobre armas de fogo
Rich Wehr

A Suíça é o país mais seguro do mundo para se viver. Não porque é um país neutro ou qualquer coisa desse tipo.

Creio que é devido ao fato de que cada cidadão do sexo masculino é obrigado a manter uma arma de fogo em casa.

Quando um cidadão suíço do sexo masculino completa 20 anos, ele recebe um rifle militar totalmente automático.

Todo cidadão do sexo masculino é convocado para defender sua pátria se seu país o chamar.

Os suíços e as armas de fogo andam de mãos dadas como vão junto o arroz e o feijão (manteiga e geleia no original). O tiro ao alvo de estilo olímpico é o esporte nacional da Suíça e não é nada incomum ver um cidadão normal num trem, ônibus ou apenas caminhando pela rua com um rifle no ombro.

A política da Suíça de exigir que todos os lares tenham uma arma de fogo é uma das principais razões por que os nazistas não invadiram a Suíça na 2ª Guerra Mundial.

Tivessem os nazistas invadido, teria havido muito mais sangue alemão escorrendo pelas ruas do que sangue suíço.

A Suíça é o lugar mais duro do mundo para ser criminoso porque se você planejar arrombar a casa de alguém, você tem a certeza de que o dono da casa tem uma arma de fogo e foi treinado para usá-la. [O meliante tem a certeza de que sua vítima foi desarmada pelo Estado e está indefesa.]

Se você acha que os americanos são obcecados com a manutenção da Segunda Emenda [que protege o direito de eles terem e usarem armas para defesa], você ainda não viu nada até que visite a Suíça.

A Segunda Emenda da Constituição dos EUA foi inspirada nas políticas da Suíça. Se os suíços não tivessem as mesmas políticas do século XVII, é bem possível que a Segunda Emenda não existiria nos Estados Unidos hoje.

A maioria dos meninos dos Estados Unidos joga em pequenos times de beisebol ou futebol.

Mas a maioria dos meninos da Suíça participa de competições locais de tiro ao alvo e se filia a clubes de tiro ao alvo quando completam 10 anos.

O passatempo nacional dos EUA é o beisebol. O passatempo da Suíça é tiro ao alvo de precisão.

Na Suíça, há menos de um homicídio por cada 100.000 cidadãos por ano, e em 99 por cento dos casos, não há envolvimento de uma arma de fogo.

apenas 26 tentativas de roubo por ano para cada 100.000 cidadãos.

A maioria desses roubos é cometida por estrangeiros e não envolve armas de fogo.

Os crimes violentos praticamente não existem, mas [apesar de] todo lar tem uma arma de fogo. Surpreso?

Está escrito na lei suíça: “O elevado número de armas de fogo per capita não leva a um índice elevado de crime violento”. Isso está solidamente confirmado na Suíça.

A Suíça é um dos países mais pacíficos do mundo. O resto do mundo precisa pegar essa dica.

Pois bem, acha que acabou? Não, tem mais. A má notícia é que o desarmamento aqui fez aumentar a violência no País a níveis alarmantes. Salvo algumas poucas localidades — como São Paulo, SP — a criminalidade aumentou barbaramente. Se quiser saber os detalhes, pode baixar o Mapa da Violência (em PDF) e conferir. Os dados do relatório são oficiais.

Cidades como São Paulo e Rio quase caíram nas mãos da Crime S/A. A presença ostensiva da polícia e a ação forte dos governos estaduais começam a dar resultado: a criminalidade reduziu. Note, entretanto, que a redução se deu mais porque os índices anteriores estavam muito altos. Dou exemplos tirados do Mapa da Violência:
  1. Na tabela 2.5.1. Taxas de Homicídio Jovem, Não-Jovem e Vitimização Juvenil (%) por Homicídio. Brasil, 2000/2010 (pag. 72), podemos comprovar efeitos do Estatuto da Criança e do Adolescente e do Desarmamento.
    1. Em todos os anos da década considerada – 2000/2010 – as taxas juvenis mais que duplicam as taxas da população não-jovem;
    2. Ainda mais: vemos que, a partir de 2003, ano que entra em vigor o estatuto do desarmamento, a vitimização juvenil tende a cair, mas a partir de 2007 as taxas juvenis recuperam os antigos patamares, e até superam os níveis anteriores;
    3. A partir de 2003, com fortes oscilações, conseguiu-se estagnar a espiral de vitimização juvenil, mas em níveis muito elevados. Não temos conseguido, ainda, reverter o flagelo, que já dura longos anos.

  2. Na tabela PR1 (pag. 166), os efeitos do desarmamento no Paraná: “As taxas do estado, que já vinham crescendo de forma rápida, aceleram-se mais ainda [...] Com esse diferencial, o estado ultrapassa a média nacional já em 2004.”
    O que se pode depreender desses dois exemplos, é que políticas como as do Estatuto da Criança e do Adolescente e a do Estatuto do Desarmamento, não produzem os resultados que delas se esperam — e por razão simples (simplória) — não visam a causa do problema, mas apenas seu efeito. É como naquele dito popular: "Atirou no que viu e acertou no que não viu.", óbvia imperícia no trato da situação.

    E o Estado não sabe usar a dele...
    O Mapa da Violência é extenso e eloquente. Pincei pouca coisa, mas convido o leitor a se informar mais nas suas 245 páginas. Se não tiver paciência, procure ao menos as partes que se referem a sua área próxima (cidade ou estado) e comece por exigir mais dos governantes.

    Aqui em Minas, por exemplo, a coisa está piorando. Se você quiser ver um policial vai ter que se esforçar. A rua é o local mais improvável de se encontrar um; estão, quase sempre, aboletados atrás de uma mesa ou passeando de carro com as luzes do teto piscando, como para dizer "Ei! Bandidos! Estamos chegando. Disfarcem o andamento do crime para que não tenhamos que nos dar ao trabalho de cumprir com o nosso dever." Bom, não é uma regra, mas é mais ou menos assim...

    No fundo, no fundo, o que eu gostaria é que o Estado cuidasse da Lei e da Ordem nas áreas públicas, urbanas ou não, para que não precisássemos nos trancafiar dentro de casa, não precisássemos de carros blindados para ir ao supermercado ou ao shopping, e ainda pagar dos seguros mais caros do mundo para cobrir nossos bens e, eventualmente, nossas vidas. Preocupa-me sobremaneira o porquê do Estado querer me desarmar, o porquê dele ver em mim uma ameaça. Não sou ameaça, sou o cidadão — aquele que paga impostos voluntariamente ao Estado — e que se sente ameaçado ora pela bandidagem, ora pela politicalha que não quer trabalhar, só roubar. O Estado, como um lobo, quer nos enfraquecer como um bando de ovelhas, nos dividir e nos destroçar.

    terça-feira, 13 de dezembro de 2011

    Pimentel: Como confundir sonegação com corrupção

    Marcos Valério também!

    Por uma boa palmada

    Quando se pensa que o estoque de merda acabou, nossos representantes arrumam mais alguma na latrina que contém seus cérebros. Agora é a Lei da Palmada, mais uma estultice para acabar de vez com o que resta da sociedade.

    Eu não sei de onde saiu esse pessoal, que violências sofreram em casa, mas é cada coisa que inventam que parecem produtos de hospícios, filhos de pais assassinos e mães depravadas. Eu, como acredito a maioria de vocês, tive uma infância normal onde pratiquei minhas traquinagens e tomei minhas palmadas. Acredito ser — ao contrário do que acham os ilustres membros da Comissão Especial, criada na Câmara dos Deputados para apreciar a matéria — uma pessoa de caráter reto e conduta ilibada. Pela análise "abalizada" da dita comissão, deveria ser violento, criminoso, sei lá o quê... Para ilustrar, repasso a matéria que encontrei no Portal G1 (grifos meus — vide N.B. ao final):

    Comissão vota nesta terça projeto que proíbe pais de bater nos filhos
    Texto será aprovado e seguirá para Senado, avalia presidente da comissão.  Jair Bolsonaro diz vai recorrer para matéria ser apreciada em plenário.


    Autora do novo texto da Lei da Palmada, deputada
    Teresa Surita (PMDB-RR) diz que objetivo não é
    impedir que pais imponham limites aos filhos.
    (Foto: Beto Oliveira/Agência Câmara)
    O projeto de lei que proíbe os pais de baterem nos filhos será votado em caráter conclusivo nesta terça-feira (13), às 14h30, na Comissão Especial criada na Câmara dos Deputados para analisar a matéria. Se aprovada, a chamada "Lei da Palmada" irá direto para votação no Senado, a não ser que seja protocolado recurso com assinatura de 10% dos deputados para que a matéria seja apreciada em plenário.

    Após a realização de uma série de audiências públicas com especialistas, a relatora da proposta na Comissão Especial, deputada Teresa Surita (PMDB-RR), apresentou substitutivo ao projeto, com pequenas alterações ao texto original.

    Foi incluído artigo que prevê multa de três a 20 salários mínimos a médico, professor ou ocupante de cargo público que deixar de denunciar casos de agressão a crianças ou adolescentes.

    "Educar batendo traz transtornos e consequências graves à vítima da violência para o resto da vida. Não se trata de impedir que os pais imponham limites aos filhos, mas sim que esses limites não sejam impostos por meio de agressões", disse a deputada ao G1.

    Para a presidente da Comissão Especial, deputada Érika Kokay (PT-DF), a proibição de castigo corporal no âmbito familiar tornará a sociedade como um todo menos violenta. "Com a lei, as famílias vão formar pessoas mais íntegras e honestas, porque você elimina a relação do forte dominar o mais fraco. Quem é agredido aprende a resolver conflitos através da violência e a subjugar o mais fraco", defendeu.

    Segundo ela, a expectativa é de que o texto seja aprovado por ampla maioria. "Não conheço ninguém que seja contra a proposta na comissão. A comissão está bem madura para oferecer à sociedade uma lei que assegure os direitos das crianças sem castigos corporais", afirmou.

    Pelo projeto, crianças e adolescentes "têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger".

    Para os pais ou responsáveis que agredirem as crianças, a "Lei da Palmada" prevê encaminhamento a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

    A relatora do projeto destacou que não há punições severas aos agressores, como a perda da guarda dos filhos, o que garante que a cultura de evitar "palmadas" no processo de educação da criança seja inserida progressivamente na sociedade. "O projeto não prevê interferência do Estado na família. A mudança dessa cultura vai se dar ao longo dos tempos", disse.

    Contrário, Jair Bolsonaro (PP-RJ) argumenta que lei
    representa interferência do Estado na família.
    (Foto: Leonardo Prado / Agência Câmara)
    Recurso
    Contrário à proposta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou ao G1 que vai protocolar recurso para que o texto precise passar por votação no plenário da Câmara antes de seguir para o Senado. "Eu vou entrar com recurso. Tem outros deputados contrários, principalmente da bancada evangélica", disse.

    Para Bolsonaro, a palmada é instrumento "importante" dos pais na educação dos filhos. "O ser humano só respeita quando teme. Tem que botar ordem no negócio. A palmada é o último argumento, mas a criança precisa saber que pode levar", argumentou.

    O deputado afirmou que a lei é uma "interferência do Estado na família". "Na ditadura militar se dizia: 'O país se constrói com homens e livros. Hoje, pelo visto, se constrói com gays, kit anti-homofobia do MEC [Ministério da Educação], e abolindo chinelos," protestou.

    Sou casado há quase 25 anos e não tive filhos, mas preocupa-me a forma — irresponsável a meu ver — como o Estado interfere na família, núcleo da sociedade. Neste ponto, concordo com Bolsonaro. Não quero, com isto, defender a palmada ou o castigo mas o livre arbítrio dos pais. Havendo excessos, cabem punições, mas não acredito que se possa nivelar tudo ao texto de regras legais. O mal do positivismo jurídico é exatamente este: só vale o que está escrito; o que não está, não existe.

    A proposta de lei reza que "crianças e adolescentes 'têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger'". 

    Dito assim pode até soar bonito, mas enquanto o Estado tolhe as mãos dos pais, não oferece a ALTERNATIVA para coibir excessos e voluntarismos dos nossos filhos. Isso não quer dizer que concorde com tudo o que o Bolsonaro disse. Não acho que "a palmada é instrumento importante dos pais", é tão somente um expediente passível de ser usado conforme a circunstância, ou você está dentre os que acreditam poder educar os filhos discutindo filosofia com ele?

    Pois é isso que o pessoal da tal Comissão quer que se faça! E já que são tão sábios e nós tão ignorantes, que tal nos dessem exemplos práticos de como tratar nossos filhos? Que tal nos explicassem, tim-tim por tim-tim como é que se faz? Garanto que isso dará um nó nos cérebros deles e vocês já sabem o cheiro que vai sair... Aprovada a tal lei, quando seu filho fizer uma "birrinha" no shopping liguem para a deputada Surita — nome de remédio ela tem, terá ela a solução?

    Da forma como está, TUDO aquilo que pode ser usado para mostrar à criança e ao adolescente que passaram do limite é "castigo corporal ou de tratamento cruel ou degradante". Proibi-los de acessar à Internet, ir ao cinema ou festa é forma de humilhação e degradação. O fim a que se propõem (humilhações, degradações e mesmo palmadas) é que as justifica. Ninguém precisa acreditar no que eu digo, mas basta estudar um pouco de Filosofia que se aprenderá que a humilhação pedagógica é não só lícita como, em certas condições, a única forma possível de educar. Mas é a vocês pais que cabe o ônus da decisão. São vocês as pessoas que mais conhecem seus filhos, não um bando de deputados e deputadas que se julgam no direito de opinar sobre SUA FAMÍLIA, consubstanciados nalguma filosofia de almanaque.

    Eu NÃO reconheço no Congresso qualquer competência para educar meus filhos se os tivesse; acredito que vocês também não. Muitas crianças e adolescentes — já protegidas pelo seu Estatuto — estão "melhor formadas, já são pessoas mais íntegras e honestas porque foi eliminada a relação do forte dominar o mais fraco", como reza o almanaque da deputada Kokay. Assim melhores, assaltam, matam e estupram impunemente; aviltam professores e enfrentam até mesmo a polícia armada. Reconheçamos, eles estão muito mais preparados para o crime.



    N.B. Discorrer sobre texto de terceiros não é fácil, salientar, então, é bem mais difícil. Neste meu comentário introduzo uma nova forma de grifamento, utilizando o vermelho para indicar minha discordância e o azul para anuência. Espero que isto torne a compreensão do meu ponto de visto mais claro, ainda que prejudique um pouco a leitura.

    segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

    Moonwalking 2: "O espetáculo do crescimento"

    O tempo passa, o tempo voa, e vai ficando cada vez mais claro que o tal "espetáculo" foi mesmo apesar e não por causa de Lula, de Dilma e do PT. Em outras palavras: eles nunca tiveram competência; tiveram sorte! Lembrando até o que dizia o Jabor, cada vez que se falava da herança-maldita-do-governo-anterior, ele retrucava: vocês receberam uma herança bendita! E foi mesmo! Receberam, usaram e jogaram fora; como se faz com um papel higiênico sujo de... de... de merda! O lulo-petismo foi uma merda para o País, um atraso. Foi, não! Foi e ainda é!

    Crescimento do PIB brasileiro (Fonte: IBGE) — Clique para ampliar
    "Nunca antes na história dessepaiz" retrocedemos tanto. Retrocedemos mais ainda porque poderíamos avançar muito e alternamos entre crescimentos pífios e crescimento nenhum. Sabe-se agora que o que avançamos foi mais por inércia, o crescimento latente herdado dos governos FHC, do que algo feito pela gestão Lula e, agora, pela gestão Dilma. Na chamada "Era Lula" nos especializamos em ser a rabeira: somos a rabeira dos BRIC (na minha opinião, CRIB); a rabeira da América do Sul e nos safamos da América Latina porque nela tem o Haiti. Reparem no gráfico acima: Lula, que não teve uma única crise em seu governo (FHC teve 4, que me lembre), teve desempenho inferior a Itamar (93-94) que enfrentou e venceu a inflação. FHC consolidou o Plano Real, apesar das crises internacionais já mencionadas. Entregou o País saneado e em marcha de crescimento. Lula pegou a onda em 2003 e surfou até 2010; passou a prancha para Dilma já na areia. E como tudo que sobe tem que descer, a marolinha que Lula desdenhou veio detonando nossos índices, então tão promissores. Viram a década de 70? Naquela época o Brasil era o que a China é hoje...

    9 anos de governo "progressista" e o Brasil despenca morro abaixo.

    Lamentavelmente, a única coisa que tem crescido, consistentemente, é a corrupção e ela é a maior causa dessa nossa vocação para o desastre. A corrupção não é uma exclusividade de governos petistas (ou de esquerda), claro que não; corrupção é como a gripe — universal e onipresente — existe em todo lugar, em todo governo, em toda coisa. Mas o leitor há de convir, nestes governos petistas, ela — a corrupção — foi elevada a um novo patamar. Digamos que usaram de muita expertise para tornar a corrupção uma "coisa" de governo. Foram além do mero profissionalismo (banditismo?); eles não se limitaram a profissionalizar a corrupção: eles a institucionalizaram. A corrupção foi elevada à categoria de INSTITUIÇÃO no Brasil. É... eu sei que soa terrível, mas não sou o único a dizer isso nem o primeiro.

    sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

    "É difícil imaginar crime mais grave do que delito de corrupção..."

    A matéria que transcrevo abaixo está publicada no G1. Vale a pena sua leitura e reflexão. Grifos meus.

    AGU recuperou R$ 600 milhões em desvios em 2011, diz ministro
    De 2002 a 2011, foi resgatado R$ 1,5 bilhão de recursos desviados. Para advogado-geral da União, recuperação é deficiente, mas há 'evolução'.

    O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, em discurso proferido nesta sexta-feira (9), informou que neste ano foram recuperados mais de R$ 600 milhões de recursos públicos desviados. Em solenidade pelo Dia Internacional Contra a Corrupção, o ministro-chefe da AGU disse que, de 2002 a 2011, foi recuperado R$ 1,5 bilhão de recursos desviados e de 2007 a 2011 foram recuperados 15% de ativos.

    Segundo Adams, a cobrança desses ativos desviados ainda é muito deficiente, mas há "uma evolução forte". "É muito dinheiro que volta para o Estado", disse o ministro, que espera, até 2016, recuperar 25% do total de recursos desviados.

    O ministro da Controladoria Geral da União, Jorge Hage, disse que já foram excluídos cerca de 3.500 agentes públicos envolvidos em ilícitos ligados à corrupção, nos últimos anos. Mais de 300 ocupavam altos cargos.

    Para Hage, o Executivo está fazendo um bom trabalho em preencher a lacuna deixada pelo sistema Judiciário brasileiro. "Se não podemos contar com as sanções penais, pela via judicial, que seria o ideal, nós do Executivo fazemos o que está ao nosso alcance. Aplicamos todas as sanções cabíveis na esfera administrativa", disse.

    Jorge Hage criticou a Justiça brasileira ao dizer que os processos não têm continuidade e que ela é a responsável pelos principais obstáculos "ainda a serem vencidos".

    Para ele, a falta de melhores leis penais facilita a propagação da corrupção no país. "A urgente necessidade de reforma das leis processuais penas, são, hoje, a principal garantia de impunidade", disse.

    O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, esteve também no evento dedicou seu discurso para apontar falhas na Justiça que permitem o crescimento da corrupção no país.

    "É difícil imaginar crime mais grave do que delito de corrupção (...). O apego do Judiciário, o formalismo exacerbado para anular processos nos tribunais a supostas garantias individuais, sem que tenha havido qualquer prejuízo ao investigado e aos réus, acaba a coincidir, na maior parte das vezes, processos de corrupção ou demais que se enquadrem na denominação de colarinho branco."

    Gurgel afirmou que algumas providências poderiam ser tomadas para a melhoria da corrupção no país: aumento na fiscalização, garantia de autonomia aos órgãos fiscalizadores e confirmação para que o Ministério Público tenha poder investigatório –- reconhecimento ainda não concebido pelo Supremo Tribunal Federal.

    A frase que eu pus no título não é muito diferente daquela de minha lavra, no final do post das 01h30: "Corrupção deveria ser o maior dos crimes hediondos; inafiançável e imprescritível." A matéria do G1 reforça: falta-nos leis. Mas tem mais...

    O problema, a meu ver, é que a Lei sempre estará a um passo atrás da corrupção e dos demais crimes. O preceito imbecil do Direito Positivista, que reza não haver crime nem castigo sem que haja uma lei que o declare assim, o tipifique e determine a "justa" punição, então ele não existe, nem é punível.

    Não faz assim tanto tempo e crimes praticados pela Internet não eram puníveis no Brasil simplesmente porque não havia uma lei que descrevesse o cybercrime como tal. Babaquices como essas me fizeram abandonar um Bacharelado em Direito no penúltimo ano. Eu logo vi que morreria com múltiplas úlceras se insistisse em defender a Lei e a fazer Justiça com nosso arcabouço jurídico. Não! eu sou amplamente favorável ao Direito Consuetudinário, aquele fundado nos costumes, na prática, e não nas leis escritas.

    Mesmo assim, porque não tenho a pretensão de mudar o sistema jurídico brasileiro, alguma coisa, por menor que fosse, deveria ficar ao critério e julgamento e apenamento de juízes e júri; afinal, ele servem mesmo para que?! Não é possível que tudo dependa de estar previsto, descrito e lavrado em códigos, até porque é impossível se prever tudo.

    Por que não se cria uma lei?, umazinha só, dizendo algo como:

    A sentença unânime de um júri ou tribunal deverá ser respeitada e imediatamente efetivada, a despeito de haver texto legal que a contradiga, por representar a justa vontade do povo diretamente ofendido.
    Parágrafo único — o réu poderá recorrer da sentença durante o cumprimento da pena.

    Pronto! Podem jogar seus códigos velhos e desatualizados fora.