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segunda-feira, 9 de abril de 2012

Mais um Samba do Crioulo Doido

O Cláudio Humberto noticiou, grifos meus:

Marina monta ‘seleção’ para disputar o Planalto

Com a pretensão de se candidatar à Presidência da República em 2014, a ex-senadora Marina Silva articula um novo partido após as eleições municipais deste ano. Ela já deu início às conversas e quer montar um time com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), os deputados Antônio Reguffe (PDT-DF) e Alessandro Molon (PT-RJ), além do ex-tucano Walter Feldman (SP) e Heloísa Helena (PSOL-AL).

Não deixa de ser tocante o messianismo (ou seria maleita?) de certas pessoas. Como se chamará o partido? Se for pela Heloísa, “Os Rancorosos”; por Simon, “Os Sonhadores”; Feldman votaria por “Os Libertadores”, Molon pelo “Eu Sou Mais Eu” e o Reguffe, eu confesso: ouvi seu nome pela primeira vez hoje, mas por ser do DF escolheria “Os Éticos”. Porém, como tudo no fim se resolve é com dinheiro, vai se chamar mesmo “Bem Estar/Estar Bem”.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Não passa de um covarde


Nunca gostei dele. Fosse outro em seu lugar, eu provavelmente não teria votado em Lula em 2002. Sei lá, é sempre ruim quando o que se tem para escolher fica entre péssimo e muito ruim. E tem mais: fosse ele a alternativa em 2002, não se pode garantir que teria melhor consequência. Com tudo o que eu tenho para desaprovar em Lula e Dilma, não consigo enxergar melhor destino com Serra.

De qualquer forma, nota-se que os tempos estão mudando. Estava preparando um artigo versando sobre economia quando o vídeo que divulgo abaixo me "atropelou". Precisamos de mais pessoas como a Sra. Catarina Rossi, que tenham a coragem de vir à frente falar que não concorda com os conchavos urdidos pela "Executiva" e abonados por deputados e apaniguados no exercício do Poder. Catarina, a Grande!


Como é bom que se digam verdades assim, abertamente. A covardia e arrogância de "Serras" e "Aécios" é que nos presenteiam com "Lulas" e "Dilmas". Não se enganem, qualquer um dos quatro postulantes a candidato a Prefeito de São Paulo pelo PSDB, aqueles que se apresentaram voluntariamente ao escrutínio das prévias, têm o meu irrestrito apoio. O "pior" deles — se é que cabe o adjetivo — vale mil Serras, porque um político que tem medo das urnas do seu partido não pode ser indicado às urnas da sua cidade, estado ou País. Eu repito que Serra não passa de um covarde, arrogante e um não-democrata. São Paulo merece alternativa melhor, aliás, terá uma escolhida entre quatro.

Este vídeo, publicado num site de apoio ao PSDB, foi removido "a pedidos". Como nosso compromisso aqui é com a boa prática política e não com partidos, aqui ele vai ficando...

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 13

Verdade, já é preciso correr. Podemos começar por tirar empecilhos,
isto é: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Depois, ato contínuo,
restauramos a Monarquia com um pungente pedido de desculpas.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 12

Senado fará dedetização nesta sexta após rato ter mordido uma servidora

O Senado divulgou nota informando todos sobre a desratização e dedetização que serão realizadas na tarde desta sexta 13 (ontem), isto devido a um rato ter mordido o pé de uma servidora da secretaria-geral do Senado nesta semana.

Um dos nossos senadores com fetiche por pés de secretárias

Como tudo que se faz por lá, avisaram a todos os ratos para que saíssem antes da desratização/dedetização. Todas as pragas voltarão após merecidas férias.

O resultado prático desta medida saneadora é que as pragas maiores não sofrerão concorrência de pragas menores, como de camundongos, baratas, pulgas e percevejos. Ha! Ha! Ha!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

domingo, 8 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 9

Minas está assim... É que o PSB "amigo" do Aécio e do Anastasia
mandou todo o dinheiro para o outro "amigo" em Pernambuco...
...e tome água na moleira!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sou contra!

Não se pode olhar para isto e achar que é normal. ISTO NÃO É!



CORRUPÇÃO: ou nos indignamos JÁ ou o País vira isso aí.


Por exemplo, nós podemos dizer NÃO para este estado de coisas, porque há muito que não é só o butim do PT — toda a canalha que dá suporte a este governo aí, e que deu suporte ao governo anterior —, está metendo a mão sem cerimônias. É preciso por um fim nisso rápido, ou acabaremos vivendo numa toca de ratos. Eu não quero, não vou e sou contra!
 
Corrupção deveria ser o maior dos crimes hediondos; inafiançável e imprescritível.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Abrir janelas; bater o pó; enxotar porcos, ratos e baratas e deixar o sol entrar

Uma da minhas leituras prediletas é a The Economist. Ultimamente, este periódico tem falado bastante sobre os ventos que sopram aqui. Um artigo do último dia 26 chamou-me a atenção e repasso a vocês na íntegra. Para os pouco versados no Inglês, usem este link para uma tradução automática (sofrível) para o Português. Depois dou meu pitaco; grifos meus.

Cleaning the Brasília pork factory
In a never-ending telenovela of sleaze, Dilma Rousseff is tackling the excesses of patronage politics but not yet the underlying system


BY NOW Brazil’s president, Dilma Rousseff, must be finding the script wearily familiar. First come the corruption allegations, then the indignant denials, more evidence, equivocation and retractions—and finally another of her ministers has to walk. Since June Ms Rousseff has lost her chief of staff and the ministers of transport, agriculture, tourism and sport, variously accused of influence-peddling, bribe-taking, signing fraudulent deals with shell companies and diverting public funds into party coffers or their own pockets. Now Carlos Lupi, the labour minister, has become the latest to look as if he is heading for the exit.

He is accused of presiding over a department that charged kickbacks for government contracts, of personally accepting free flights from one of those contractors and of siphoning off public money to semi-phantom non-governmental organisations (NGOs). Mr Lupi’s response was pugnacious. He did not know the man in question and had never flown with him, he said. The only way to get him out of his ministry, Mr Lupi added, would be to shoot him (“and it would have to be a big bullet, because I’m a big guy”). Then came photographs of him with both businessman and plane. His defenestration seems to be a matter of time. Barring new revelations, he may go in a wider cabinet shuffle expected early in the new year.

The faxina (“housecleaning”), as Ms Rousseff’s removal of allegedly light-fingered ministers has come to be known, is popular. The latest opinion polls put her and her government’s approval ratings at record highs. But it merely scratches the surface of a problem with roots in the way that politics has developed in Brazil. All presidents since democracy was restored in 1985 have had to form variegated coalitions to obtain legislative majorities. But, complained Fernando Henrique Cardoso, a former president, earlier this month, a “system” has now developed under which parties demand ministries in return for their votes, and then use the public funds they thus gain control of to expand their membership.

The 513 seats in the lower house of Congress are now divided between 23 parties. Ms Rousseff’s governing coalition comprises ten of them, commanding 360 seats (an 11th, with 40 legislators, left after the transport minister was sacked). Several of its smaller members have no discernible aim other than to grow fat on public money. The biggest, the Party of the Brazilian Democratic Movement, an alliance of regional power brokers, switched to join her predecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, after he won in 2002 and will stay only as long as it suits. “We have a strong president who is unable to do anything without support in Congress,” says Sylvio Costa of Congresso em Foco, an anti-corruption watchdog. “And that support must be bought.”

When the solution found by Lula’s party managers in his first term—paying parliamentarians for their votes—came to light, the resulting outrage nearly brought him down. With cash ruled out, ministries and other grace-and-favour appointments were left as the main political currency. That led to ministerial inflation: Lula’s cabinet grew from 26 in 2003 to 37 when he stepped down last year. Some parties seem to have run “their” ministries for profit. The Communist Party, for example, has held the sports ministry since Lula took office. Under Orlando Silva, forced out shortly before Mr Lupi’s travails began, it is alleged to have demanded kickbacks on some contracts and funnelled money to affiliates through fake NGOs.

Some 25,000 jobs, including board and managerial posts at state-controlled firms and pension funds and in ministries’ regional offices, are also in the president’s gift. A senior official points out that 20,000 of these go to career civil servants, not party hacks. But the two are not mutually exclusive, points out David Fleischer, a political scientist at the University of Brasília. The test comes when a new party takes the presidency, as when Lula took office, he says. Then there was a wholesale clear-out. By the end of Lula’s second term a big share of senior managers in the federal administration and at state pension funds were trade unionists or members of his Workers’ Party (PT).

Ms Rousseff has shown little sign that she is interested in making radical changes to this political-patronage system. She has already added a 38th cabinet member (the boss of a new civil-aviation agency) and plans a 39th (a minister for small businesses). To streamline the government bureaucracy, officials place their faith in a new public-management council, chaired by Jorge Gerdau, a businessman. There is talk that some ministries may be consolidated. To go much further, the president would have to cut the number of ministries held by her own party (currently 18), and that looks unlikely.

More plausible is that Ms Rousseff will simply continue to sack the most egregious sinners as they are brought to her notice. She has been more parsimonious than Lula in disbursing funds for budget amendments pushed by individual legislators. Already her crackdown on ministerial miscreants has cut off the main (illegal) source of cash for small political parties, points out Alberto Almeida of Instituto Análise, a consultancy in São Paulo. Over time that might prompt a much-needed consolidation of the political system.

Officials insist that the government needs a large political base to be able to approve important legislation, such as a new oil-royalty law. They talk, too, of tax and pension reform. But much of Ms Rousseff’s political agenda—improving education and health, eliminating extreme poverty, and investing in infrastructure—does not require congressional approval. She could afford to be more radical in her political clean-up.
Eu gostaria de ler mais sobre o Brasil na The Economist, não necessariamente na linha do artigo acima, mas é que de lá também só se vê a lama de Brasília. Aquele namoro entre os dirigentes dos países mais ricos e avançados do mundo e o Lula Lelé, acabou. Eles se cansaram do mascote exótico e Dilma, a outra, não serve — não tem nada de fofinha e não fica bem em nenhuma foto.

O ano que passou (falta pouco, mas já se foi) foi dedicado à faxina. Na verdade, não foi bem assim, Dilma apenas reagiu às denúncias da mídia, nada mais. Por ela e pelo seu governo, tudo ficaria como recebeu do antecessor, uma Herança Bendita: cada um com sua(s) teta(s) e ela com os votos. A oposição cumpre o seu papel deficiente com maestria — não só não parece que existe, como não existe de fato; uma vergonha. Mas a mídia (sempre a mídia) não se conforma e insiste em por dedos nas feridas. Não é por outra razão que Lula e staff sempre quiseram calar a Imprensa, felizmente sem sucesso (por enquanto).

Agora, de volta ao texto, peço atenção para o último parágrafo. Ele sintetiza bem como é difícil para os outsiders entender o Brasil (e não é para entender mesmo!). Lá diz que "o governo necessita uma ampla base legislativa para aprovar legislações importantes necessárias para a execução do seu programa" e dá exemplos: "reforma tributária, previdenciária e royalties do petróleo", mas termina por afirmar que "melhorar a educação e a saúde, eliminar a pobreza extrema e investir em infraestrutura não dependem de aprovação do Congresso!" Ora, este é exatamente o programa do governo Dilma, então, não seria preciso aturar toda e qualquer roubalheira como pretexto para cumpri-lo; essa desculpa não mais serve. Então, se não há pretexto, a única finalidade dessa roubalheira é apenas e tão somente o roubo em si, a apropriação do erário para uso próprio e exclusivo; não há outra leitura possível. Daí que o artigo da The Economist arremata: "ela poderia ser mais radical na sua faxina política."

Opa! Faxina Política radical é aqui mesmo.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

O Barbeiro

Recebi esta mensagem por e-mail e repasso a vocês:

O florista foi ao barbeiro para cortar seu cabelo. Após o corte, perguntou ao barbeiro o valor do serviço e o barbeiro respondeu:

— Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana.

O florista ficou feliz e foi embora.

No dia seguinte, ao abrir a barbearia, havia um buquê com uma dúzia de rosas na porta e uma nota de agradecimento do florista. Mais tarde, no mesmo dia, veio um padeiro para cortar o cabelo. Após o corte, ao pagar o barbeiro, o padeiro escutou dele:

— Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana. O padeiro ficou feliz e foi embora. No terceiro dia, ao abrir a barbearia, havia um cesto com pães e doces na porta e uma nota de agradecimento do padeiro. No terceiro dia veio um deputado para um corte de cabelo. Novamente, ao ser perguntado pelo valor, o barbeiro respondeu:

— Não posso aceitar seu dinheiro porque estou prestando serviço comunitário essa semana. O deputado ficou feliz e foi embora. No dia seguinte, quando o barbeiro veio abrir sua barbearia, havia uma dúzia de deputados fazendo fila para cortar cabelo.

Essa é a diferença entre a maioria dos cidadãos e a maioria dos políticos. Como disse uma vez Eça de Queirós, "Os políticos e as fraldas devem ser trocados frequentemente e pela mesma razão."

NA PRÓXIMA ELEIÇÃO TROQUE UM LADRÃO POR UM CIDADÃO!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

É falta de decoro dizer a verdade?

A Folha noticiou que ele disse. Já o Estadão disse que ele disse mas que estava arrependido de ter dito. Afinal, qual é o preço dos deputados? Não vale sacar esse negócio de "quebra de decoro", desculpa das mais esfarrapadas. Deputado não tem decoro algum — isso é ponto pacífico —, nem se sabe ao certo para que servem.


Como os preços no Brasil estão livres, imagino que eles estejam fazendo cera para aumentá-lo. Ou é isso, ou como sugere o Nani, é promoção de fim de ano. Afinal, o recesso parlamentar vem aí e nossos representantes querem defender o peru de Natal.

Por um pouco de conservadorismo

Não faz assim tanto tempo, o Brasil tinha partidos conservadores, ou "de direita". Hoje, eles estão entre as espécies em extinção e isso não é bom. Na verdade é péssimo! Dentre a miríade de partidos que povoam a fauna política do Brasil, apenas dois se identificam, envergonhadamente, como conservadores: o PP (Partido Progressista, ex-PDS e ex-ARENA) e o DEM (Democratas, ex-PFL — Partido da Frente Liberal). Todos os demais se dizem "de esquerda", centro-esquerda ou de centro (e.g. o recém criado PSD — Partido Social Democrático, mais conhecido como o Partido do Kassab — PK —, uma agremiação de dissidentes do DEM e outros partidos. A nossa Política, assim distribuída, é animal coxo, isso se já não estiver irremediavelmente perneta.

A política nacional, já um ente pouco representativo da sociedade, consegue se tornar ainda menos representativa. Afinal, é lícito assumir que a sociedade tenha representantes de todas as alas, não apenas de "progressistas". Para ser bem honesto, a política nacional só tem representado a si mesma, especialmente (ou descaradamente) desde o advento da Era Lula. A meritocracia incipiente foi substituída pelo assistencialismo populista, os compromissos de Estado pelo discurso fácil e fátuo. Quanto ao povo, a maioria ignara comprou e pagou a farsa. Um artigo do Estadão retrata bem esse vácuo social. Grifos meus:

'PSDB precisa assumir-se como partido de centro-direita'
Estudiosa americana diz que a própria legenda fez essa escolha nos anos 90 e que retomá-la seria um bem ao debate político
GABRIEL MANZANO , ROLDÃO ARRUDA - O Estado de S.Paulo

No momento em que o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) expõe publicamente, via Twitter, a carência de um rumo claro para o seu PSDB, a professora americana Frances Hagopian, uma estudiosa dos partidos brasileiros, se arrisca a oferecer um norte aos tucanos: ocupar o espaço da centro-direita no espectro ideológico.

Hagopian não está sozinha. "Ela disse a verdade", endossou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao ser informado pelo Estado da entrevista concedida pela americana.

"Acredito que eles (os tucanos) podem se destacar nesse espaço de centro-direita, se tiverem coragem para fazer isso", afirma a professora da Universidade Harvard. "Precisam mostrar o que fizeram, ser fiéis a si mesmos", completa ela, referindo-se às transformações capitaneadas pela PSDB na gestão FHC (1995-2002)

A receita, no entanto, não é novo, avisa ela. "Na Inglaterra, Tony Blair levou os trabalhistas para o centro e deixou os conservadores sem chão. No Chile, a Concertación criou uma ampla agenda que confundiu os partidos."

Em São Paulo, onde participou com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso de um debate no Centro Ruth Cardoso, ela falou ao Estado semana passada: "Por toda parte há muita insatisfação com a política, mas isso é parte do jogo. As coisas ficaram assim por causa da rapidez da globalização. Não temos um governo mundial, mas temos uma economia mundial, em que as soluções nacionais são lentas e ineficazes".

Há uma grande insatisfação, no Brasil, com os partidos e os políticos. O governo tem uma aliança de 14 partidos, manda demais, domina o Legislativo...

É a mesma queixa que se faz no Chile, em países da Europa, até nos Estados Unidos. Lá a Casa Branca envia uma reforma da saúde, ou leis para o meio ambiente, e elas ficam 18 meses, até mais, encalhadas. Isso de fato complica a democracia, pois os governos acabam não dando respostas a questões urgentes da sociedade. Mas acho que, no geral, a democracia amadureceu por aqui, está melhor do que há 20 anos. Os partidos, pelo menos os grandes, se fortaleceram. Refiro-me a dois ou três, os âncoras, com grandes bancadas e com presidenciáveis.

Um desses âncoras, o PSDB, vive um momento difícil. O PT incorporou as bandeiras da social-democracia e ele perdeu espaço, votos e o discurso. De que modo deveria reagir?

Nos anos 90, na Inglaterra, ocorreu o mesmo. Tony Blair levou o Partido Trabalhista para o centro e os conservadores ficaram sem chão - e isso durou 15 anos. Também no Chile se fez a Concertación e foi a mesma coisa. Isso é parte do jogo.

Mas aqui o PSDB precisa encontrar um rumo. De que modo?

O que a democracia social viveu aqui foi interessante. Por razões ideológicas, que eu entendi, o partido deu um primeiro passo à direita, para reformar o Estado. Perceberam que não dava para avançar em saúde ou educação com um Estado desestruturado, na bancarrota. Precisavam recuperar a solvência fiscal, vender as empresas de aço, depois outras, fazer uma reforma administrativa, a previdenciária. E veja, foi o PSDB que deu essa guinada para a centro-direita. Pois agora devia assumir o que fez, valorizar metas como os investimentos na infraestrutura, sanear o sistema fiscal. Acredito que eles podem destacar-se nesse espaço, de centro-direita, se tiverem coragem para fazer isso.

Mas uma guinada para a direita, por menor que seja, é política e eleitoralmente arriscada. No Brasil 'é proibido' ser de direita...

Não estou dizendo que um partido da social-democracia deva "se reinventar" como partido de direita. A coragem de que falo é para debater metas concretas, ousadas. Seria um bem para o País. O debate político aqui tem áreas de consenso, como melhorar a educação, que é tarefa urgente para se chegar à justiça social. Mas você pode ter um grande projeto, que inclua novas reformas, modernizar portos, atacar de fato toda a infraestrutura. Isso pode ser feito de diferentes maneiras, e uma delas é diminuindo o tamanho do Estado, para recuperar recursos e destiná-los, aí sim, às urgências sociais. Como se vê, estas são causas da social-democracia. Sei que isso nos leva a outra questão, que é a de definir o que é uma social-democracia em 2012. É um bom debate. Sabemos que ela é certamente diferente dos anos 90 ou dos anos 70. O País teria muito a ganhar abrindo essa discussão.

Como fica o PT nesse cenário?

O problema das esquerdas, como já se viu na Europa, sempre foi descobrir como se manter fiel às suas bases e moderar o discurso para ganhar eleições. O PT fez isso em 2002. No longo prazo, esse movimento para o centro pode matar sua identidade como partido de esquerda. Se isso se agravar, aparece outro partido de esquerda e lhe toma o lugar. A propósito, lembro-me de um artigo do Thomas Friedman, que veio ao Brasil e escreveu que Lula e FHC faziam uma dança do tipo nado sincronizado. E atribuiu essa dança à globalização.

Marina Silva tentou criar uma alternativa, em 2010, e chegou aos 20% do eleitorado. Há os indignados na Espanha e protestos de jovens por toda parte. Para a sra., o que isso representa?

Não acho que a crise seja no modelo político. Eu não ligaria os votos de Marina aos indignados da Espanha. Se há uma crise, é econômica, uma crise de globalização. Não temos um governo mundial, mas sim uma economia mundial. A economia muda mais rápido do que os governos conseguem regular. Pactos vão caindo e as pessoas se sentem inseguras. Mas não vejo como superar isso com políticas nacionais ou de partidos.

Enfim, a sra. acha que a insatisfação política no Brasil é apenas parte de uma crise maior?

Eu não acho que o Brasil esteja vivendo uma crise. Há diferenças de opinião, dentro da normalidade. E olhe que, hoje, a normalidade não é pouca coisa.

Optei por reproduzir todo o texto para não comprometer a ideia contida nele. Certas coisas que foram ditas, na minha modesta opinião, são verdades cabalares. Primeira, a de que o PT deu um passo em direção ao centro para viabilizar sua eleição.Pode-se dizer que foi uma prestidigitação sem a qual o partido de esquerda "batia na trave" mas nunca fazia o gol. A daqui se chamou "Carta ao Povo Brasileiro". Fizeram o mesmo no Peru para a campanha do Ollanta Humala, aliás, sob supervisão do petista Felipe Belisario Wermus, vulgo Luis Favre. Engraçado como militante esquerdista sempre tem mais de um nome... 

A segunda, foi o movimento à direita do PSDB, isto é, para viabilizar o atendimento "às urgências sociais", precisou-se "sanear" o país através de uma política conservadora. O efeito benéfico das privatizações foi eclipsado pela política de juros e de responsabilidade fiscal. O PT e demais partidos "progressistas" aproveitaram-se disso para satanizar a "direita", isto é, o PSDB e o PFL, logrando êxito. Estranhamente, nenhum político desses partidos (PSDB/PFL) manifestou-se em defesa dos próprios atos — FHC foi deixado à própria sorte. Ainda hoje, passados mais de oito anos, peessedebistas se envergonham daquele "passo à direita".

Isso é incompreensível para mim. Afinal, o país deu um salto qualitativo sem par em sua história. Alguém aí se lembra do quanto custava uma linha telefônica? O quão difícil era comprar uma, pagando-se por anos a fio e esperando mais um par de anos antes de poder contar com a linha. E os celulares? Chegou a comprar algum quando a operadora era uma estatal? Lembra-se de como eles quase nunca funcionavam porque eram poucas as antenas repetidoras? De quatro montadoras de veículos passamos a quatorze em poucos anos — aumentou-se a oferta e a competição; e muito mais.

Ainda hoje eu vejo pessoas criticando a privatização da Vale, para citar apenas a joia da coroa. Ela hoje paga de impostos, anualmente, mais do que o valor pelo qual foi privatizada. Os empregos saltaram de 13 mil para 41 mil (antes, mais "cabides" que empregos de fato), seu faturamento em 2009 foi de US$ 46,5 bilhões e seu valor atual de mercado é de US$ 160 bilhões. Pela Bolsa, a Vale que valia R$ 1,28 por ação ordinária e R$ 1,30 por ação preferencial, quando vendida, vale agora R$ 41,98 (ON) e R$ 38,79 (PNA), em plena época de baixa nas bolsas de todo o mundo. Mesmo descontando-se a inflação do período, obtém-se uma valorização real de 1.262,32% nas ON e de 1.139,44% nas PN. Estivesse ainda sob gestão governamental, ela jamais alcançaria tais níveis. Isso — para mim — é que é ser Progressista; o resto é firula e proselitismo barato.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Dentre os 40 ministérios de Dilma, um para soutiens e calcinhas

É bem possível que você tenha visto a propaganda da Hope para sua lingerie, aquela com Gisele Bündchen. Se não viu, abaixo você pode acessar um vídeo para ver como os comerciais foram bem recebidos nos EUA. O vídeo contém trechos dos três spots da campanha. Achei melhor usar este que um da propaganda inteira.


Aí vocês me perguntam: "o que um comercial de lingerie tem a ver com política, ministérios e o governo?" No Brasil? Tudo! Escute este podcast da CBN, da coluna Meio e Mensagem de hoje. Eu volto depois.


Vocês perceberam? A propaganda "chamou a atenção da Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República, um dos muitos ministérios ou secretarias-com-status-de-ministério criados pelo governo — mantidos as nossas expensas — para acomodar os parasitas que compõem a base aliada, a maioria parlamentar que dá sustentação ao governo. Neste momento, já são 40, faltando apenas a posse da titular do Ministério "Magazine Luíza".

Como puderam ouvir, seis mocreias, digo, seis pessoas inconformadas com sua sorte resolveram ligar para a secretaria da Mulher para se queixar que a propaganda é sexista. Pela definição que eu tenho de "sexista" e de "sexismo", acho que não. Sensual, certamente, mas nunca sexista. Não há lá qualquer ideia misogínica ou misândrica (vocês vão ter que olhar no dicionário, ré, ré, ré), o que nunca foi empecilho para seis boçais que sabem o telefone da ouvidoria daquele ministério. Eu? Eu não sei nem quem é o(a) ministro(a). A tal secretaria, então, notifica o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) para que eles autoregulamentem a campanha. Eita! Isso sim é que é boa aplicação de dinheiro público.

A moral da história é que estamos gastando verbas públicas (impostos que nós pagamos) para que um bando de desocupados de um governo de imbecis discutam como deve ser uma propaganda de calcinhas e soutiens. Isso! Ponham a Gisele de vestida de capa de chuva e galochas que todas as mulheres comprarão os soutiens da Hope. É cada uma...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Estado: ineficiente, injusto e com fome

Não é fácil entender para onde vai a nau. Que não temos timoneiro — todos nós sabemos — não é possível governar o País por controle remoto. Mas é cada vez mais preocupante a questão tributária e a fome do Estado por mais impostos. Passo a vocês parte de matéria publicada na revista Exame.com. Grifos meus. Volto depois para comentar.

Para Dilma, 10% para saúde é "inaceitável"
A estimativa é que essa vinculação represente mais R$ 30 bilhões por ano de recursos na Saúde

Brasília - O governo vai se mobilizar para impedir que o Senado ressuscite no projeto de lei complementar que regulamenta a destinação de recursos para a Saúde - a chamada Emenda 29 - o mecanismo que obriga a aplicação de 10% da receita corrente bruta da União no setor. A estimativa é que essa vinculação represente mais R$ 30 bilhões por ano de recursos na Saúde.

A presidente Dilma Rousseff classificou hoje como "inaceitável" a aprovação pelos senadores dessa proposta. "Temos de trabalhar para impedir que isso passe no Senado", afirmou Dilma, durante reunião hoje pela manhã com a coordenação política do Palácio do Planalto. O governo alega não dispor de recursos para fazer essa vinculação. "É inviável destinar 10% da receita da União para a Saúde. O governo deixou isso bem claro", disse hoje o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). Em 2010, o governo destinou cerca de R$ 60 bilhões para a área de Saúde.

Apesar da posição contrária do Planalto, a Frente Parlamentar da Saúde começa amanhã uma mobilização para tentar convencer os senadores a aprovar o texto do projeto da emenda 29 que obriga o investimento de 10% da receita da União no setor. Integrada por deputados e senadores de todos os partidos, a Frente é contra a criação de um imposto ou uma contribuição para financiar gastos com a Saúde, conforme quer o Palácio do Planalto. "Vamos fazer uma guerrilha no Senado em prol dos 10%. Não há clima para criar imposto", resumiu o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Saúde. Dizendo ter o apoio de movimentos sociais, ele espera conseguir reunir amanhã cerca de duas mil pessoas em frente ao Congresso para pressionar o Senado a aprovar o texto original do projeto que regulamenta a emenda 29 e estabelece a vinculação.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), prometeu comandar a resistência à aprovação do texto original da Emenda 29, que obriga a União a destinar 10% dos recursos para a saúde. "Não dá para restabelecer o texto original", disse o senador. "É um projeto que o governo não aceita", disse.

Volto para dar meus pitacos:

Só há uma forma de se ler o texto acima: o governo não aceita vincular parte da sua receita tributária (i.e. os impostos que pagamos) em gastos com a Saúde (i.e. conosco). Em outras palavras, quer a arrecadação mas não os compromissos formais com sua distribuição. O governo quer a "liberdade" de aplicar — discricionariamente — os tributos e contribuições, por exemplo, no Bolsa Família, um eficiente programa de compra de votos, mas cujo objetivo inicial "de assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a conquista da cidadania pela população mais vulnerável à fome" (Ha! Ha! Ha!), ter resultados práticos duvidosos.

Se todo o desvio fosse para o Bolsa Família, ainda seria "bom". O pior é que o grosso do desvio vai para financiar a corrupção, o payback aos muitos financiadores de campanha. É para a "saúde" dessa escumalha que irá seu imposto. "Nunca antes na história dessepaiz" os corruptos se deram tão bem...

Que tal mais uma CPMF de R$ 45 bilhões/ano?

No momento em que escrevo essas linhas eu me pergunto quantos tributos nós temos que são diretamente vinculados ao "bem-estar social" e o quanto custam. Assim, sem muito pensar, lembro-me do PIS (Programa de Integração Social), da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), da CSLL ou CSSL (Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido), além da Previdencia Social. Notem, só listei aquelas que têm cunho Social. Somando tudo, o contribuinte brasileiro já recolheu, até agora, R$ 420,5 bilhões (fonte: Impostômetro), e Dª Dilma se espinha por causa de míseros R$ 30 bilhões/ano. Sua ministra — Ideli Salvatti — quer arrecadar mais R$ 45 bilhões com a CPMF-zumbi, montante que nós sabemos, jamais irá para a Saúde.

Assim é o Governo: mistifica a população com promessas de bem-fazer enquanto bate nossa carteira. É preciso dar um basta! De idiota, chega o Jatene. É preciso dizer para este governo:

Não, vocês não podem!!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

A estupidez é infinita e universal

O título acima foi inspirado numa fala de Einstein. Dentre seus muitos pensamentos, existe um em que ele diz:
Two things are infinite: the universe and human stupidity; and I'm not sure about the universe.
que nós traduzimos assim: "[Existem] duas coisas infinitas: o universo e a estupidez humana; e eu não estou [absolutamente] certo sobre o universo." Pois bem, ficou meio literal mas, na essência, é isso aí. Na visão do gênio, a estupidez consegue ser ainda maior que o universo. Acho que agora entendo melhor o Dr. Jatene.

Eu fiz este preâmbulo porque acabo de ler uma matéria na Deutsche Welle que reporta a vitória do Partido Pirata (Piraten Partei) para a Câmara Estadual de Berlim, algo como nossa Assembleia Distrital do DF. Com 9,8% dos votos, o Partido Pirata Alemão certamente terá bom número de representantes. A eleição, entretanto [ainda bem], foi vencida pelo Partido Social Democrata (28,3%) enquanto que o partido da Chanceler Merkel, a Democracia Cristã, fez 23,4%. É necessário um mínimo de 5% dos votos para obter direito a assento no parlamento, então os 9,8% dos Piratas deve render duas cadeiras lá, ou mais.

A Europa tem dessas coisas. Vez por outra surge um movimento com novas ideias e nasce mais um partido "progressista". Deve ser o tédio. Foi assim com os Verdes, assim será com os Piratas. Enquanto os Verdes defendem a ecologia, o meio ambiente, a exploração sustentável de recursos naturais, combatem o aquecimento global, e que tais, qual é a proposta dos Piratas? Ora, a pirataria!, o que mais?

Lendo a entrevista que Sebastian Nerz — o grande vencedor da eleição — deu a Silvia Engels da Deutschlandfunk, é para ficar pensando seriamente naquilo que Einstein falou. Cito partes (minha tradução):
Deutschlandfunk: Transparência, isto é, tornar toda a informação pública e dar acesso livre e gratuito à Internet são as principais bandeiras dos Piratas. O que mais vocês têm a oferecer?
Sebastian Nerz: Primeiro, e mais importante, o Partido Pirata é pelos direitos fundamentais. Nós nos focamos nos direitos civis porque é uma área negligenciada pelos políticos.
DF: Isso é um tanto vago — todo partido democrático está comprometido com direitos fundamentais. Onde você acha que eles são negligentes?
SN: Em tudo! Nos últimos anos [pós 11/Set/2001] novas leis de segurança e vigilância foram aprovadas à custa dos direitos individuais; algumas aprovadas sem discussão real ou debate. A pergunta é, as leis atuais são razoáveis. O debate atual é sobre retenção de dados, com aprovação da maioria dos parlamentares do Bundestag [Parlamento Nacional Alemão] — sem se perguntarem se é uma boa ideia.
DF: Existem demandas que não estão no programa nacional do partido, por exemplo o transporte público gratuito em Berlim, a garantia incondicional de uma renda mínima [e.g. Bolsa Família] e a liberação do consumo de maconha. Como os Piratas planejam levar tais propostas para o plano nacional?
SN: É [será] um grande desafio. No plano nacional já concordamos com o ReSET, ou a garantia incondicional de uma renda mínima para todos. O transporte público gratuito também pode ser parte disso. Poder se locomover livremente pela Alemanha é um direito básico, mesmo quando é limitado por tarifas extorsivas. Se você vir quanto dinheiro é gasto no controle de bilhetes de transporte, verá que transporte público não é assim tão mau.
DF: Não, isso não soa mau, mas em vista do déficit orçamentário de Berlim, é bem ingênuo.
SN: Certamente o transporte público gratuito seria relativamente caro no início. Mas veja quanto o Estado joga no transporte individual, por exemplo quando constrói estradas, e se você considerar que as pessoas já estão pagando pelo transporte público — comprando passagens e pagando impostos — eu não acho que nossa proposta seja fora de propósito.
DF: Vários partidos de protesto se tornaram grandes decepções quando confrontados com a realidade. Como vocês pretendem evitar isso?
SN: Nós vamos continuar fazendo o que sempre fizemos. Nós tentamos criar estruturas abertas e transparentes e, nas reuniões do partido, nós discutimos intensamente sobre aquilo que fazemos. Agora mesmo estamos lutando para não sermos varridos. Se conseguirmos, não vejo porque não possamos ser um sucesso.
Resumindo o pensamento do pirata, uma colossal bobagem, um besteirol. Proselitismo barato e sem sentido, nonsense. Notem que o discurso é "tudo de bom para vocês". "Nós abriremos o cofre e repartiremos as riquezas entre os povos". Palmas, palmas, palmas! Quando o dinheiro acabar, acontece aquilo que a repórter da Deutschlandfunk bem salientou: "tornam-se uma grande decepção". O sujeito diz que "estradas são feitas para transporte individual" e quero crer que ele estava sob o efeito do último baseado para proferir tamanha estultice. E mais, cabe uma palavra sobre "tarifas de transporte extorsivas e controle de bilhetes": a tarifa é bastante módica e cobre todos os quatro sistemas de transporte. O tempo de espera médio é de 10 minutos e a tarifa mais barata cobre uma área equivalente à Grande BH. E mais, não há roleta! Você entra nos transportes e espera-se que esteja com o bilhete. Se um fiscal te pedir e ele não estiver, bem... você será preso! Nos mais de 20 dias que passei por lá, nunca me pediram, mas sempre o tive comigo. Cidadania começa nas pequenas coisas.

Eu não quero forçar a barra — reparem que nem mesmo grifei trechos da entrevista — mas parece que já ouvi essa história noutros lugares e noutras épocas. Nem vou citar nosso próprio balacobaco, mas notem como "certas propostas" dessas já foram ouvidas em Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador... Os primeiros da lista já estão na fase da "grande decepção", os demais logo seguirão. Não há progresso possível com os "progressistas" pelo simples fato de que o maná não cai dos céus. Eles sempre falam em "distribuir riquezas", nunca em produzi-las antes de distribuí-las.

Para fechar, algumas palavras sobre o nosso próprio quintal: esse tipo de retórica também existe aqui. Por oito anos o lulopetismo surfou alegremente num Brasil com inflação debelada, um estado razoavelmente saneado — mas com muito ainda por fazer —, estatais privatizadas que pagam impostos e geram empregos ao invés de sacar fundos do Tesouro e fabricar "cabides", e um imenso potencial para crescer. É bom dizer que tudo isso foi conseguido em meio a quatro grandes crises internacionais no período entre os governos Collor-Itamar e FHC, período este em que o PT foi sempre CONTRA.

Pois bem, Lula teve oito anos com céu de brigadeiro, a economia mundial a pleno vapor, cofres cheios e tal. O país cresceu. Mas cresceu também a corrupção, o clientelismo, o roubo descarado do estado, o completo escárnio para com a opinião pública. Tal e qual um Rei Aúgias, ele criou seus bois imortais sem se preocupar com o acúmulo de excremento nos estábulos. Na bonança, Lula só produziu esterco, e o pior, não existe no Planalto um rio que possa ser desviado para limpá-los. Troque bois por votos, troque estábulos por curral eleitoral; o cheiro e a sujeira são iguais.

Contrário ao common sense, pouco ou nada foi feito em infraestrutura. As cidades estão atulhadas de carros e engarrafadas, o transporte público piorou, não há metrôs nem trens. Faltam-nos também estradas, ferrovias, portos, aeroportos... As obras do PAC ficaram no papel ou por terminar; de fato mesmo só o Bolsa Família, programa criado por FHC e desvirtuado por Lula para comprar votos e que o pirata alemão quer copiar.

Berlim, a cidade do pirata Nerz, tem dois sistemas de metrô independentes (um deles é privado), ônibus double-deckers e bondes, todos moderníssimos. São quatro sistemas de transporte público numa única cidade, tudo interligado e com bilhete único! É tão bom que é raro ver táxis nas suas ruas. A infraestrutura de transportes na Alemanha é exemplo para o mundo, nada que um pirata com discurso manco não possa destruir. Felizmente para os alemães, excrescências como esse Partido Pirata são como voos de galinha — feéricos e curtos — logo sobrevêm queda e decepção. Para mim, o PT é uma grande decepção e já deveria ter caído, mas Lula comprou todos os votos de que precisa.

O PT — como os piratas de lá — não construíram nada, estão destruindo o pouco que temos. Na Europa se elegem "Tiriricas" por bazófia ou tédio; nós por credo. Pois bem, saudemos nosso Pirata Lula, você não está só. Por todo esse universo há espertalhões como você e idiotas como nós. A estupidez humana é mesmo a maior grandeza do Universo.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Governadores (canalhas) defendem a volta da CPMF

É uma vergonha. Essa estultice já foi derrotada mais de uma vez e uns imbecis insistem em recriá-la. É aviltante.

A notícia está em todos os jornais mas vocês podem ler uma boa matéria no Estadão. Segue uma sinopse.
A maioria dos governadores eleitos em outubro defende a recriação de um imposto nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), extinta pelo Senado em 2007. Apenas seis governadores de oposição - dois do DEM e quatro do PSDB - disseram ser contra a medida. Mesmo assim, um tucano, o mineiro Antonio Anastasia, está entre os 14 que se manifestaram a favor da volta do imposto do cheque.


O Estado procurou os 27 governadores que continuam no cargo ou tomam posse em janeiro. Dois não foram localizados e cinco não se manifestaram. Entre esses está o alagoano Teotonio Vilela, que em 2007 chegou a dizer que “todos os governadores do PSDB” queriam a aprovação da CPMF. Os cinco petistas eleitos apoiaram a iniciativa.

É impressionante que eles não mostrem quaisquer pudores. O Anastasia (PSDB-MG) trai seu eleitorado frontalmente, assim como Cabral (PMDB-RJ) trai o dele. E eles sabem que os dinheiros da CPMF jamais irão para a saúde, jamais irão para os seus estados, quanto muito algumas migalhas como uma ambulância ou uma verbinha para um posto de saúde. Mas a conta irá para os cidadãos! Assim é com a CIDE, FUST e outras canalhices.

Aqui em Minas, é bom dizer, nós já pagamos uma das maiores cargas tributárias estaduais. As alíquotas dos nossos ICMS, IPVA, TRLAV e que tais estão estre os campeões nacionais. Felizes os mineiros que moram próximo às fronteiras.

E tem mais: o aumento que o Mantega fez na alíquota do IOF deu mais arrecadação do que aquela CPMF extinta em 2007. Pergunto: a saúde melhorou? Claro que não. Não melhorou, não melhora e não melhorará porque os canalhas querem o dinheiro para eles. 

Por que não defendem uma reforma tributária que faça com que os tributos retornem a quem de direito? Por que não estão pressionando por uma reforma político-partidária que acabe com esse saco-de-gatos, essa empulhação que é a nossa política? Parabéns aos seis governadores que sabem o quanto dói na população mais esse esbulho. Espero que outros se juntem a eles. Quanto à canalhada, nós — a população esbulhada — nos encontraremos nas próximas eleições. Enquanto elas não vêm, vaiamos vocês aqui mesmo.

C A N A L H A S !   C A N A L H A S !   C A N A L H A S !

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cumarina e ratoeiras neles!

Num post logo abaixo eu dei um puxão de orelhas nele. Mas uma das melhores coisas da Liberdade está nisso: podemos concordar em discordar; no final, todos saem ganhando. Reparem neste artigo onde o melhor Chagas se mostra. Eu só adicionei a charge do Nani para não ficar muito dark.

Ratos e ratazanas em Brasília


Anos atrás, quando alguns ingênuos e muitos malandros sem assunto escreviam e discursavam contra Brasília, chamando-nos de paraíso dos corruptos e ninho de ratos, ficava fácil devolver a grosseria, respondendo que os ratos e os corruptos vinham de fora. Chegavam às terças e iam embora às quintas-feiras. Até que essa réplica deu certo, porque pararam de denegrir a capital federal.

Recrudesceram. Voltaram a jogar lama em Brasília, e o diabo é que perdemos nossos argumentos. Desde o escândalo que resultou na cassação do senador Luís Estevão até a renúncia do senador Joaquim Roriz, para não ser cassado, e entrando pela lambança do governo José Roberto Arruda, a conclusão é outra. Corruptos e ratos vicejam por aqui. Ratazanas, também. Não se afastam da cidade nos fins de semana, porque foram eleitos pelo povo de Brasília.

Uma lástima. A cidade viu-se nivelada por baixo. Apesar de figuras exemplares ainda sejam encontradas na representação eleita pelos brasilienses, aumenta a olhos vistos o número de lambões. Integraram-se na quadrilha que vem de fora, a ponto de não haver diferença entre os diversos tipos de roedores.

Evidência disso foi a absolvição de Jacqueline Roriz, que saiu aos seus. Flagrada recebendo dinheiro podre de um podre assessor do pai, acaba de ter seu mandato de deputada federal confirmado por 265 colegas. Apenas 166 votaram pela sua cassação, sendo que 20 se abtiveram. Não houve distinção partidária. Ela recebeu a solidariedade da maioria das bancadas do PMDB, do PT, do PTB e outras legendas que apoiam o governo federal e o governo local, mas, também, do PSDB, do DEM e do PPS, da oposição. Espera-se que ratoeiras venham a ser artigo muito bem vendido nas próximas eleições.

Chão de "Estrelas"