domingo, 29 de janeiro de 2012

O "Império do Centro" visto de dentro

A China tem sido mostrada como o maior fenômeno econômico deste século. Existem até mesmo algumas pessoas de renome — com as quais eu não concordo em absoluto — que chegam a dizer que "a China salvou o Capitalismo". Nada mais falso e longe da realidade.

Talvez queiram criticar o Capitalismo como sendo a origem dos nossos males — e ele o é em grande parte —, mas não por ser Capitalismo mas por ele ser meritocrático. É difícil para a maioria das pessoas entender o que "meritocrático" quer dizer, muitos nunca ouviram a palavra antes, mas é bem a essência daquilo que separa Capitalismo de Socialismo, e de como este último jamais poderá prover aquilo que tanto condena no outro.

Eu os convido a assistir este vídeo da SBS Television — Australia, uma joia enviada por um dileto amigo que muito tem colaborado com este blog. Trata-se de um curto documentário de 14 minutos que mostra o fenômeno chinês visto in loco. Considero uma das matérias mais reveladoras que tive a oportunidade de ver.

A tradução e legendas foram feitas por mim e desde já peço desculpas por alguma falha. Não usei nenhum equipamento além do meu laptop e um software gratuito para produzir o vídeo legendado. Infelizmente, alguns efeitos especiais que gostaria de usar estão além dos recursos que disponho. Procurarei melhorar nos próximos. O maior tempo foi gasto na versão para o Português e sincronização — o Inglês australiano é bastante peculiar — precisei educar os ouvidos. Espero que gostem das "Cidades-Fantasmas da China".


E aí? Gostaram? Espero que sim. Agora, os pitacos.

É preciso entender a mecânica por trás da construção das cidades-fantasmas. Por mais estranho que pareça ser, há lógica na loucura. George Orwell, em seu livro "1984", dava a receita para contornar o efeito colateral do crescimento, isto é, o enriquecimento. No seu livro, a "guerra contínua" foi a forma encontrada para manter os povos ocupados, economicamente remediados quando muito, e absolutamente comprometidos com a causa socialista. Quem leu "1984" sabe que Orwell pinta um mundo em que não há futuro, só o amor ao Grande Irmão. Aquele casal de Pequim, que trabalha num salão de beleza e mora naquele cortiço horroroso, é para mim, mutatis mutandi, Winston e Julia de Orwell.

O que o governo chinês precisa fazer é "sumir" com o imenso superavit comercial que a China tem hoje com o mundo. O seu gigantesco PIB, que a põe como a 2ª maior economia do mundo, chega a ser ridículo quando em valores per capita. Dividido por mais de 1 bilhão de chineses, o PIB chinês per capita é 2,5 vezes menor que o nosso e algo como 9 vezes menor que o dos EUA, Europa e Japão, como salientei neste artigo aqui. O PIB per capita (ou PPP — Purchasing Power Parity) é a real medida da economia que gira, do mercado. O que se vê na China é a imobilização do capital na forma de construções gigantescas — "pirâmides para as quais não há demanda", consolidação de um "PIB sem melhoria para a população" —, como salientou Gillem Tulloch, o analista de Hong Kong.

Dar à população acesso ao produto do seu trabalho — acesso à riqueza — é fazer com que o Partido Comunista Chinês renegue todos os seus princípios. É abandonar o socialismo que divide e redistribui a miséria e partir para o capitalismo que premia a produção e a eficiência. Ora, já sabemos que não há dinheiro para todos e que o capitalismo é meritocrático — os que fazem mais, recebem mais; os que fazem menos, recebem menos. Na China, quem faz mais é o Estado, então é o governo chinês que fica com a maior parte ou quase tudo, isto com uma população de 400 milhões de excluídos, hoje. Lembram-se da grande preocupação do sociólogo Prof. Jou Ziao Xeng? A "polarização", ou melhor, a divisão em antípodas — chineses "com" e chineses "sem" — levaria a China ao caos. Como explicar a um cidadão, educado na doutrina socialista, que enquanto ele mora num misto de cortiço-pocilga, cujo aluguel custa metade do seu salário, seu compatriota anda numa Ferrari e mora num resort. Simplesmente não se explica nem se justifica.

Em rápida conversa com um diplomata brasileiro, fiquei sabendo que o governo chinês já iniciou uma intervenção para coibir a crescente especulação no mercado imobiliário e mesmo iniciar um programa de auxílio à aquisição da casa própria para pessoas de baixa renda. É o velho assistencialismo estatal — um tique socialista — que não sei se será possível ou exequível num país de 1,3 bilhão de pessoas. Mesmo assim, e apesar de senões, a China tem melhorado; não graças ao comunismo/socialismo maoista, mas ao pragmatismo de Deng Ziaoping que quis fazer da China algo melhor que uma gigantesca Coreia do Norte. Sob Mao — que fez justiça ao nome — 85% da população chinesa estava na pobreza absoluta. Então, não foi a China que salvou o capitalismo, como disse o Herr Dieter Zetsche, Chairman da Daimler AG e principal executivo da Mercedes-Benz, Não, bem ao contrário, foi o Capitalismo que salvou a China — ou a está salvando —, apesar de um ou outro rompante socialista.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Força maior

Encontro-me em falta com os leitores deste blog desde o último dia 17. Não quero me desculpar — não há desculpa cabível — mas apenas informar que este blogueiro ainda está na ativa.

Uma série de contratempos, uns pequenos e outros de força maior, mantiveram-me afastado do blog por mais de uma semana, mas, como já dito, não fiquei parado.

No momento, termino a tradução e sincronização de legendas para um documentário da TV australiana SBS (Special Broadcasting System) sobre a China, que espero concluir ainda hoje. O artigo a respeito já está quase todo pronto — "na cabeça" —, mas espero publicar tudo, inclusive o vídeo, dentro de uns dois dias. Aguardem!

É isso aí! Um grande abraço a todos.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 14

Eu sei que é recesso, mas não se pode perder a embocadura

Aqui, o exemplo baixo vem de cima

Aconteceu nos bastidores do programa "Roda Viva" da TV Cultura (grifos meus):

Minutos antes do começo da gravação do Roda Viva no Palácio do Planalto, o jornalista Paulo Markun aproximou-se do presidente Lula para combinar um derradeiro detalhe. Em meio às palavras de encerramento, o âncora diria que estava entregando a Lula uma trilogia com as melhores entrevistas ocorridas desde a estreia do programa da TV Cultura, 18 anos atrás.

Com expressão curiosa, Lula apanhou os livros. Antes que se sentisse logrado, Markun informou que só o primeiro volume fora concluído. Os outros, ainda em preparação, paravam na capa. As páginas estavam em branco. Lula devolveu o que estava pronto e folheou os desprovidos de palavras. Isso é que é livro bom, comentou. A gente nem precisa ler. O entrevistado parecia feliz. Os entrevistadores exibiam sorrisos constrangidos.

Ninguém no estúdio improvisado aparentou surpresa. Todos conheciam a aversão de Lula à leitura — qualquer tipo de leitura. Ler é pior que fazer exercício em esteira, confessou há tempos o presidente de um país atulhado de analfabetos, com um sistema educacional em frangalhos, incapaz de absorver multidões de crianças traídas.


Eu me lembro muito bem do fato. Nem vou dizer que fiquei envergonhado porque Lula já não me surpreende mais há muito tempo, mas àquela época ele era o queridinho da mídia internacional. Constrangidos devem ter ficado o Le Monde e o El Pais por considerá-lo "O Homem do Ano" em 2009; eles e um montão de universidades que lhe concederam títulos de Doutor Honoris Causa. Que honra há em Lula que justifique qualquer título?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Moonwalking 3, ou "Brasil, seu futuro o condena"

Há muito perdi a fé, já não tenho esperanças. A juventude dessepaiz é fruto de uma geração de pessoas descompromissadas com a sociedade. Eu sei disso porque faço parte dessa geração, aquela que viveu 22 anos sob o regime militar e mais de meio século de inflação desenfreada. Uma nos alijou da vida política, a outra se encarregou de nos transformar no arquétipo do brasileiro, o do "cada um por si", o do "gosto de levar vantagem em tudo, certo?", também conhecida como a "Lei do Gérson" — cuja propaganda que a "consagrou" o protagonista se lamenta até hoje. O brasileiro é um povo sem alma e a situação atual conspira para piorar o quadro.

Uma matéria do Diário do Comércio ilustra como La Nave va... Acho que se acaba como o Costa Concordia, ou mesmo pior. Como de hábito, grifos meus.

Consumidor brasileiro gasta menos com educação

O consumidor diminuiu seus gastos com educação e leitura na última década, o que levará à perda de peso do grupo Educação, Leitura e Recreação, de 8,74% para 7,37%, no cálculo dos indicadores da família dos Índices de Preços ao Consumidor (IPCs). A atualização de ponderação entrará em vigor em fevereiro, e leva em conta o novo perfil do consumidor brasileiro apurado pelo IBGE em sua Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2008 -2009.

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), com a atualização de pesos, a participação do sub-grupo educação, dentro de Educação, Leitura e Recreação, cairá de 5,7% para 3,8% a partir do mês que vem. No caso do sub-grupo leitura, o peso diminuirá de 0,4% para 0,3%.

Em contrapartida, o brasileiro tem usado mais de seu orçamento familiar em atividades recreativas. O sub-grupo Recreação aumentará seu peso de 2,5% para 3,1%, a partir de fevereiro, dentro de Educação, Leitura e Recreação.

Veículos

O interesse crescente do consumidor na compra de veículos automotores puxou para cima o peso do grupo Transportes no cálculo da inflação varejista, que subirá de 11,72% para 19,15% dentro dos IPCs, a partir de fevereiro.

Somente o peso de veículos automotores subirá de 0,61% para 6,7% dentro do grupo Transportes. Para a FGV, isso é explicado pela forte expansão de crédito na última década, bem como o aumento da renda das famílias no período.

Por influência do maior gasto do consumidor com veículos, subirá de 0,51% para 1,22% e de 1,12% para 1,98% o peso dos itens "serviços de oficina"; e de "outros gastos com veículos", respectivamente, dentro do grupo Transportes.

À imagem do fracasso
Muita gente vê o quadro acima como sinal de progresso. Eu não. Onde há educação, pessoas estão abandonando o transporte pessoal pelo transporte público, exigem melhoria dos transportes de massa e nem por isso deixam de se divertir. Já aqui, não. O brasileiro se julga o máximo ao comprar um carro, apesar de culpar céus e infernos ao se ver entalado(a) no trânsito caótico que sua própria individualidade ajudou a criar.

Nós — brasileiros — temos a vocação para ser parte do problema, fechamos os olhos para a solução, quando há muito mais pedras em nosso caminho que aquelas no do Costa Concordia, o navio onde vários patrícios se divertiam em atividades recreativas.


N.B. A todos os passageiros e tripulantes do Costa Concordia, acidentado no litoral da Itália, minhas simpatias e respeitos. Não houve outra intenção ao associar seu sinistro com meu comentário à matéria jornalística.

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 13

Verdade, já é preciso correr. Podemos começar por tirar empecilhos,
isto é: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Depois, ato contínuo,
restauramos a Monarquia com um pungente pedido de desculpas.

Nunca antes na história "dessepaiz" o Brasil havia superado os Estados Unidos

Pois é, com Lula e Dilma superou. Vocês podem comprovar na revista Exame ou no Estadão. Grifos meus.

Custo de vida do Brasil supera o dos Estados Unidos

Dado é considerado preocupante para um país emergente



Rio - O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.

Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.

Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.

Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.

Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior. Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Eu só tenho este comentário: o Brasil tem a maior carga tributária do mundo emergente; tem o maior custo de produção do mundo emergente (o Custo Brasil); o pior IDH do mundo emergente e também a pior educação. Tudo isso e também o governo mais incompetente e mais corrupto do tal grupo de emergentes; daí o resultado. Queriam o que?!!

A patuleia pode continuar acreditando no Nosso Guia mas a coisa só vai piorar. Escrevam aí: inflação, desemprego, inadimplência... tudo isso vai aumentar. O Brasil é agora uma república sindicalista. Você que é trabalhador, pode me dizer o que foi que já recebeu do seu sindicato ou da sua central sindical? Hein?!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 12

Senado fará dedetização nesta sexta após rato ter mordido uma servidora

O Senado divulgou nota informando todos sobre a desratização e dedetização que serão realizadas na tarde desta sexta 13 (ontem), isto devido a um rato ter mordido o pé de uma servidora da secretaria-geral do Senado nesta semana.

Um dos nossos senadores com fetiche por pés de secretárias

Como tudo que se faz por lá, avisaram a todos os ratos para que saíssem antes da desratização/dedetização. Todas as pragas voltarão após merecidas férias.

O resultado prático desta medida saneadora é que as pragas maiores não sofrerão concorrência de pragas menores, como de camundongos, baratas, pulgas e percevejos. Ha! Ha! Ha!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O Brasil é um avestruz: esconde a cabeça num buraco enquanto expõe o outro

Leio esta entrevista — bem na capa do Estadão de hoje — e fico pasmo. Será que conseguimos nos abaixar ainda mais? Repasso a matéria e volto depois. Grifos meus.

Antes de visita ao Brasil, Valcke cobra aprovação de lei

Secretário-geral da Fifa está preocupado com as pendências da legislação brasileira para a Copa

AE - Agência Estado

ZURIQUE - O secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke, inicia na segunda-feira a primeira de uma série de visitas bimestrais ao Brasil, em que se reunirá com autoridades e acompanhará o andamento das obras para a Copa do Mundo de 2014. A principal preocupação do dirigente nesse momento é Com a aprovação da Lei Geral da Copa. Antes de chegar ao País, Valcke voltou a cobrar uma rápida solução para as pendências da legislação, tratada como fundamental pela Fifa para a organização do Mundial.

"Naturalmente, porém, a Lei da Copa será a base do sucesso brasileiro na organização do torneio", disse o secretário-geral da Fifa. "Por este motivo, aproveitarei a estada no Brasil para fazer diversas reuniões com as várias partes interessadas para explicar questões específicas face a face e para garantir que possamos fechar este capítulo até março. O tempo está passando rápido como nunca e a expectativa aumenta para todos nós."

Jerome não pede; manda!
Na segunda-feira, Valcke vai se encontrar com o ministro do Esporte Aldo Rebelo, com quem discutirá a situação da Lei Geral da Copa. O encontro também contará com a participação do ex-jogador Ronaldo, membro do Conselho Administrativo do Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014.

Acompanhado de Ronaldo e Rebelo, Valcke vai visitar Fortaleza e Salvador para avaliar os preparativos das duas cidades para a Copa do Mundo de 2014. Os encontros nas cidades nordestinas estão marcados para terça-feira. Fortaleza foi indicado como uma das sedes da Copa das Confederações de 2013, enquanto a capital da Bahia depende da evolução das obras da Arena Fonte Nova para receber jogos do torneio próximo ano.

"Estou muito feliz que o ministro do Esporte e Ronaldo estejam nos acompanhando nestas importantes visitas", disse Valcke. "A participação deles sublinha o compromisso conjunto de fazer da Copa do Mundo da FIFA 2014 um sucesso. As cidades-sede e os estados são parceiros fundamentais na medida em que proporcionam a infraestrutura básica. As discussões com as autoridades locais são importantes sobretudo por viabilizarem a troca de informações."

Após visitar Fortaleza e Salvador, Valcke seguirá para o Rio, onde participar de reunião do conselho do Comitê Organizador Local (COL), na quinta-feira. No encontro, o COL e a Fifa vão debater os preparativos para a Copa de 2014 e outros temas importantes, como o lançamento do slogan e da mascote oficial, o anúncio do calendário de jogos da Copa das Confederações e o sorteio da competição, que marcará também o início da venda de ingressos.

Dilma, que jurou defender e obedecer a Constituição,
passa-a à FIFA para o Blatter limpar o b...
Eu torço para que a manchete seja só um truque jornalístico para vender mais jornais, mas o mínimo que se pode dizer é que "nunca antes na história dessepaiz" a Nação foi tão ultrajada. Acho que podemos adotar a sugestão do Reinaldo Azevedo e mudar logo o nome do País para Banânia.

Quer dizer que uma organização — ainda que das mais poderosas — dita aquilo que nós devemos fazer para que "o evento seja um sucesso". Olha, Sr. Valcke, eu queria lhe dizer o que você, o seu patrão e nossos parlamentares chibungos podem fazer com essa tal "lei da copa"... Digamos que é o mesmo que se faz com um supositório, porque eu já sei o que vocês estão fazendo com nossa Constituição.

Essa Copa será a redenção de muita gente, muito dinheiro do Tesouro enriquecerá a patota do Ali Babá. Ao invés das oito (8) sedes habituais, serão doze (12), uma dúzia inteirinha, 50% a mais que nas Copas anteriores. Estádios, dentre outras obras, estão sendo construídos pelos custos exorbitantes e obscenos de costume, em cidades onde serão realizados apenas três (3) partidas, grande parte delas no Nordeste — celeiro de votos da petralhada. Alguém aí pode calcular o preço do minuto dessas pelejas? Só mesmo em Banânia, digo, no Brasil, que uma coisa assim é feita e ninguém diz absolutamente nada. Aliás, onde anda a tal oposição a este governo de gatunos? Por onde anda Aécio?

Aécio!! Cadê você?! ...

...assim por trás não dá pra ver!!

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 11

O problema maior nem é o PT; é o que se pode por no lugar dele...
...se o Plínio Salgado fosse vivo ele poria a tropa nas ruas.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Quando um político lava nossa alma, fique certo, ele não é daqui.

Uma das boas coisas para mim é receber contribuições de gente que frequenta o blog. A satisfação é dupla porque mostra que o blog tem visitantes e as ideias postas aqui estão produzindo eco, ao menos algumas delas; he, he...

Recebi o link para um vídeo no Youtube que publico aqui. Espero que ele não seja removido, mas na dúvida, tenho ele salvo no meu próprio servidor.

O vídeo mostra o discurso/protesto do Mr. Godfrey Bloom, membro do Parlamento Europeu (MEP), contra as medidas de austeridade impostas pelo Parlamento a diversos (todos?) países membros da "Zona do Euro" que está virando uma zona, permitam-me o trocadilho. Em tempo, e antes que me acusem de incoerência, não condeno as medidas que precisam ser tomadas lá — não acredito que restem outras alternativas — mas sou absolutamente solidário ao Mr. Bloom e endosso cada uma de suas palavras. A maior parte do vídeo se encontra em Inglês, pequena parte em Francês, mas todo ele muito bem legendado. Vale a pena ouvir cada palavra do discurso até o gran finale. Vamos ao vídeo e retorno depois para meus comentários finais.


Viram?! Ele os chamou de scoundrels (no dicionário, você vai achar: "Pessoa amoral ou má; quem pratica o mal deliberadamente; corrupto; vigarista; vilão; etc... a lista de sinônimos é longa." E volto a dizer: salvar ou não salvar países quebrados, bancos quebrados, vidas quebradas, não é o que está em discussão aqui. O ponto nevrálgico que Mr. Bloom salientou muito bem é a responsabilização dos vigaristas, porque os scoundrels, como ele os chamou, nunca são responsabilizados por seus malfeitos (royalties para d. Dilma). Ora, se nunca são, eles continuam a fazer o mal, a roubar, a desviar e a matar, como acontece aqui agora — e novamente — com as vítimas das chuvas. E o que acontece? Ministro vai para a TV culpar a chuva que cai. Pô! Ninguém manda ao menos um ovo choco (lamento, a reforma asnográfica tirou os acentos de ambos) na cara desses vagabundos.

Voltando ao assunto, é imperioso que se responsabilizem os administradores pelo mal que fazem. Um prefeito rouba a Prefeitura e o máximo que poderá lhe acontecer é perder o mandato. Vocês já viram algum prefeito ser condenado a devolver aquilo que roubou? Pois deveria ser a praxe! E devolução não implica perdão — tem que ter devolução e cadeia, na falta de pena mais adequada e definitiva. É disso que Mr. Bloom estava falando. Ele disse, claramente, "vocês fazem suas cagadas e depois querem o dinheiro da nossa poupança, o nosso fundo de pensão e o fruto do nosso trabalho para cobrir o resultado da sua incompetência, improbidade, sem-vergonhice e má-fé.", ao que eu só posso aplaudir e emendar: "aqui também, Mr. Bloom, só que um tantinho pior."

Convenhamos, nossas leis são tíbias e nossa justiça frouxa (a minúscula é intencional). Como na animação do cabeçalho, "em meu País o crime compensa! — vergonha...", mas não precisa ser sempre assim. O dia que os cidadãos se indignarem e chamarem os vereadores de sua cidade de VIGARISTAS, seu prefeito de LADRÃO e os ameaçarem de uma boa surra de bordoadas, EU GARANTO que toda essa CANALHA botará o rabo entre as pernas e começará a servir ao povo ao invés de SE SERVIR dele.

Mostrem aos nossos scoundrels com quantas pauladas se quebram umas costelas e de como se restaura a moralidade e a decência do País.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Como faz bem um pouco de pragmatismo

Pessoas que me conhecem, pessoalmente, sabem que sou fã do esporte a motor, especialmente da Fórmula 1. Venho acompanhando a categoria desde que tomei conhecimento de um certo Émerson Fittipaldi, campeão mundial da categoria, visto por mim num comercial da Texaco. Eu me encontrava nos Estados Unidos da América como estudante de intercâmbio e ver um brasileiro ser objeto de reverência (e referência) naquelas plagas era mesmo de chamar atenção. O ano era 1972 e passei a seguir o campeonato já no ano seguinte, não importava por que mídia. Fui feliz na escolha: o Brasil sempre deu excelentes pilotos e grandes campeões — isso todos sabem — mas não é sobre F1 ou sobre pilotos que quero falar; é sobre pragmatismo e respeito pela coisa pública, algo que faz muita falta aqui. Repasso uma rápida notícia da revista 4 Rodas que me chamou a atenção. Grifos meus.

Barcelona também analisa quebra contrato com Fórmula 1

Por Carlos Eduardo Garcia

A crise europeia, que atingiu em cheio países como a Espanha, já havia na semana passada forçado os organizadores do Grande Prêmio da Europa em Valência a pensar na hipótese de renegociar a realização de uma prova no local. Agora é a vez do governo de Barcelona pensar no caso, tanto em relação à Fórmula 1 quanto à Moto GP.

"Nós podemos reconsiderar a prova de Fórmula 1 ou Moto GP. Não está claro para nós que podemos pagá-los na situação atual", comentou Andreu Mas-Collel, ministro da economia da Catalunha. "Não é a primeira coisa que vamos reconsiderar, mas em tempos como estes, devemos olhar atentamente onde gastamos nosso dinheiro".

O circuito da Catalunha está no calendário da Fórmula 1 desde 1991 e também recebe os testes coletivos de inverno. Barcelona tem um acordo para sediar a corrida até 2016, que é o motivo de análise criteriosa.

"Há contratos que são mais caros para manter do que para quebrar", finalizou.

Pois bem, eu fico aqui imaginando nossos governantes salivando ante uma notícia dessas. Eu falo do ufanismo tupiniquim, que precisa bater no peito como um gorila e berrar para o mundo "como nós somos mais ricos, mais corajosos, mais machos, etc., e que esses espanhóis (na verdade, catalães e valencianos — fazem questão) não passam de umas bichonas medrosas" e por aí vai. Acho que não dá nem para os tais quinze minutos de fama que Warhol vaticinava, mas uns 80% da população (estou exagerando, já que só uns 20%, se muito, saberão ler a matéria), vai se deliciar.

O problema é que "pau que dá em Chico dá em Francisco", dá no Zé, no Mané, dá em todos nós. A tal "crise europeia" não é só europeia, é mundial. Está aí desde 2008, apesar das "bravatas de marolinha" do Nosso Guia e dos seus acólitos, dona Dilma encabeçando a lista. Com dinheiro não se brinca, mas a máxima não foi escrita para PT et caterva.

Provas de F1 estão entre os eventos mais caros do mundo. A cifra paga para se ter o direito de sediar provas é altíssima. As mais tradicionais pagam algo em torno dos US$15 milhões/ano, mas há provas, como as dos países árabes, que pagam 40-50 milhões/ano. Os contratos são, em geral, pelo prazo de cinco anos, então, é uma baba de dinheiro que se precisa pagar só pelo direito de receber a efeméride.

Mas não é só isso não. Você precisa ter e manter um circuito adequado. Se for fazer um — como pretendem argentinos, mexicanos e texanos —, os números são da ordem de centenas de milhões. O de Xangai custou US$300 milhões, dizem. Ainda assim, falam que dá retorno...

Tudo bem, se fosse um negócio totalmente privado, mas quando é o dinheiro de um governo que banca a festa, há que se fazer escolhas, nominar prioridades — o tal do pragmatismo — e não é por outra razão que a última frase negritada acima é das mais lúcidas que já tive oportunidade de ler. É preciso ser muito responsável para com um povo, para se tomar uma atitude dessas e eu queria muito que um político daqui me desse um dia tamanho orgulho.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 9

Minas está assim... É que o PSB "amigo" do Aécio e do Anastasia
mandou todo o dinheiro para o outro "amigo" em Pernambuco...
...e tome água na moleira!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Afinal, "politicamente correto" é correto?

Eu acho que não. O eufemismo "politicamente correto" só serve para turvar razão daqueles que ainda a tem. Os exemplos são muitos mas vou me ater aos mais falados. Vamos lá:
1) não se pode referenciar um homossexual por "homossexual"; o termo politicamente correto é "homoafetivo", seja lá o que os boçais responsáveis pelo bestialógico que são as nossas leis. Em outras palavras, se você gosta do seu amigo(a) ou irm(ã)o, lamento informar mas você é veado ou sapatão.
2) Não se pode chamar uma pessoa de tez escura de negro. O termo "correto" é "afrodescendente", uma boçalidade sem tamanho, já que, na visão dos estudiosos, o gênero humano se originou na África, continente onde, aliás, nem todos são negros, apesar de todos serem afros. O termo é tão risível que negra é a denominação correta da raça, mas não é "politicamente correto" chamar a pessoa da etnia de negro ou negra — nada mais idiota.
3) Existe agora o preconceito linguístico, isto é, se uma pessoa não sabe ler e/ou escrever (a despeito de ter um diploma do MEC que ateste o contrário), você não pode dizer isso a ele ou a outrem. Deixe-me elaborar: você contrata um balconista para o seu boteco e descobre que ele não pode ler a lista de preços, não sabe somar, nem subtrair e muito menos dar um troco ao freguês; resumindo, é um analfabeto funcional. Não mais! Você vai ter que procurar um outro termo que não o ofenda, que não lhe faça baixar a auto-estima, que o faça se sentir muito bem quando você lhe disser que "infelizmente a vaga já foi preenchida". Eu sei, é triste, mas ele terá sua auto-estima bem alta enquanto estiver sentindo fome.

Na verdade, estou farto disso tudo. Alguns bestalhões que se dizem professores, meros ostentadores de diplomas universitários, andam por aí dizendo o que se pode e o que não se pode ser. Que direito têm essas pessoas ed fazerem o meu ou o seu juízo de valor? Pior, fazerem a cabeça dos nossos filhos; pensarem em nome da sociedade. Quem elas pensam que são?

Bom, elas se autodenominam "os novos arquitetos da sociedade moderna, os paladinos da virtude e os pilares do saber". Se você acredita nisso, vá em frente, mas eu não! Há muito discuto sobre educação e valores morais e vejo a juventude perdida em meio a essa geleia informe que se transformou a "sociedade moderna". Pais e mães que trabalham da primeira à última hora do dia enquanto os filhos são educados pelos motorneiros do "Bonde do Foucault". São esses mesmos vagabundos que inventam uma estultice como "preconceito linguístico" ou invés de educar o cidadão.

Aliás, é gente como Foucault e Nietzsche que baliza os pensamentos dos novos "formadores de opinião", gente que acredita que Vigiar e Punir é o suprassumo do pensamento social moderno. Soubessem os pais que Foucault era também um grande entusiasta da revolução iraniana e que acreditava que dali sairia o novo Norte da civilização moderna, não ficariam tão impressionados pela verborragia sem sentido que escutam dos filhos ou ouvem na televisão. Não, senhores pais, vocês não estão ficando (ou se descobrindo) burros: seus filhos é que estão se alienando nas escolas pagas por vocês.

Para se proteger dessa "tutela" é que muitos pais optam por educar seus próprios filhos. Confesso, não saberia dizer se "educar em casa" seria uma prática legal ou mesmo aceitável no Brasil, mas homeschooling é bastante comum em países como os Estados Unidos da América. A mãe, em geral, ou outro membro adulto da família, toma o encargo de educar suas crianças que prestam os mesmos testes de proficiência oficiais aplicados nas escolas regulares. Pelo nível das escolas do Brasil — públicas ou privadas — o homeschooling poderia ser não apenas uma opção econômica mas também uma opção pela qualidade, ainda que a maioria dos pais nem tenha noção do que seja isto.

A doutrinação esquerdista, que alguns livre pensadores chama de "esquerdopata" não se limita aos devaneios de Foucault. Eles chegam a requintes de um Georg Lukács, filósofo húngaro que faz a festa nos meios acadêmicos das universidades públicas brasileiras. Um dos pensamentos mais diletos de Lukács é aquele que diz que o partido representa a "consciência possível do proletariado", isto é, a consciência que o proletariado ainda não tem, mas que terá — na antevisão deles — daqui a cem anos ou mais. Assim posto, a vontade do povo hoje é irrelevante, desprezível e descartável. Melhor ainda: "apesar do povo pensar diferente de nós (partido) hoje, nós pensamos o que o povo deveria pensar e que pensará daqui a cem anos ou mais". Compreenderam? Eles se julgam os legítimos representantes do povo para fazer o contrário daquilo que ele (o povo) quer, baseados naquilo que, hipoteticamente, pensarão num futuro distante. Se isso não é fruto de uma mente doente ou drogada, então nada mais é.

Eu achei essa coisa toda completamente descabida, mas é assim que pensam os Zés Dirceus, os Marcos Aurélios "Top-Top" Garcias e que tais, e é assim que também pensam grande parte dos professores da USP, Unicamp, UFMG, UFRJ, etc., de onde não raro saem jovens de moral fraca e pensamento bambo. Tivesse eu filhos e eles leriam von Mises, Hayek, Bastiat, não esse estrume que aduba o pensamento esquerdopata. O politicamente correto não foi pensado para melhorar o mundo; é apenas mais uma forma de patrulhamento esquerdista da sociedade, de derrubar seus valores seculares, de minar seus alicerces como a família. Assim, não se assuste quando seu filho lhe puser o dedo em riste na face e o acusar de ser direitista, retrógrado e politicamente incorreto.

Eu ainda sou do tempo em que a consciência crítica era formada em casa. Nossos pais nos passavam valores — valores que receberam dos seus próprios pais e estes dos nossos bisavós —, acrescidos da experiência de vida de cada um. A sociedade, como a conhecemos, foi formada assim. Todos os livros santos; a Bíblia, o Talmude e a Torá, o Corão e outros que não me lembro são compêndios desses valores, uma longa cadeia de ensinamentos comprovada pelo exercício de milênios. Pois, o que gente como Gramsci, Lukács e seus seguidores ensinam nas escolas é justamente o oposto, é a decomposição mental daquilo que tem funcionado bem há milênios.

Pais e mães têm pouca ou nenhuma chance de discutir valores com seus filhos. Trabalham o dia todo e assumem que por terem matriculado seus rebentos numa boa (e quase sempre cara) escola, eles estão em boas mãos. Pois eu digo que quase sempre não. A probabilidade de seus filhos estarem sendo sistematicamente abduzidos para o nonsense do esquerdismo, para a satanização do Capitalismo e para a negação dos bons costumes mais básicos — lembrem-se da máxima comunista: "os fins justificam os meios" —, é bem próxima da certeza. Procure saber o que seu filho pensa a respeito do mundo e o que ele faria para melhorá-lo. Você pode se surpreender. Então, surpreenda-o: baixe um livro chamado "As Seis Lições", de Ludwig von Mises e dê para ele ler. Este livro pode ser comprado diretamente do Instituto Ludwig von Mises Brasil ou baixado gratuitamente no formato e-book (PDF, MOBI e EPUB) de lá mesmo. É uma síntese das palestras que Mises proferiu em Buenos Ayres para jovens universitários, aí no final da década de 50 quando a Argentina se preparava para reerguer-se dos destroços da Era Perón, leitura obrigatória, na minha modesta opinião, agora que nós precisamos nos reerguer dos destroços da Era Lula.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 8

No governo Dilma, é assim que se água o Nordeste...
...ou uma parte dele.

Transparente como uma burka

Lembram-se de quando os petistas falavam de "transparência"? Vejam o quão opaca é a transparência deles: matéria publicada na coluna do Cláudio Humberto, grifos meus:

Está no limbo há quase 15 anos projeto de lei que obriga a divulgação do percentual dos tributos embutidos em cada produto. Os consumidores, segundo o projeto, devem ser informados do valor da carga tributária na nota fiscal do produto ou serviço, que compõe o pacotão de 35,21% em impostos. Existem mais de 20 projetos sobre o mesmo tema e 10 requerimentos solicitando inclusão na ordem do dia para votação. Cândido Vaccarezza (SP), líder do governo, alega que só pode aprovar a matéria após consenso sobre a reforma tributária. Ou seja, nunca.

O Brasil atingiu o recorde de R$ 1,5 trilhão de impostos pagos em 2011. É emergente com a maior carga tributária do planeta.

Nem há o que falar. Esse pessoal não entrou para o governo para consertar malfeitos, como gosta de dizer a presidenta, mas para institucionalizar o roubo, a corrupção e se perpetuar no poder. Eu aviso: eles jamais serão removidos de lá pelo voto — já controlam esse processo também —, mas apenas e tão somente pelo uso e emprego da força.

Este é um argumento que eles entendem e temem, mas você pode continuar pensando que nas próximas eleições "o exercício democrático da cidadania" prevalecerá. Não! — será mais do mesmo — porque não há Democracia sem oposição nem alternância de Poder.

O bom político é aquele que teme seu eleitorado.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Em tempo de "recesso da roubalheira" - 7

Ao vivo e em cores, o processo de transferência de verbas do Estado
para "mitigar" os efeitos da catástrofe das chuvas.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Tostando ao sol e molhando o "bikini"

Cristiana Lôbo, da Globo, relata em seu blog (grifos meus):

O ano começou em completa calmaria para o governo. Assessores da presidente Dilma Rousseff que ficaram de plantão nestes dias de feriados de fim de ano, comemoraram o momento político: nenhum fato novo ou desgastante surgiu nos últimos dias, o que dá a garantia de que a presidente continuará de férias na Bahia.

Segundo um assessor, não só não houve temas desgastantes para o Executivo, mas também o que ficou na memória dos brasileiros nos últimos dias de 2011 se referem a assuntos do Judiciário (o embate entre juízes e o Conselho Nacional de Justiça) e no Legislativo, com a posse de Jader Barbalho. Nada a ver com o Executivo.

Ora, até parece que a Cristiana não conhece o Brasil e como as coisas funcionam por aqui. Do Natal ao Carnaval, tudo para! Roubos, maracutaias, desvios e que tais continuam ocorrendo, mas o brasileiro é muito macunaíma para se preocupar com isso. Alguns, como já dito, voltarão a se indignar depois do Carnaval, outros nem isso. Dilma, PT et caterva agradecem as "merecidas" férias à patuleia. Ninguém mencionou que só a reforma das instalações da base da Marinha, onde a presidenta foi molhar o "bikini" (dizem que até o ex-marido foi), custou algo como 660 mil. Acho que se mandassem ela para Bora Bora sairia mais barato, mas algum eco-chato do Greenpeace deve ter protestado pela iminência de um desastre ecológico.

O brasileiro é o melhor povo do mundo!