Gigante pela própria natureza
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...tampinha, penico de anão, pintor de rodapé, barriga de sapo, pouca sombra, jogador de futebol de botão e PIBinho. |
A presidenta deveria começar por devolver o diploma porque tal afirmação renega não apenas princípios da Economia como até mesmo a lógica mais tacanha. Com o que a presidenta pensa "proteger presente e futuro de nossas crianças e adolescentes"? Certamente não será com esse discurso vazio. Aliás, presidenta, falta-lhe o traquejo do seu antecessor para ficar distribuindo bravatas. A senhora simplesmente não convence.Uma nação não é medida pelo PIB, afirma Dilma
Para a presidente, Brasil será um país desenvolvido quando todas as crianças e seus jovens tiverem acesso à educação de qualidade
BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff afirmou na manhã dessa quinta-feira que a grandeza de uma nação não é medida pelo Produto Interno Bruto (PIB), mas pelo que faz pelas suas crianças e adolescentes. "Uma grande nação deve ser medida por aquilo que faz para as suas crianças e adolescentes, não é o PIB, é a capacidade de o País, do governo e da sociedade de proteger o seu presente e o seu futuro", discursou Dilma, diante de uma plateia formada, na maioria, por adolescentes, durante a 9ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e Adolescente.
"O Brasil durante muito tempo conviveu com uma situação lamentável e terrível, ser um país com tantas riquezas, formado por um povo tão solidário, mas que uma parte imensa da sua população estava afastada dos direitos e, sobretudo, dos benefícios dessas riquezas e de tudo que esse país pode produzir", afirmou.
Dilma destacou programas do governo federal, como o Brasil Carinhoso e o Bolsa Família, prometendo aumentar - até o final de 2014 - de 33 mil para 60 mil escolas o número de escolas de ensino fundamental e médio que tenham dois turnos.
"Vamos disputar o que é a economia moderna, que é a economia do conhecimento, aquela que agrega valor, a internet, as tecnologias de informação. Esse país vai ser um país desenvolvido quando todas as crianças e seus jovens tiverem acesso à educação de qualidade", afirmou.
"Lugar de criança e adolescente é na creche e na escola, num ambiente seguro, é nas escolas técnicas, é nos campos esportivos, é em todas as manifestações artísticas, é sobretudo em um ambiente seguro, livre da miséria, da violência e dos abusos."
No encerramento do discurso, a presidente manifestou apoio à candidatura do brasileiro Wanderlino Nogueira Neto ao Comitê de Direitos da Criança da ONU. Dilma deixou o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, local do evento, sem falar com a imprensa, evitando comentar a redução da taxa Selic, definida ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Não tem mais onde furar
Celso Ming
O presidente do Uruguai, José Mujica, já vinha denunciando que o Mercosul virou um chiclete. Depois das decisões tomadas na última reunião de cúpula, já não se sabe o que passou a ser.
Reunidos em Mendoza, Argentina, no dia 28, os chefes de Estado de Argentina, Brasil e Uruguai primeiramente suspenderam o quarto sócio, o Paraguai, sob o argumento de que a destituição do então presidente paraguaio, Fernando Lugo, tinha sido “esquisita”. Embora não fossem capazes de caracterizá-la como golpe de estado, como queriam, entenderam que ao presidente Lugo não fora concedida oportunidade de defesa – recurso exigido em processos jurídicos, mas não propriamente em movimentos políticos.
Em seguida, a troica assim constituída pela suspensão unilateral do Paraguai – a quem também não foi concedida oportunidade de defesa – optou pela incorporação da Venezuela ao bloco, embora não tenha cumprido previamente nenhuma das exigências previstas pelos tratados. Entendeu ela que a suspensão removeu também o veto do Senado do Paraguai à admissão da Venezuela.
Diante do ocorrido, parece claro que os golpistas – se golpe houve – não foram nem o Congresso nem a Corte Suprema do Paraguai, que convalidaram o impeachment, mas, sim, os dirigentes do Mercosul, que passaram a rasteira no Paraguai, com características de absurdo jurídico.
Dias depois, o próprio chanceler do Uruguai, Luis Almagro, que já havia sido contrariado no episódio pelo próprio presidente José Mujica, veio a público para afirmar que a manobra colocada em prática por 75% da cúpula do Mercosul não tinha validade jurídica.
Dados os desrespeitos aos acordos, o Mercosul já era o que o sambista Adoniran Barbosa chamou de “tauba de tiro ao álvaro”, porque “não tem mais onde furar”. O Mercosul não consegue ser nem sequer uma área rudimentar de livre comércio. O intercâmbio de mercadorias está bloqueado por travas de todas as categorias. Nessas condições, deixou de ser instrumento de integração econômica e social para ser um pastiche político que toma o formato dos interesses da hora.
A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, bem que tentou empurrar o fechamento de um acordo do bloco com a China. O governo da Argentina não parece interessado em transformar o Mercosul numa plataforma de compras de produtos industrializados chineses. Mas, contra o interesse dos outros sócios, acha que poderia ter acesso ao baú de dólares da China, caso intermediasse manobras comerciais desse tipo.
A presidente Dilma acaba de assumir a presidência rotativa do Mercosul. Dada sua densidade na participação no bloco, o governo brasileiro bem que poderia liderar um movimento de recondução do Mercosul a seus objetivos originais. O primeiro passo seria aceitar seu rebaixamento da condição que jamais conseguiu ser, para o de uma incipiente área de livre comércio, dotada de um cronograma crível de desenvolvimento, para avançar em vez de continuar se desmantelando.
O problema é que o governo Dilma também não leva o Mercosul a sério. Não o considera mais do que instrumento para o exercício de práticas de boa vizinhança.
Shaming the unshameable
How the bureaucrats rob the taxpayers
WHEN his time as São Paulo’s mayor finishes at the end of the year, jokes Gilberto Kassab, he will look for work in the garages of the city’s municipal assembly. This month the city’s legislature published, for the first time, the salaries of some of its 2,000 employees. Half the 700 people named, paulistanos were surprised to learn, take home more each month than the assembly’s chairman, who earns 7,223 reais ($3,508) after tax.
As well as parking attendants, the fat cats included press officers and a nurse in charge of a drop-in clinic for municipal workers who earns 18,300 reais a month after tax, 12 times the average private-sector wage. Their pay cheques were boosted by annual increments, long-service bonuses and the practice, standard in Brazil’s public sector, of claiming a large pension in your early 50s and staying on the job.
Publication of the data angered public-sector unions, which claimed it put their members at risk of theft or kidnap. Taxpayers doubtless feel that the robbery has been inflicted on them.
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Fonte: FMI |
A exposição dos Estados Unidos à Europa
Paul Krugman
Hoje é fato aceito que o destino da economia dos Estados Unidos nos próximos três trimestres – e também as chances de reeleição de Obama – dependem dos eventos na Europa. Portanto, talvez seja um bom momento para expressar um certo ceticismo.
O mapa acima – tirado daqui – nos revela que no total, as exportações para a Europa representam apenas 2% do Produto Interno Bruto (PIB). Alguns Estados, particularmente a Carolina do Sul, estão mais expostos (possivelmente por causa de fábricas de montadoras europeias instaladas lá). Mas, de qualquer maneira, Obama não vencerá na Carolina do Sul. E num sentido mais amplo, mesmo uma queda brusca das exportações para a Europa só terá um pequeno impacto direto sobre a demanda.
OK, um alerta: a medida acima é apenas das exportações de produtos, e devemos aumentar a porcentagem talvez em 25% para levar em conta os serviços. Além disso, as exportações não são o único canal: se a situação na Europa provocar um evento tipo Lehman, transtornando os mercados financeiros em todo o mundo, tudo muda completamente.
E preciso dizer que existe um quebra-cabeça antigo envolvendo os ciclos econômicos em todo o mundo – as economias funcionam em sintonia mais do que é explicado pelos vínculos concretos em forma de exportações.
Com tudo isso, no entanto, ainda é bastante duvidoso se a iminente recessão na Europa terá realmente um impacto muito negativo aqui. Uma desvinculação não se sustentou em 2008-2009, mas foi um desastre memorável. Desta vez pode ser diferente.
Custo de vida do Brasil supera o dos Estados Unidos
Dado é considerado preocupante para um país emergente
Rio - O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.
Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.
Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.
Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.
Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior. Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Ficou maior. E daí?
O Guardian – importante diário de Londres – publicou matéria nesta segunda-feira que já considera o Brasil a 6.ª maior economia do mundo, ultrapassando a do Reino Unido – segundo conclusões de consultoria privada inglesa. A “novidade”, no entanto, já constava em dados divulgados pelo FMI em setembro, mas pouca gente deu importância à projeção (veja a tabela).
O risco é o de que agora o governo de Brasília e o cidadão médio deem mostras de subdesenvolvimento e recebam a informação com doses excessivas de autolouvação – e, assim, se perca o senso de realidade.
Também em economia, o brasileiro tende a se considerar maioral. E, como no futebol, continua nutrindo a sensação de campeão do mundo. Lá pelas tantas, sobrevém a lavada de 4 a 0 do Barcelona em cima do Santos para devolvê-lo ao rés do chão. Assim, é preciso ver com objetividade notícias assim e a confirmação que virá mais cedo ou mais tarde.
Tamanho do PIB é como tamanho de caneca. E o Brasil é um canecão. Tem quatro vezes a população do Reino Unido e 35 vezes a sua área territorial. Natural que, mais dia menos dia, ultrapasse o tamanho da economia de países bem mais acanhados em massa consumidora e extensão.
Enfim, é necessário examinar esses conceitos não só pela dimensão da caneca, mas também pela qualidade de seu conteúdo. A renda per capita britânica, por exemplo, é mais de três vezes maior do que a do Brasil e a partir daí se começa a ver as coisas como realmente são.
A economia brasileira ainda é um garrafão de mazelas: baixo nível de escolaridade, concentração de renda, bolsões de miséria, déficit habitacional, grande incidência de criminalidade, infraestrutura precária, enorme carga tributária, burocracia exasperante, Justiça lenta e pouco eficiente, corrupção endêmica… e por aí vai.
É claro que isso não é tudo. O potencial é extraordinário não só em recursos naturais, como também em capacidade de inovação e de flexibilidade da brava gente.
Mas há a energia que domina um punhado de emergentes – e não só o Brasil. Enquanto o momento é de relativa estagnação dos países de economia avançada, é ao mesmo tempo de crescimento bem mais rápido das economias em ascensão.
Esse grupo, liderado pela China (que ultrapassou neste ano o Japão como 2.ª economia do mundo), responde hoje por cerca de 40% do PIB mundial, ou seja, por 40% de tudo quanto é produzido no planeta. É também o destino de nada menos que 37% do investimento global – registra levantamento do grupo inglês HSBC.
Tal qual em outros temas, estimativas variam de analista para analista. Mas é praticamente inexorável que, até 2050, pelo menos 19 emergentes estarão entre as 30 maiores economias do mundo.
Mais impressionante é a velocidade do consumo. Só a China incorpora ao mercado perto de 30 milhões de pessoas por ano. Na Ásia, a classe média – diz o mesmo relatório do HSBC – corresponde a 60% da população (1,9 bilhão de pessoas).
Boa pergunta consiste em saber se o mundo aguenta esse novo ritmo de produção e consumo.
CONFIRA
Estouro. Falta incluir os números de dezembro. É grande a probabilidade de que neste ano a inflação medida pelo IPCA estoure a meta (já admitidos os 2 pontos porcentuais de escape). Os levantamentos feitos em cerca de 100 instituições financeiras e consultorias pelo Banco Central apontam para inflação de 6,54%.
Por trás, a gastança. Embora não configure perda de controle, esse esticão é resultado da forte elevação das despesas públicas em 2010, ano de eleições, que o Banco Central acabou por tolerar.
Fazer escolhas
A equipe econômica do governo Dilma já não insiste, como até há algumas semanas, em projetar o avanço do PIB em 2012 em 5%. Já trabalha com números mais modestos, ao redor dos 4%. No entanto, o Banco Central, bem mais realista, apontou quinta-feira, no seu Relatório Trimestral de Inflação, um crescimento do PIB de apenas 3,5%.
Dilma, inflação e recessão não têm medo de cara feia
O que se pode dizer é que, num quadro de estagnação global, as tendências mais realistas para 2012 são de uma expansão mais modesto (sic) da economia brasileira, equivalente ao que se obterá neste ano.
O problema não é apenas esse, mas também o de que, além de enfrentar uma atividade econômica mais fraca, sobe o risco de que, em 2012, o governo Dilma também não consiga empurrar a inflação para o centro da meta (de 4,5%), como vem insistentemente prometendo e como está nos documentos oficiais do Banco Central. Leia a íntegra aqui.
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Crescimento do PIB brasileiro (Fonte: IBGE) — Clique para ampliar |
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9 anos de governo "progressista" e o Brasil despenca morro abaixo. |
Com indústria e serviços em queda, economia fica estagnada no 3º tri
No acumulado de 12 meses, o crescimento da economia foi de 3,7%; no ano, o PIB avançou 3,2%
SÃO PAULO - A economia ficou estagnada no terceiro trimestre de 2011 na comparação com o período anterior, sobretudo pela queda da atividade na indústria e em serviços. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) ficou em 0% no período. Em valores correntes, o PIB foi de R$ 1,05 trilhão. (Clique no título para ver a reportagem completa, em especial ao infográfico.)
“Deveriam colocar uma faixa alertando para não estacionar carro no Bairro Funcionários”, desabafa o diretor comercial Kleber Alher, 35 anos, que nesta quinta-feira afixou, no cruzamento da Avenida Getúlio Vargas com a Rua Maranhão, uma faixa com apelo numa tentativa de recuperar um terabyte de informações. “Todo o meu backup estava nos dois HDs roubados”, lamenta.
Cidadão espera mais da bandidagem que das autoridades
Kleber conta que na noite da última segunda-feira, por volta das 19h40, estacionou seu carro naquele cruzamento e seguiu até um restaurante, onde se sentou no segundo andar. “Em 20 minutos o garçom veio me avisar que haviam estourado o vidro traseiro do meu carro e levado uma mochila”. Como informa a faixa, ele perdeu um notebook e dois HDs externos.
A primeira atitude do diretor comercial foi acionar a Polícia Militar. “Fiquei no local por duas horas e meia esperando a polícia, que não chegou. Procurei uma delegacia, que estava muito cheia, e não consegui fazer o Boletim de Ocorrência”, conta. No dia seguinte, Kleber foi até a delegacia do Bairro Estoril, onde conseguiu registrar a queixa após duas horas de espera.
“Não há o que fazer e a polícia não vai atrás desses ladrões”, desabafa Kleber destacando a sensação de impotência e impunidade. “As pessoas vieram me falar que eu sou louco de deixar uma mochila no carro estacionado ali, porque é muito alto o índice de furtos de veículos no Funcionários. Isso é um absurdo”, reclama.
Segundo Kleber, a faixa que mandou afixar é mais um protesto que uma tentativa de reaver o que perdeu, embora tenha esperança. "Vai que o ladrão se interesse em receber esse dinheiro. A gente não sabe o que passa nas cabeças das pessoas", pondera. Trabalhando na área de tecnologia em telecomunicações, ele enfatiza o prejuízo das informações que perdeu com o furto dos HDs.
Acorda amor
Que o bicho é brabo e não sossega
Se você corre o bicho pega
Se fica não sei não
Atenção
Não demora
Dia desses chega a sua hora
Não discuta à toa não reclame
Clame, chame lá, chame, chame
Chame o ladrão, chame o ladrão, chame o ladrão
A ortodoxia econômica neoliberal ainda vai nos estrangular. Iniciada por Roberto Campos quando ministro do Planejamento do primeiro general-presidente, Castelo Branco, esse modelo alcançou o ponto alto no período de Fernando Henrique. Foi mantido pelo Lula e agora por Dilma Rousseff. A palavra de ordem é cortar gastos, mas onde?A hora de mudar o modelo
Decidiu o governo derrotar a PEC-300, que estabelecia piso salarial para policiais militares e bombeiros. Também vetou reajustes para os aposentados que recebem mais do que o salário mínimo. Nem quer ouvir falar de vencimentos mais dignos para professores e médicos do serviço público. Além de engavetar a emenda 29, que regulamenta os recursos para a saúde.
Não seria mais fácil aumentar a taxação do lucro dos bancos? Ou cobrar imposto de renda do capital-motel que chega do exterior de tarde, passa a noite e vai embora de manhã? Que tal obrigar os investidores de fora a permancerem um ano no Brasil, aqui reinvestindo seus lucros? E o Imposto Sobre Grandes Fortunas, que foi para a gaveta? Taxar terras improdutivas seria boa solução, assim como a importação de produtos estrangeiros, em especial os supérfluos que vem da China. Pelo menos, acabar com os subsídios dados por diversos estados a esses produtos, via concessão de créditos do ICMS.
Estabelecer mecanismos para o retorno ao país de centenas de bilhões de dólares mandados ao exterior por especuladores e bandidos. Adianta muito pouco o ministro Guido Mantega tirar paliativos da cartola. O que se esgotou foi a estratégia responsável por mais uma crise mundial. O governo já reduz investimentos sociais. Logo estará criando novos impostos para o cidadão comum, reduzindo salários e aumentando o desemprego. Melhor seria mudar o modelo.
Se quiserem ler o restante, íntegra aqui.
A PEC 300 é uma Proposta de Emenda à Constituição que, em sua proposta original, pretendia igualar os salários dos militares estaduais de todo o Brasil (ativos e inativos) aos salários dos militares do Distrito Federal, trazendo isonomia aos profissionais que desempenham a mesma função.O menor salário a que se refere a tal PEC é R$ 3.031,38. Pode ser uma mirreca em Brasília, mas na minha cidade tem médico que não recebe isso aí. Professor então, nem fale, mas o "mecenas" quer que isso valha para todo o Brasil. Não dá, Chagas. O Brasil é muito maior que o seu amor ou a sua raiva. Não dá, nem é lícito. Da mesma forma que a gasolina — que já teve um preço nacional fixado em lei — não prosperou, isso também não vai. Tal proposta é ridícula, insana e inexequível.
"A saúde no Brasil é universal, pública e gratuita." Isso quer dizer que todo brasileiro que ficar doente tem o direito constitucional de ser atendido num ambulatório, medicado, hospitalizado se necessário, etc., para tratamento da sua moléstia com a melhor qualidade possível. Verdade ou mentira? Mentira! 45 milhões de brasileiros estão segurados em algum plano de saúde complementar, para fazer frente as suas necessidades, inclusive os funcionários do Ministério da Saúde. É isso mesmo! O Ministério da Saúde paga um plano de saúde privado para seus funcionários e gastou, no ano passado, R$ 100 milhões com isto. Se eles, do Ministério, não acreditam no que diz a Constituição, seremos nós a acreditar?O brasileiro precisar pagar por tudo duas vezes. Pagam-se impostos altíssimos e paga-se por serviços privados que deveriam, constitucionalmente, serem providos pelo Estado. É mole ou quer mais? Aumentar impostos dos mais ricos é mais uma balela; eles acabarão por repassá-los para os mais pobres. Entretanto, uma medida interessante como a taxação de 50% sobre heranças, como existe nos Estados Unidos, eu nunca ouvi falar por aqui. Porque isto sim, vai promover uma redistribuição de renda. Lá, nos EUA, ou metade da herança vai para o Fisco, ou o nababo vira mecenas e doa metade de tudo para uma instituição de ensino, pesquisa médica ou científica e coisas do gênero, que levarão o seu nome para a História. É o Estado fazendo Justiça ao invés de fazer discurso.