segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Um único objetivo: ficar vivo!

Passada a overdose de atividade política que antecedeu ao período eleitoral e que ainda persistiu por alguns dias mais depois de 28 de Outubro, digamos que estou na minha fase detox. Mesmo assim, o momento inspira cuidados.

A esquerda brasileira trilhou um longo caminho para chegar onde chegou. Nenhum país no mundo levou tão a sério os "Cadernos do Cárcere" de Antonio Gramsci, razão pela qual a ocupação de espaços, inicialmente pela mídia, e logo em seguida, quase que imediatamente, nas escolas. Inicialmente a doutrinação se deu nas universidades e de lá se estendeu para o ensino médio e básico até atingir todos os seus níveis.


Por incrível que possa parecer, esta "ocupação de espaços" foi tão maior e tão mais eficaz durante o regime militar. Como nos lembra Olavo de Carvalho, os militares estavam preocupados apenas em debelar a luta armada, a guerrilha, sem nada preocupar-se com a doutrinação sub-reptícia que ocorria sob seus olhos e narizes nas mesmas instituições de ensino onde ensinavam Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil — OSPB. Esta é a razão do imenso esquerdismo que hoje grassa pelo país impunemente. Esta é a razão de todos o jornalistas serem de esquerda, ressalvas feitas a um ou outro, assim como ocorre na classe artística, na academia e, obviamente, na política. A eleição de Jair Bolsonaro é um turn over sem precedentes na nossa História.

A esquerda que galgou palmo a palmo seu caminho, dos pântanos do Araguaia até o Palácio do Planalto, não vai se conformar em perder o terreno conquistado em mais de 60 anos de doutrinação gramcista, de conquista de corações e mentes idiotizados, "apenas" porque 57 milhões de brasileiros resolveram lhes dizer NÃO! Vão revidar e pesarão a mão.

Não pensem que o atentado contra Bolsonaro, ocorrido em Juiz de Fora-MG, foi ato de um militante solitário. Só mesmo um comunista como Raul Jungmann, por imbecilidade ou ignorância, pode sacar a ideia de que Adélio Bispo seria um "lobo solitário". É claro que sua intenção bandida foi a de minimizar o fato, jogar fumaça em nossos olhos e mistificar uma óbvia conspiração política. Àquela altura, era sabido, a eleição de Bolsonaro já era dada como fato consumado, somente evitada com a eliminação do candidato. Quase foi conseguido.

Em nosso sistema jurídico não existe a tipificação do crime de conspiração. Somo todos livres para conspirar. Podemos maquinar crimes à vontade que só passaremos à condição de réus quando os consumarmos, antes não. Outros direitos de outros países não vêm a coisa assim. A intenção de cometer um crime já é um crime per se e assim deve ser tratado. Está aí uma boa pauta para o futuro Ministro da Justiça, Sérgio Moro, juntar às 12 Medidas Contra a Corrupção.

Bolsonaro, bem ao contrário dos seus antecessores, voltou seus olhos para os importantes do mundo. Sua conversa com Donald Trump foi não apenas oportuna como redentora, tanto que já é dada como certa a presença do mandatário americano na sua posse. Que eu saiba, fato único na nossa história republicana. Também nunca passaram por aqui gente como o Primeiro Ministro de Israel ou mandatários de relevância. Estamos mudando.

Muito se diz que o estado israelense nasceu por uma martelada de Oswaldo Aranha que presidiu a Assembleia Geral da ONU que o criou. Mera formalidade. Aranha pode ter batido o martelo, o que não muda o fato de ter sido germanófilo (i.e. nazista) e, inclusive, antissemita. A declaração de Bolsonaro em mudar nossa representação diplomática para Jerusalém, seguindo a Trump, mostra a importância que o Brasil dará à geopolítica mundial. E acredite, o Brasil tem muito a contribuir para a paz naquela região.

Um novo futuro se descortina para nós brasileiros. É mais que desejada a hora de deixar os tempos de subserviência, de pequenez diplomática, de ser cabeça de sardinha a rabo de baleia. Você já viu o tamanho e a importância do rabo para uma baleia? Chegou a hora — finalmente — de deixarmos de ser "o país do futuro" para nos tornarmos um país do presente. Para tal — e o mais importante — é a conservação do presidente eleito íntegro e em boa saúde. E aqui é bom lembrar o conselho de outro grande brasileiro, Guimarães Rosa, tirado do seu Grande Sertão — Veredas: "Viver é algo perigoso", ou seja, apesar de saber o quanto a vida e a política são traiçoeiras, seus personagens insistirão em desafiá-lo, o que pode resultar em consequências trágicas.

Tome tento, presidente. Lembre-se do diabo na rua, no meio do redemunho. Fique vivo!

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