segunda-feira, 5 de março de 2012

Chute nos fundilhos não será suficiente


A FIFA acha que o Brasil de hoje é o mesmo dos tempos de Havelange ou mesmo aquele de 1950. Não é! O Brasil de hoje é o Brasil da corrupção, do empreguismo, do aparelhamento do Estado e dos conchavos mantenedores da base-aliada. A ameaça de se donner un coup de pied aux fesses não fará com que as coisas venham a acontecer em prazo hábil: estamos a poucos anos de passar pelo maior fiasco internacional da história dessepaiz. É necessário que se diga ao Valcke e à FIFA que fazer não é um verbo constante do dicionário lulo-petista; eles conjugam melhor o verbo falar.

Não deixa de ser impressionante como o País se deixa afetar por um esporte, mesmo quando este esporte é o futebol. Por mais representativo que seja ele NUNCA será uma questão de Estado. Então, não é o caso  do ministreco Rebelo se encher de dedos e brios porque sentiu na própria bunda o pé do Valcke. Não deveria SE ele se ativesse à liturgia do cargo. O problema que ministério no governo Dilma é coisa tão prosaica que ele não deve se sentir mais importante que um contínuo, um office boy.

Mas a derrapada verbal do secretário da FIFA encontrou eco nos corredores palacianos. O zum-zum nervoso do Marco Aurélio "Top-Top" Garcia e a coletiva do ministro Rebelo chegaram até a FIFA, onde alguns aspones resolveram procurar por toalhas quentes umedecidas. Bobagem! Vocês da FIFA deveriam ter se informado melhor quando acreditaram que a Copa aqui seria um bom negócio. Acreditaram no futebolez — uma variante do lulês — do Nosso Guia e nem se deram ao trabalho de passar aqui e ver o estado de abandono em que se encontra o País. Podem começar a procurar por outra sede porque se os jogos forem aqui o Pais trava!

Minha sugestão: assumam o prejuízo (até junho nem entra grana) e vão fazer essa copa noutro lugar. Quer uma dica? Façam nos EUA! Não fica longe daqui e é bem possível que fique até mais barato para nós. Os brasileiros pagadores de impostos e o Obama, penhoradamente agradecem.

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