quinta-feira, 12 de abril de 2012

Deputado inglês mostra o que espera o Brasil, isto é, como receberemos o resto do mundo

A matéria da Exame Online me fez lembrar dos meus tempos de ginásio, quando estudávamos os investimentos da Corôa Portuguesa na Escola de Sagres, para a formação de navegadores, pilotos, cartógrafos, etc., considerada o pilar central do grande domínio português sobre os mares, descobrimentos e riquezas de além mar — conhecimento como forma de se obter riqueza e poder — uma receita ainda em uso nos dias de hoje e, inexplicavelmente, ignoradas por alguns países, o Brasil entre estes.

O que se pode depreender de tal fato, acontecido ainda no século XV, é que só investimentos em infraestrutura permitem grandes avanços em relação aos competidores diretos e à manutenção dos eventuais ganhos. E mais: não há infraestrutura mais necessária que a educação e o conhecimento, o que me leva a parabenizar o Governo Dilma pelo movimento, ainda que tíbio, à formação de profissionais noutros países, já que aqui nossas escolas vão de mal a pior e as exceções não preenchem os dedos da mão esquerda de Lula. Falta ainda o ensino básico: do maternal ao colegial temos produzido mais analfabetos funcionais que técnicos.

E o resultado dessa imensa massa ignara é o cataclismo que se avizinha, seja via Copa ou Olimpíadas:
  1. Bebidas serão proibidas nos estádios porque a Polícia é incompetente (e temos duas!) para coibir e punir abusos. A nossa daqui chega a proibir duas torcidas em campo — não há atestado de incompetência maior.
  2. Será decretado feriado nos dias dos jogos porque não haverá condições mínimas de se ir e vir — vias públicas congestionadas, transporte de massa inexistente ou claudicante e (mais uma vez) segurança pública ineficaz ou ausente.
  3. Todas as escolas deverão estar em regime de férias — que se danem seus filhos e a sua já parca educação. Se eles não estudassem tanto talvez fossem hoje um Ronaldinho ou um Messi.
  4. Ainda há mais, mas paro aqui. Espero conseguir um local bem longe daqui nessa efemérides, talvez uma ótima oportunidade para voltar aos Estados Unidos da América.
Já no outro mundo...

Deputados britânicos temem caos aéreo durante Olimpíadas

A chegada em massa de atletas e turistas para os Jogos Olímpicos pode causar um colapso em Heathrow, principal aeroporto do Reino Unido
A Qantas Boeing 747-400 (registration unknown) lands over the roofs of Myrtle Avenue at London (Heathrow) Airport. Taken by Adrian Pingstone in August 2004 and released to the public domain.
Aqui resolveremos com "puxadinhos" à brasileira.


As aglomerações nos terminais de Heathrow podem obrigar muitos passageiros a permaneceram por longo tempo dentro dos aviões após aterrissarem

Londres - Um comitê do Congresso britânico alertou nesta quarta-feira que a chegada em massa de atletas e turistas para os Jogos Olímpicos de Londres pode causar um colapso em Heathrow, principal aeroporto do Reino Unido e o de maior tráfego da Europa.

O presidente do Comitê de Cultura, Comunicação e Esportes, John Whittingdale, enviou carta ao ministro britânico de Cultura e Esportes, Jeremy Hunt, no qual fala da possibilidade de se formarem imensas filas nos guichês de controle de passaportes, dificultando o funcionamento do aeroporto.

Na carta, Whittingdale adverte que as aglomerações nos terminais de Heathrow podem obrigar muitos passageiros a permaneceram por longo tempo dentro dos aviões após aterrissarem no Reino Unido. 'A situação obrigaria algumas aeronaves a rodar em círculo sobre o aeroporto, enquanto outras ficariam retidas na pista', afirmou o deputado conservador.

O parlamentar relatou que membros do Comitê participaram de uma reunião com responsáveis pela empresa que administra Heathrow. Para os dirigentes da empresa, o principal desafio será no fim dos Jogos, quando a maioria dos visitantes tiver que deixar Londres em um período de poucos dias.

Contudo, os deputados, 'saíram da reunião sem estar convencidos de que Heathrow esteja preparado para a chegada de atletas, turistas e integrantes da 'família olímpica'', afirmou Whittingdale. Ele ressaltou que são perceptíveis as medidas tomadas para a chegada das pessoas e do material esportivo, mas que as filas de controle de imigração preocupam.

'Parece que se pensou pouco sobre como lidar com essas filas'. Ele ainda afirmou que a Agência de Fronteiras do Reino Unido garantiu que não há garantia de que seja possível abrir todos os guichês durante o período dos Jogos.

Entre as medidas tomadas pela direção do aeroporto, está um terminal provisório destinado exclusivamente ao retorno dos atletas e organizadores dos Jogos, nos dias seguintes a cerimônia de encerramento, no dia 12 de agosto.

O principal aeroporto londrino registrou em março deste ano, tráfego de 5,7 milhões de passageiros. Nos últimos 12 meses foi alcançada pela primeira vez a marca de 70 milhões de viajantes.

E a tal perguntinha de muitos bilhões de dólares: vocês acreditam que nossos eventos internacionais serão mesmo um sucesso? Para quem?

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