terça-feira, 18 de setembro de 2018

Pitacos nas Eleições 2018 #18


Pesquisa BTG: O jacaré abriu a bocarra


Como já era esperado por mim, o atentado contra o candidato front-runner Bolsonaro produziu o efeito inverso daquele pretendido pelos perpetrantes. Sim, só o idiota do Jungmann acredita no "lobo solitário", ninguém mais. Fala-se no envolvimento do Serviço Secreto Cubano, Venezuelano e até no grupo terrorista islâmico xiita Hezbollah, financiado pelo governo iraniano, que tinha (ou ainda tem) boas relações com o governo de Caracas. Venezuela, Cuba e todo os demais partícipes do Foro de São Paulo, inclusive as FARC, terão muito a perder com a eleição de Jair Messias Bolsonaro.


Dois fatores foram notados por este escriba bissexto: a desvalorização da moeda nacional perante aquelas de referência mundial (i.e. Dólar, Euro e Franco Suíço), que se agravou ao ponto de bater recordes, reverteu para patamares mais aceitáveis numa prova inequívoca de que o mercado prefere Bolsonaro; o outro fator foram os resultados das diversas pesquisas publicadas.


Mesmo naquelas, de institutos declaradamente avessos ao Capitão, já se notam "ajustes" nos índices, precauções para não pagar um mico quando os resultados finais forem publicados.


O pungente pronunciamento do Capitão Bolsonaro (link abaixo), direto do Hospital Israelita Albert Einstein, também cumpriu seu papel. A família Bolsonaro foi cautelosa em evitar o "hospital das autoridades", o sempre famoso Sírio Libanês. Não é preciso explicar o porquê, não é? Como no provérbio árabe, "Reze para Allah mas amarre o seu camelo." E foi além! Alertou para a possibilidade de fraude na totalização dos votos já no 1º turno.


ATENÇÃO: Não é nas urnas que se pode dar a fraude. É na transcrição do resultado das urnas para os TREs (nos estados), e de lá para o TSE (Brasília, DF) que os votos podem ser cabulados. Na última eleição presidencial, o eminente ministro Dias Toffoli fez o escrutínio das urnas numa sala secreta onde apenas ele e outras 22 (vinte e duas) pessoas tinham acesso. Escrutínio público? Faz-me rir…


Feito o introito, vamos às pesquisas e as suas análises para ver qual é o cenário que se apresenta para o dias que se seguem.

 

Pesquisa BTG espontânea de 17/Set vs. 09/Set

Como sempre faço, apresento uma planilha de cálculo para destriçar os números. Neste caso apresentarei primeiro a espontânea e a estimulada logo em seguida. Note que na espontânea o cadeiante ainda aparece.


Comparativo de pesquisas BTG-FSB espontânea de 17/Set e 09/Set
Clique para aumentar


Neste quadro, o Cenário 1 representa o resultado mais recente enquanto que no Cenário 2 está o resultado da pesquisa espontânea imediatamente anterior. Os pontos mais relevantes são:

  1. As quedas expressivas de Lula e de Nenhum/Brancos/Nulos;
  2. Alta expressiva de Bolsonaro; e
  3. Alta acentuada de Haddad, o candidato-poste.

Todos os demais caíram, exceto Ciro, ou se mantiveram inalterados, mas ainda dentro da margem de erro. A estabilidade mais significativa foram os 22% de indecisos. Veja agora o gráfico com a série das pesquisas do mesmo instituto:


Série de pesquisas espontâneas BTG-FSB
Clique para aumentar


Na visão gráfica está clara a subida de Bolsonaro. A "boca do jacaré" se abriu em relação a Lula e a Nenhum/Brancos/Nulos, mas se fecha em relação ao candidato-poste. Lula mostrou que tem potencial de transferência de 50% de seus votos para qualquer poste, seja ele Dilma ou Haddad, duas antas de renome e retrospecto. Vá entender…

 

Pesquisa BTG estimulada de 17/Set vs. 09/Set

Na pesquisa estimulada a seguir não há mais a presença do cadeiante, apenas dos seus efeitos.


Comparativo de pesquisas BTG-FSB estimulada de 17/Set e 09/Set
Clique para aumentar


Vejam o gráfico da série estimulada:


Série de pesquisas estimuladas BTG-FSB
Clique para aumentar


Quando o eleitor é estimulado a declarar seu voto, isto é, a lista dos candidatos é apresentada a ele, o resultado tende a ser maior em relação à espontânea quando ele tem que saber quem é seu candidato. Pode-se notar que:

  1. O percentual de Nenhum/Brancos/Nulos não se altera;
  2. O percentual de Indecisos cai 3%;
  3. Bolsonaro sobe 3% na estimulada, porém subira 4% na espontânea. Isto quer dizer que a facada lhe fez bem, ressalvada a minha piada de mau gosto. Por conta dela ele esteve mais tempo exposto na mídia, passou a ser o assunto do momento, e isso conta;
  4. Haddad também teve o mesmo comportamento. Mais 8% na estimulada e 9% na espontânea. Também foi assunto, mas ficou muito aquém do esperado. Uma parte considerável do voto de esquerda foi para Ciro que tem uma retórica muito melhor que a dele, pena que será como jogar pérolas aos porcos;
  5. A (possível/desejável) ausência do Capitão nos debates lhe será favorável. Tem um excelente motivo para não comparecer a um evento onde só poderia ser atacado, especialmente por Ciro. Se assim for, qualquer ataque a ele será um tiro no pé do atacante. Por outro lado, todos os elogios, condolências e/ou condenações ao atentado serão capitalizadas por ele; e
  6. Marina — e principalmente Alckmin —, desidrataram. Podem pendurar seus ternos e colares porque estão acabados.

 

Conclusão

Continuo a acreditar num resultado pró Bolsonaro já no 1º turno, apesar da afamadíssima Consultoria Eurasia descartar esta hipótese. Infelizmente, não disponho dos seus computadores e modelos estocásticos de avaliação de dados, além do que eles recebem bilhões para acertar ou errar enquanto eu dou meus pitacos de graça. Da minha parte, todos os insatisfeitos têm o direito ao reembolso integral do seu dinheiro. ;-) Assim…

 

  1. Não acredito que Lula consiga transferir a Haddad mais do que já transferiu. Ele ainda pode obter 1 ou 2 pontos dos Nenhum/Brancos/Nulos e Indecisos, não mais;
  2. Bolsonaro precisa de 42% (tabela estimulada) "canibalizando" votos de Amoêdo, Álvaro Dias, Nanicos e, principalmente, de Alckmin. Ainda é uma diferença considerável (+9%), mas a campanha pelo voto útil no 1º turno já está em curso e nós sabemos que nenhum desses candidatos citados têm a menor chance de serem eleitos contra o candidato-poste. Notem que não me referi aos 19% de indecisos da mesma tabela, um enorme manancial a ser explorado;
  3. Se der 2º turno, Bolsonaro ainda vencerá porque Haddad é um paspalhão, tem uma longa folha-corrida de incompetências administrativas desde os tempos de Ministério da Educação até a malfadada gestão da cidade de São Paulo. O único problema é que vai demorar mais e custar mais caro. Assim, ainda que por economia, vote 17. É o meu voto desde já!

 

Links


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários são bem-vindos — inclusive anônimos —, sejam para criticar, corrigir, aplaudir etc. Peço apenas que sejam polidos, pertinentes à postagem e que não contenham agressões ou ofensas.