sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Tudo sob controle



Acabo de ler a matéria de capa da prestigiosa The Economist, e a capa é esta aqui:


A ironia da capa é óbvia — nada está sob controle na China. Os mercados chineses, assim como sua moeda e o próprio país derretem a olhos vistos. E pensar que não faz tanto tempo assim e essa gente ignorante de esquerda tinha orgasmos múltiplos com a aparição do dragão comunista gigante que viria a devorar o imperialismo ianque. Muitos até arriscavam datas para a efeméride, qualquer coisa aí entre 2020 e 2030. Comunistas — vocês sabem — é aquela gente que cultua o feitos futuros, aqueles que nunca se sabe ao certo quanto acontecerão, mas que serão GRANDIOSOS quando acontecerem. Até hoje, NENHUM!

Acho que foi pensando nisso que escrevi, em finais de Janeiro de 2012, o artigo O "Império do Centro" visto de dentro . Lá, inclusive, está um documentário de uma TV australiana sobre as cidades-fantasma da China que eu tomei a liberdade de legendar. Naquele ano em que o mundo tecia loas ao dragão chinês e emergentes como o Brasil batiam bumbos de felicidade porque vendiam tudo o que produziam (e a bom preço) para eles, eu procurava pêlos em ovos australianos. E como escrevi há quatro anos, havia ali um odor de coisa estragada.

E agora, a afamada revista britânica, cansada de malhar o Redentor (refiro-me à série de matérias sobre sobre o breve sucesso e o RETUMBANTE FRACASSO da nossa economia na era lulo-petista, na qual o Cristo Redentor era sempre retratado nas capas da revista), resolveu voltar sua fina ironia para o dragão chinês. Ufa!

Mas o melhor disso tudo é saber que Adam Smith não estava errado. Nem ele, nem Mises, nem Hayek. É bom ver a economia dos Estados Unidos se recuperando — ainda que lentamente — e os valores do mercado voltando ao pedestal. O  Mercado já derrubou o Muro de Berlin; pode muito bem derrubar a Muralha da China, com ou sem dragão, e não vai demorar muito não.

Last but not least, não deixem de ler a matéria The yuan and the markets , da revista. Imperdível!

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