quarta-feira, 1 de junho de 2016

Blackmailing?


Leio no site do Políbio Braga o seguinte (grifos e adendos meus, comento depois):
14 senadores que votaram contra Dilma poderão mudar de lado na hora do Juízo Final.

Estes 14 senadores votaram para afastar provisoriamente a ex-presidente Dilma Rousseff, mas deixaram claro que poderiam mudar de posição no julgamento final:
Partido
Senadores
PMDB
Edison Lobão (MA), José Maranhão (PB), Hélio José (DF) e Raimundo Lira (PB).
PP
Benedido de Lira (AL)
PTC
Fernando Collor (AL)
PRB
Marcelo Crivella (RJ)
PSB
Romário (RJ), Roberto Rocha (MA) e Antonio Carlos Valadares (SE)
PR
Wellington Fagundes (PR)
PDT
Acir Gurgacz (RO)
PPS
Cristóvam Buarque (DF)
PSD
Omar Aziz (AM)
Esta semana, Acir Gurgacz mudou de lado. Acompanhou-o o senador Romário, PSB-RJ.
 
Meu pitaco:
Ressalvado um ou outro por viés ideológico, e outro tanto por envolvimento com a Lava-Jato, desdobramento desta, ou com a justiça comum, NENHUM deles tem motivos para mudar o voto, isto é, mantidas as condições normais de temperatura e pressão. Políbio tem boas fontes, não é de dar tiro n'água, então esta defecção merece atenção.
Notei a falta de Renan Calheiros (PMDB-AL) na lista, que também votará, visto que é o ministro-presidente do STF quem presidirá a assembleia do impeachment .
Assim, seriam 15 e não 14 os senadores a chantagear o presidente-banana. Se analisarmos por unidade da Federação, Alagoas é o estado com maior número de vira-folhas — 3 —, seguido de perto por Maranhão, Paraíba, Rio de Janeiro e Distrito Federal com 2 e Sergipe, Paraná, Rondônia e Amazonas com 1.
Lobão, Renan e Collor são pule de dez nas páginas policiais e têm motivo de sobra para chantagear o governo em troca de alguma benesse. Outro que frequenta as tais páginas é o Acir Gurgacz com mais de 200 processos. Temer disse que está acostumado a lidar com bandidos, então aqui estão três.
Romário e Crivella, este último com pretensões a governador, querem salvar o Rio da falência e podem estar pressionando pelo relaxamento de juros da dívida. Esta também pode ser a razão dos demais. Mau caminho e má estratégia.
E o resto? Nada! Não encontrei nada que desabonasse os outros nove. Comum a todos — até os bandidos —, e daí meu espanto, é que todos foram a favor da admissibilidade do processo de impeachment. Ou eles passaram a crer na inocência de Dilma ou não passam de meros chantagistas.

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