Presidente da Câmara faz duras críticas ao governo e diz que vai capitanear esforço concentrado para aprovação de uma reforma política no final de maio
"O PT sempre quis a submissão dos aliados"(Sérgio Lima/Folhapress)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez neste domingo duras críticas ao governo petista. Em debate sobre saídas para a crise brasileira, no 14º Fórum de Comandatuba, Cunha disse: "Nunca houve um processo de coalização no governo petista. Sempre houve processo de submissão: ou você concordava em estar submisso ou não era aliado."
O peemedebista disse também que o Brasil saiu diferente do processo eleitoral de 2014. "Foi a quarta eleição sob a égide do PT. A hegemonia eleitoral acaba dando condições para a hegemonia política. Mas, na última votação, apesar da vitória nas urnas, o PT perdeu as condições para a hegemonia política", disse.
Segundo o deputado, há uma crise no presidencialismo brasileiro. "Se houvesse parlamentarismo, seriam outras soluções, e com mais facilidade", frisou, sem entrar em detalhes, mas falando indiretamente sobre a tese de alguns analistas de que o enfraquecimento do governo Dilma está resultando, na prática, em um "parlamentarismo branco", com o fortalecimento dos presidentes da Câmara e do Senado.
Meu pitaco:
Esta fala de Cunha é preocupante. Na Quinta passada, ele e a mulher foram recebidos no Alvorada para um jantar. No dia seguinte, Cunha novamente se reuniu à Dilma para as cerimônias do Dia do Exército.
Somados estes fatos ao seu discurso de Comandatuba, o que se conclui é que o preço de Cunha — um (ex-)deputado do baixo clero — seria a participação majoritária nos cargos do Segundo Escalão, aqueles que de "segundo" só têm o nome. É no Segundo Escalão que estão as presidências das empresas estatais — Petrobrás, Eletrobrás, Banco do Brasil e a CEF —, empresas que movimentam orçamentos gigantescos, sem os holofotes que se voltam prioritariamente ao Primeiro Escalão.
Cunha foi afagado no jantar e ouviu as propostas para se evitar o impeachment de Dilma. Aparentemente ele gostou do que ouviu (ou do preço proposto). Outro site de notícias sobre bastidores da política disse: "Cunha adere a Dilma e recua após o jantar e conseguir a nomeação do Ministério do Turismo" (link abaixo). É o velho toma lá dá cá, tão ao gosto do PMDB...
Engana-se quem pensa que os tempos estão mudando. Não estão! Os players estão mudando, mas é só. A República vai continuar na mão dos ratos. Já os movimentos de rua, que estão certos nas suas reivindicações, se enganam (em parte) quando acreditam que podem intimidar gente como Cunha ou Renan. Ainda não podem, mas podem intimidar o restante dos deputados e senadores daquelas casas. É preciso manter a pressão! É preciso agora PRESSIONAR EM BRASÍLIA!
O PT é a pior saúva que já apareceu no Brasil,
Não se exterminam saúvas com CUPINS.
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