Empreendedores de um dos principais centros tecnológicos do país encontraram o escritório trancado. Governo de Minas diz que o fechamento é temporário
Sede do SEED, em Belo Horizonte, um dos principais programas de fomento a startups do Brasil
As dezenas de empreendedores contemplados pelo SEED (Startups and Entrepreneurship Ecosystem Development), o programa de apoio a startups do governo de Minas Gerais, vivem dias de despejo em Belo Horizonte: eles estão impossibilitados de entrar no escritório colaborativo da iniciativa desde a manhã desta segunda-feira, quando foram informados, por meio de e-mails e cartazes, que deveriam recolher os seus pertences. O projeto, diz o governo de Minas, está "fechado para reavaliação de gastos".
Criado em 2013 para ser uma das principais fomentadoras de startups no Brasil, o programa surgiu com missão de selecionar 40 iniciativas por ano para serem premiadas com aulas de empreendedorismo, o escritório compartilhado e um investimento de até 80.000 reais. Até dezembro de 2014, 9,5 milhões de reais foram investidos e o SEED pôs no mercado 73 startups, que conseguiram mais de 23 milhões de reais em investimentos de empresas privadas. A fama do projeto era internacional. Publicações estrangeiras como a revista The Economist adotaram o apelido San Pedro Valley, uma junção dos nomes do bairro belo-horizontino São Pedro e do Silicon Valley, o Vale do Silício, na Califórnia, maior polo tecnológico do mundo.
Ainda assim, o dinheiro e a fama no exterior não foram suficientes. Com a troca de comando no governo de Minas no início deste ano - Fernando Pimentel (PT) substituiu Alberto Pinto Coelho (PP), vice do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), que deixou o cargo em abril de 2014 para concorrer ao Senado -, o SEED entrou em reavaliação. O departamento responsável pelo projeto, o Escritório de Prioridades Estratégicas, foi extinto. Mais tarde, parte dos membros da equipe do programa foi dispensada e os contratos de gestão, segurança, manutenção e aluguel do imóvel foram encerrados. ( leia a íntegra AQUI )
Meu pitaco:
O esquerdismo abomina o sucesso e a independência. Comunistas e socialistas no geral, e o PT em particular, sentem absoluto desprezo por tudo aquilo que dá certo, que é sucesso. Não preciso nem me alongar: todos os programas "de sucesso" do PT são assistencialistas, e mais, nenhum deles logrou alcançar suas metas. Eu desconheço um único caso sequer de pessoa ou família que, assistida pelo programa governamental Bolsa Família, esteja hoje empregado ou exercendo uma atividade empreendedora produtiva (e.g. MEI). Gostaria de saber de alguém que, recebendo um quinhão de terra do INCRA, tenha iniciado qualquer atividade agro-pastoril produtiva, e assim sendo, não mais necessitar militar nas hostes do MST. Não existe! É como na piada: "Nunca vi cabeça de bacalhau, enterro de anão, ex-Bolsa-Família e produtos do MST."
A reportagem é clara. O SEED dava condições mínimas para que ideias com potencial econômico pudessem ser conhecidas pelo mercado mundial. Notem que o valor desembolsado pelo Estado é ínfimo em relação daquele investido por empresas privadas, ou seja, era um programa auto-sustentável. Mas como já disse uma vez Roberto Campos, o PT é "o partido dos trabalhadores que não trabalham" , daí, criar empregos, por qualquer via, não é desejável. Aliás, bem ao contrário, porque pessoas trabalhando e se enriquecendo, tornam-se, necessariamente, mais independentes, contrário portanto aos objetivos do PT a da esquerda em geral.
Com Pimentel não será diferente. Ele vai usar a verba do SEED em algum programa de nome pomposo que enriquecerá apaniguados e criará mais um curral de votos que é o que interessa ao seu partido, o PT.
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