O Brasil é realmente surreal. A pantomima da Rio+20 segue entre tropeços e cabeçadas. Mas quando alguma coisa se aproxima da realidade... Vejam se esta notícia da CBN não é para rir.
Chuva prejudica aldeia montada para receber índios durante a Rio+20
Estruturas na Colônia Juliano Moreira, na Zona Oeste do Rio, estão cheias de lama. Aldeia Kari-Oca vai receber 1.200 índios brasileiros e estrangeiros. Os eventos oficiais da conferência já começaram. Mais de 130 chefes de Estado vão debater desenvolvimento econômico e proteção ambiental no Rio até o dia 22.
Ouça a reportagem
Prestenção: montaram uma aldeia indígena para receber os índios que vão participar da pantomima. Até aí, tudo bem, afinal, lugar de índio é na oca — na Kari-Oca (bem original!). São Sebá, o santo padroeiro do Rio, entende mesmo é de flechas, não de ocas, ao que Pedro, guardião das torneiras do Céu, resolve ajudar mandando uma chuva para dar veracidade e cor local à Kari-Oca (realmente, muito original), ou era pra dar. Pois melou tudo, na visão dos silvícolas, organizadores e repórteres. Índio que vai à Rio+20 gosta mesmo é da piscina do Copa e dos salões do Glória. Que oca que nada, ainda mais enlameada!
Vocês ouviram a reportagem? Se não ouviram, ouçam — é bestial, pá! Pela foto dá para ver que a oca ficou bem real (palmas para Pedro), isto é, esta é a imagem que eu tenho de uma oca indígena das tribos que supostamente "vivem" na Amazônia, a maior rain forest do planeta. Ou será que não?!
A reportagem é bem elucidativa: nossos índios precisam de fiação elétrica, pás-carregadeiras —não retro-escavadeiras, como disse a "repórter" —, para limpar a aldeia alargada (sic), além de computadores, Internet, telefones e refeitório. Não é exagero não, até porque aqui ninguém é de ferro, menos ainda nossos índios. O leitor que tire suas conclusões.
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