terça-feira, 25 de agosto de 2015

Arranhando a casca


O site "Diário do Poder" noticia e eu replico (grifos meus):

Suíça: Há mais propinas da Petrobras em outros países
Para embaixador, esquemas usados na estatal foram "sofisticados"

O governo suíço afirma que outras praças financeiras receberam valores potencialmente superiores aos que foram depositados nos bancos do país alpino em propinas relacionadas ao esquema de corrupção na Petrobrás. Em um encontro com jornalistas estrangeiros, o responsável pelo Departamento de Direitos Internacional da chancelaria suíça, Valentin Zellweger, também reconheceu que os próprios suíços precisam aprimorar seu sistema financeiro para lidar com dinheiro fruto de origem criminosa.

“Sabemos que há mais dinheiro fora daqui”, disse. Segundo ele, outras praças financeiras têm ainda mais dinheiro que a Suíça cuja origem seria o esquema na estatal brasileira. “Mas elas não comunicam”, declarou. No total, US$ 400 milhões em contas relacionadas com os ex-funcionários da entidade estatal foram bloqueados em contas na Suíça. Autoridades brasileiras negociam com os colegas do país europeu a repatriação dos recursos desviados da Petrobrás.

Questionado sobre como os bancos acabaram aceitando esses milhões de dólares de ex-executivos da Petrobrás sem questionamentos, o embaixador insistiu que a estrutura montada foi “sofisticada”. Segundo ele, o dinheiro depositado passou por várias sociedades antes de chegar até as contas na Suíça. Zellweger insistiu que era difícil ver em muitas ocasiões que o dinheiro se referia a pessoas politicamente expostas.

Mas ele mesmo admitiu que o sistema financeiro suíço precisa “fazer mais” para evitar tais situações. “Não temos um sistema 100% limpo. Mas nosso objetivo é o de minimizar os riscos”, disse.

Para o embaixador, a Suíça fez prova de transparência ao anunciar a existência de US$ 400 milhões bloqueados nas contas do país. Uma investigação foi aberta em abril de 2014 e, em março de 2015, o Ministério Público do país revelou 300 contas em 30 bancos diferentes com dinheiro fruto da corrupção. Em julho, a Suíça ainda anunciou que estava ampliando a investigação para também tratar da Odebrecht. Do total bloqueado, US$ 120 milhões foram devolvidos aos cofres brasileiros (íntegra abaixo).



Meu pitaco:

Nem é preciso ser expert para saber que há muito mais dinheiro espalhado por aí. Ainda quando era Maria "Caveirão" das Graças Foster a presidente da estatal, foi divulgado que uma soma de US$88,6 BILHÕES fora desviada da empresa em "pixulecos". Não foi uma conta exata, estava mais para "conta de padaria". Foi uma estimativa aproximada, algo para que a Price Waterhouse-Coopers considerasse "aceitável" para chancelar o excessivamente atrasado balanço da petroleira.

"Caveirão" foi demitida pela incontinência e o valor astronômico abafado. Aldemir "Hello!" Bendine foi chamado às pressas para costurar um balanço mais ameno — o que acabou conseguindo —, mas ainda vai ter que se explicar às autoridades americanas. Aliás, durante sua recente visita ao país do norte, Dilma foi citada oficialmente pela Justiça de lá. Um oficial de justiça lhe fez a clássica pergunta se ela era Dilma Vana Rousseff, e, ouvindo a confirmação, entregou-lhe a citação (vide links).

Que eu saiba, Dilma é a primeira presidente de um país citada como ré nos Estados Unidos da América. Ela também pode ser processada por dar um calote de US$ 100 mil numa empresa de locação de limusines de São Francisco em outra ação. Foram 16 limusines, 2 ônibus para repórteres e um caminhão-baú para as malas (!) gastos na sua breve passagem pela Califórnia.

Serão muitas histórias que ela vai poder contar aos seus netos...


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