quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Retaliando o "meu malvado"


Acabo de ler no Diário do Poder a seguinte matéria, grifos meus:

PF busca notas fiscais apresentadas por Cunha
Policiais queriam notas fiscais de despesas de Eduardo Cunha

Discretamente a Polícia Federal fez nova varredura, na segunda-feira, na Câmara dos Deputados: buscava no setor de verbas indenizatórias as notas fiscais apresentadas pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de cobrar propina no âmbito da Operação Lava Jato. A “batida” ocorre um dia após Cunha desprezar a tentativa de reaproximação de Dilma, gesto considerado tardio e desastroso.

Logo pela manhã, o departamento foi tomado por agentes da Polícia Federal, que vasculharam notas dos mandatos de Eduardo Cunha.

A PF, subordinada ao Ministério da Justiça, não comenta investigações em curso. Mas, na Câmara, a ação foi vista como “retaliação”.

O que chamou atenção foi a coincidência da “batida” acontecer apenas um dia após Cunha rechaçar a tentativa de reaproximação de Dilma.

O presidente da Câmara foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República após ser acusado de receber US$ 5 milhões no Petrolão.


O governo se mostra completamente desconcertado. Batem-se cabeças, gritam-se ordens, mas ninguém se entende. O último reduto de lucidez que era o Temer (ao qual muitos já se referem como Itemer numa alusão a Itamar Franco, vice-presidente que sucedeu Collor após seu impeachment) foi fritado sem qualquer cerimônia pelos acólitos da presidenta, Aloízio "I Love Me" Mercadante à frente, José Eduardo Cardozo logo atrás.

Como Temer não tem vocação para Joaquim Levy, mandou Dilma ir passear e foi para o Torto. Procurado novamente pela governanta para reassumir a "coordenação política", deve ter-lhe aconselhado um tratamento psiquiátrico antes de despachá-la com um NÃO. Afinal, ela alterna seu estado emocional com tal frequência que já pode ser medido em kHz.

Desprezada e inconsolável — afinal, ela não pode atirar um cinzeiro no vice-presidente (!) —, foi procurar ninguém mais, ninguém menos que Eduardo Cunha — "meu malvado predileto" —, que ouviu pacientemente as queixas e propostas da chefe do Executivo. De volta à Câmara, Gru, isto é, Cunha fez o seu melhor: infernizar o governo num jantar anti-Dilma com a oposição, enquanto retira o PT e partidos satélites das comissões da Câmara. Acho que isto explica a polícia e o...

"CORTEM-LHE A CABEÇA !!"


Meu pitaco:

Este governo já acabou há tempos. O que sobrou são fatos episódicos entre um e outro oximoro. E não importa o quanto grite a "Rainha de Copas", nós sabemos como a história termina.

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