sábado, 26 de novembro de 2011

Petismo: a exploração do trabalhador pelo "trabalhador"

Diz a máxima comunista que o Capitalismo é a exploração do homem pelo homem. Millôr Fernandes, com sua estocada certeira e contundente, retrucou: "O capitalismo é a exploração do homem pelo homem. O comunismo é o contrário."

Ge-ni-al !!

Mas não é sobre capitalismo e comunismo a razão deste artigo. A palavra-chave aqui é exploração. Repasso a vocês uma reportagem da Veja desta semana, grifos meus.

Assessores de Carlos Lupi pediam 1 milhão de reais por registro sindical

Nas últimas semanas, o país conheceu a extensa lista de serviços prestados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi – não aos brasileiros, mas ao seu partido, o PDT. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado acrescenta à relação mais uma traficância em curso na pasta: um esquema de extorsão envolvendo assessores de confiança do ministro que cobram propina para emitir o registro sindical. O governo foi alertado para o caso há nove meses por sindicalistas ligados ao PT, mas nada foi feito a respeito.

Irmar: sem propina = sem registro
Quem relata o caso é o mecânico Irmar Silva Batista, que foi pego na engrenagem quando tentava criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp). Em 2008, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, que lhe pediu 1 milhão de reais para liberar o registro. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.

Em fevereiro deste ano, Irmar enviou por e-mail uma carta para a presidente Dilma Rousseff e para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. No documento, ele narra o caso e pede providências. O Palácio do Planalto acusou o recebimento da carta em 9 de março, mas na semana passada a assessoria de imprensa da Presidência informou que não foi possível fazer nada. Por motivos técnicos: o trecho que narrava a denúncia, estranhamente, teria chegado cortado na mensagem recebida. Ouvidos por VEJA, todos os citados por Irmar Batista negaram o pedido de propina.

Em entrevista à reportagem, Irmar Batista contou em detalhes o pedido de propina. Confira a seguir duas das respostas publicadas por VEJA:

O senhor foi achacado no Ministério do Trabalho? No fim de 2008, fui a Brasília reclamar da demora para registrar o sindicato. Procurei o Medeiros (Luiz Antonio de Medeiros, então secretário de Relação do Trabalho), que me levou a uma sala ao lado e disse: "O que o Eudes acertar, está acertado". Então ficamos a sós com o Eudes Carneiro (assessor do ministério). Antes da reunião, o Eudes mandou a gente desligar os celulares. Sentamos à mesa e veio a proposta indecente: eles pediram 1 milhão de reais para liberar o registro do sindicato.

O senhor fala em esquema, o que sugere que seu caso não foi o único? Vários sindicatos foram extorquidos, mas o pessoal tem medo de aparecer. Há outros sindicatos que também foram vítimas disso que aceitaram pagar propina.

O lulo-petismo, há muito, inaugurou a prática da exploração da classe trabalhadora. Sob o véu da mentira de ser "um partido de trabalhadores", eles usam a classe operária como massa de manobra para seu projeto de poder. O PT não almeja nada além de estar no poder, não importam por quais caminhos ou alianças.

Assim, é fundador e signatário do Foro de São Paulo, uma agremiação esquerdista em que organizações como o  próprio PT, a FARC, o Partido Comunista Cubano, a Frente Sandinista de Libertação Nacional, etc. Mais detalhes na Wikipédia (em inglês).

Falo diretamente com o patrão, captou?!
Então, em pleno governo Lula, aquele que tinha (tem?!) uma aprovação de 80% ou mais, já rapinavam a grana dos sindicatos, isto é, a nossa grana! Porque os sindicatos e centrais sindicais são fundeados pelo infame Imposto Sindical, a maior excrescência tributária que se tem notícia na História da Humanidade e do Trabalhismo. O governo nos esbulha 1 (um) dia de trabalho por ano, um dia inteirinho de cada trabalhador formal do Brasil e manda o dinheiro para os sindicatos e centrais sindicais. Dessa forma, o governo garante que eles (sindicatos e centrais) permanecerão mansos e silentes à sua ação, não importando em que lombo a borduna vai bater.

Isto também faz de um sindicato um excelente negócio para seus dirigentes; pouco ou nenhum trabalho e grana fácil no caixa. Não quero generalizar, mas a cada dia que passa brotam centenas de novos sindicatos, só para participar do butim do Imposto Sindical. E foi percebendo isso, certamente, que o lulo-petismo resolveu cobrar uma modesta comissão, uma joia, luvas ou como quiser chamar a quantia de R$ 1 milhão. Está aí uma razão porque a Dilma precisou por o rabo entre as pernas no caso Lupi — ela estava mexendo na seara do patrão. O PT fez do sindicalismo uma franquia; nada mal para quem deplora o Capitalismo, o (neo-)Liberalismo e a exploração do homem pelo homem. No fundo, no fundo mesmo, a razão estava com o Millôr... a diferença é que o lulo-petismo não conhece limites.

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