segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

O que aconteceu com a nova classe média?


Não sei se vocês se deram conta, mas já faz um bom tempo que a expressão “nova classe média” sumiu da mídia (ou da imprensa como querem os puristas). Tão esgrimida em 2014 e anos anteriores, arrogantemente usada pela presidenta para ensinar ao mundo "como é que se fazia aqui", agora anda esquecida, ninguém mais fala dela. O que aconteceu com a nova classe média?

Leio no IDG Now! o seguinte (parcial, grifos meus):


Telefonia móvel perde 22,94 milhões de linhas ativas em um ano

Brasil encerrou 2015 com 257,79 milhões de acessos móveis. No fim de 2014 eram 280,73 milhões de linhas ativas, segundo a Anatel


O Brasil encerrou 2015 com menos 22,94 milhões de linhas celulares ativas, segundo dados divulgados pela Anatel. A agência registrou 257,79 milhões de linhas ativas em dezembro de 2015, contra 280,73 milhões em dezembro de 2014.

A perda foi entre as linhas pré-pagas, que em 2014 eram 212,93 milhões e em 2015 totalizavam 184,54 milhões. Nem mesmo o expressivo crescimento dos pós-pagos (de 67,80 milhões de linhas ativas em 2014, para 73,25 milhões de linhas ativas em 2015) foi suficiente para compensar a quantidade de pré-pagos desativados.


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Resultado: a teledensidade, que em dezembro de 2014 era de 137,96 acessos por 100 habitantes, caiu em dezembro de 2015 125,66 acessos. As maiores quedas foram registradas nas regiões com maior concentração populacional, como o Sudeste e o Sul, e também no Centro-Oeste, por conta de Brasília, que viu sua teledensidade encolher de 217,82 linhas por 100 habitantes em dezembro de  2014 para 191,21 linhas em dezembro de 2015.


Meu pitaco:

Eu poderia citar qualquer outro exemplo, mas preferi os celulares porque nesses dias uma pessoa fica sem comer mas não abre mão do celular. A queda é justamente na modalidade preferida pelas classes mais pobres. O exemplo é, por assim dizer, bastante eloquente, mas não está só…

No eleitoreiro “Minha Casa, Minha Vida”, o segmento Faixa 1 (o mais baixo), para famílias de renda até R$1,6 mil, apresenta os maiores níveis de inadimplência do programa: (17,5% em 2014, 22% no 1º semestre e 25% no 2º de 2015). É bom notar que o Programa praticamente dá o imóvel para o mutuário Faixa 1 (mais informações nos links abaixo) e ainda assim é nele que se apresenta o maior calote. Por que? Em minha modesta opinião porque eles, os mutuários, não têm ou perderam seus empregos, sua renda. O Partido dos Trabalhadores (faz-me rir) deveria ter dado condições reais para geração de postos de trabalho mas preferiu comprar votos com dinheiro público, isto é, nosso dinheiro, aquele que já se acabou.

Ao contrário do que se pensa, é na camada mais pobre que o alfanje corta primeiro e mais rente. Basta olhar para a tabela acima para ver que é nos Pré-Pagos que ocorre a queda brutal, e que se acelera à medida que o ano avança.

O leitor atento também deve ter notado uma melhora no trânsito, ainda que discreta. A miríade de calhambeques sumiu quase que totalmente. O pobre pode até ainda ter o seu, mas já não há dinheiro para a gasolina, para os impostos e as multas. Na verdade, nunca houve!, mas deu para enganar por um tempo.

O PT acena com mais e maiores impostos como forma de corrigir o problema. Eles são mesmo uma casta de salafrários que não faz esforço nem para roubar. São pródigos em atirar migalhas aos necessitados e bilhões nos próprios bolsos. E eles continuarão a fazer assim enquanto NÓS permitirmos, isto é, NÓS precisamos nos conscientizarmos de que ratos e baratas jamais abandonam nossa casa voluntariamente — precisam ser exterminados!

E quanto a nova classe média? O que se deu? Para onde foi? Ora, como na história da Cinderela, o relógio já tocou a meia-noite, a carruagem virou abóbora e só ficaram os ratos. O baile e os sapatos de cristal só duraram até o fim da campanha eleitoral.


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