O Estadão e outras mídias reportaram hoje:
Esfera cai do céu e assusta moradores do Maranhão
Trata-se de lixo espacial; ninguém ficou ferido
Uma esfera metálica, pesando um pouco mais de 30 quilos, e com diâmetro de cerca de 1 metro, caiu na zona rural do município de Anapurus, em Maranhão, na quarta-feira, 22, assustando os moradores da região.
Segundo informações da Polícia Militar, acionada pelos moradores, a esfera atingiu um cajueiro que ficou totalmente destruído. Apesar de o objeto cair perto de uma residência no povoado Riacho dos Poços, ninguém ficou ferido.
A esfera foi retirada pelos policiais militares e levada para o quartel da PM na cidade vizinha, em Chapadinha. Segundo a delegacia da cidade, como nenhum morador foi atingido, ninguém registrou boletim de ocorrência.
Segundo a PM, os moradores disseram que ouviram quatro estrondos e depois encontraram a esfera com pelo menos três partes amassadas. O lixo espacial tem uma base que deveria ser usava como apoio para segurar o objeto em uma das partes e um orifício em outro local.
Os policiais militares já entraram em contato com a Aeronáutica, que deve retirar o objeto metálico entre hoje e amanhã e levá-lo para São Luís. De acordo com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica, o caso será apurado.
Não deixa de ser interessante notar a placidez das autoridades estaduais e federais num caso como este. Das autoridades maranhenses não se deve esperar nada mesmo — estão ali só por passatempo, entre um Sarney e outro — e não se darão a qualquer trabalho. Entretanto, chega a ser bisonha a irresponsabilidade das demais "autoridades".
O que a maioria não sabe é que boa parte daquilo que se convencionou chamar "lixo espacial" é formado por células de material físsil responsável pelo provimento de energia a satélites (RTG). Uma estrovenga dessas pode conter uma boa quantidade de material ativo, já que a meia-vida de certos elementos radioativos, como o Plutônio-238 usado nesses casos, é de 87,7 anos!
Por fim, lamento que a tal esfera tenha caído em Anapurus. Para se fazer justiça, o melhor lugar seria em Curupu, a lata do lixo do Maranhão, onde com sorte acertaria alguém do clã e não um pobre cajuzeiro.
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