Hoje vou comentar sobre os últimos acontecimentos de monta na corrida presidencial, todos relativos a um mesmo candidato.
O primeiro foi a sabatina do Bolsonaro na GloboNews, feita ontem à noite. Oito repórteres e comentaristas do canal foram selecionados para a arguição do candidato à Presidência. Mediados pela jornalista e comentarista de economia Míriam Leitão, formaram o time de entrevistadores Valdo Cruz, Merval Pereira, Andréia Sadi, Fernando Gabeira, Gérson Camarotti, Mário Sérgio Conti, Cristiana Lôbo e Roberto D'Ávila.
O outro fato relevante foi a desistência da Janaína Paschoal de concorrer como vice de Bolsonaro na chapa do PSL.
Meu Pitaco:
Sabatina GloboNews
Num pano rápido, a sabatina foi um Roda Viva 2.0, isto é, Bolsonaro deitou e rolou. Dos nove escalados pela Globo, o único que conseguiu fazer perguntas minimamente honestas foi o Fernando Gabeira. Todo o resto, inclusive o imortal Merval Pereira, que o Sebastião Nery chama de "Merdal", foi posto no bolso pelo Capitão. Quando quis ficar por cima, levou alguns puxões de orelha e recolheu-se.
Repórter traquejado, Gérson Camarotti parecia um sub-ginasiano gaguejante; o Mário Sérgio Conti, que já comandou o Roda Viva e tem um programa de entrevistas na GloboNews, até que ensaiou umas mordidas mas foi posto de lado como um reles recruta de Tiro de Guerra. Já o Roberto D'Ávila, com aquele seu jeitão aristocrático, foi deixado sem ação depois de receber uma cortada mortal à sua provocação de que ele não reconhecia o "golpe militar e a ditadura de 1964". Patético.
Ponto alto da sabatina-entrevista, o Capitão lembrou, de cor, editorial d'O Globo no qual Roberto Marinho apoiava o regime militar. Calou a todos, ficaram sem ação e de boca aberta.
Finda a sabatina e depois da despedida do entrevistado, a Míriam Leitão, claramente assistida pelo ponto eletrônico, numa fala gaguejante e quase desconexa, deu uma explicação estapafúrdia de que O Globo se retratou do dito Editorial em 2013 e de que o entrevistado se esqueceu de mencionar isto. Ora, o jornalista Roberto Marinho, responsável pelo texto citado por Bolsonaro, já estava MORTO há dez (10) anos quando o desmentido post mortem foi publicado. Vejam mais nos links abaixo.
Janaína e o Príncipe
Confesso que estou aliviado com a renúncia da Dra. Janaína. Não quero com isto criticar a advogada e professora pelo que ela é. Apenas não julgo que ela tenha o temperamento necessário para um cargo político no Executivo, mesmo o de Vice. No Legislativo, vá lá, aquilo é mesmo uma casa de loucos, mas as pressões de um cargo Executivo são enormes e acredito que ela surtaria em poucos dias. Melhor sair enquanto os cabelos estão presos à cabeça.
Janaína é dada a rompantes histriônicos, tanto que produziram uma montagem dela com uma música do Iron Maiden. Nunca fui metaleiro, mas acredito que ela faria sucesso em qualquer palco do KISS, Black Sabbath e do próprio Iron Maiden. Mais no links abaixo.
Tudo indica que a escolha do vice recairá sobre Luiz Philippe de Orleans e Bragança, aliás como adiantado pelo próprio Bolsonaro durante a sabatina na Globonews. Apesar de alguns torcerem o nariz para o Príncipe (a família dele abdicou dos direitos à sucessão) por ele pertencer à família Real Brasileira, trata-se de pessoa de grande formação em Ciências Políticas e Relações Internacionais. Ele já estava cotado para o Itamaraty num eventual Governo Bolsonaro.
Conclusão:
- Bolsonaro vai subir. Sua performance na sabatina global foi muito boa e a repercussão na mídia especializada e nas redes sociais é a melhor possível. Espero pela próxima pesquisa para confirmar minha análise.
- Janaína não fará muita falta. Aqueles que diziam que ela traria o voto feminino para Bolsonaro se esquecem que ele já tem esse voto. O voto que falta a ele é justamente aquele que o Luiz Philippe pode conseguir, isto é, aquele oriundo da classe média e do empresariado.
Links:
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