terça-feira, 19 de maio de 2015

Há algo de Novo no ar


Em meio à pestilência do governo Dilma, dos escândalos diários, dos esbulhos bilionários e que tais; o brasileiro comum, o nosso average man, se vê como cego em meio a tiroteio. Não há local seguro onde se proteger.

De um lado, a mídia trombeteia a briga entre Renan — presidente do Senado e do Congresso — e Dilma, a presidenta. Nem entro no mérito se há ou não razão para tal. Uns dizem que a celeuma começou porque afilhados políticos dele foram desdenhados para indicações desse ou daquele escalão — palavra que denomina os quinhões de governo —, ou apeados da teta estatal, defenestrados que foram na sua honra ou competência, se é que as têm. Para mostrar força, Renan devolveu uma Medida Provisória, que, em condições normais de temperatura e pressão, agasalharia bovinamente. Em outras palavras, não foi por probidade, honradez ou espírito público que Renan pôs Dilma em seu devido lugar; foi vingança.

Na Câmara não é diferente. Cunha trata Dilma a chibatadas, um dia sim e no outro também. Suas razões não são diferentes daquelas do Renan. Há até casos em que ambos disputam o mesmo cargo, a mesma indicação, a mesma teta. Digamos assim que espancam a presidenta para que ela solte o osso que pensam ser deles. O osso — é bom que fique claro —, somos nós, os pobres brasileiros que pagam a conta, que arcam com os prejuízos, que sofrem no lombo com cada uma das experiências milagrosas e salvadoras gestadas pelo Poder.

Você também não põe suas esperanças no judiciário, põe? Nem quero com este comentário diminuir nossa justiça (a minúscula é proposital) — há nela pessoas de grande qualidade, como é o caso do juiz Sérgio Moro — mas uma justiça tão morosa quanto a nossa, tão tardia por costume, É POR DEFINIÇÃO FALHA.

Então assim é. Estamos todos perdidos ENQUANTO nos dispusermos à TUTELA do estado ineficaz, explorador e bandido. Seremos sempre os cegos a fugir das balas e petardos trocados entre executivo, legislativo e judiciário. E mais: somos também a imensa maioria escrava obrigada a PRODUZIR e a CONTRIBUIR para o governo algoz. Nesse ínterim, vivemos numa perene roleta russa onde a única variável a nos confortar é o número de balas no tambor, não a prática ou não do suicídio. Esta é uma situação que precisa mudar imediatamente. É preciso jogar fora o modelo vigente.

E tudo indica que ao menos uma parcela de brasileiros se inclina para algo novo, algo diferente. As manifestações de 15 de Março e de 12 de Abril já demonstraram que, ao menos para uma boa parcela da população, o que aí está não nos convém. E isto não é novo. Desde 2011 eu divulgo o MBE-Movimento Brasil Eficiente, brilhante iniciativa do economista Paulo Rabello de Castro. Mais recentemente, surgiu o Partido Novo, ainda em processo de estruturação, como forma de romper com o establishment atual, para sair dessa prática insana de "correr atrás do próprio rabo".

Dentro do escopo dos partidos atuais não há solução possível. Em que pese haver aqui e ali nomes de pessoas íntegras e comprometidas com a boa política, suas agremiações se mantêm fieis à velha prática da negociata e do compadrio. Pergunto: o que poderá fazer o Senador Ronaldo Caiado contra a iminente fusão do seu partido (DEM) com o PTB? Nada! Sua luta histórica em defesa dos produtores rurais desde o tempo da UDR-União Democrática Ruralista será jogada na lata do lixo. Quem defende a classe rural é a mais nova amiguinha da presidenta — Kátia Abreu — egressa do mesmo PFL de Caiado, tisnada pelas tintas do PSD de Kassab e finalmente acoitada no PMDB, de sei lá qual facção, corrente ou conveniência.

Também não haverá futuro para ele noutra agremiação. Acaso acreditam que o PSDB de FHC, Serra e Aécio possa acomodá-lo? Jamais! Eu volto a afirmar: O PSDB É UM PT COM VERNIZ; tão venal e tão canalha quanto, apesar de ser mais cuidadoso com a língua portuguesa nos seus discursos. A diferença é que se faz venal e canalha MAS COM ESTILO.

O que se faz urgente é encontrar novas saídas para velhos problemas. Encontrar respostas plausíveis e factíveis para as demandas populares que se mostram nas manifestações de rua e nos panelaços. A paciência se esgota como fica patente nos achaques que sofreram Guido Mantega e Alexandre Padilha. Dilma e Lula não mais saem às ruas. Esgueiram-se por  salões e auditórios fechados, com plateia amestrada (claque) e acessos de entrada e saída o mais distante de público. Chegam e saem em carros blindados de vidros escuros, não para se protegerem dos arroubos dos fãs, mas dos achaques do povo traído. Na última vez que se arriscaram — um casamento, há mais de seis meses combinado — abrilhantaram a cerimônia com um panelaço à la carte, belo adereço para uma cerimônia regada a Black Label, Mouton Rotschild e finos canapés. Presentão. Tenho dúvidas se serão novamente convidados para cerimônias públicas no país.

Tudo somado e subtraído, vocês podem se perguntar: o que por no lugar? Eu sugeriria algo NOVO, algo diferente. Existe gente decente querendo ofertar uma saída honesta para algo que há muito apodreceu mas que insiste em não cair do galho. Minha sugestão é que vocês assistam a uma excelente palestra do economista, consultor e professor Paulo Rabello. Trata-se de uma apresentação longa mas que vale cada minuto. É uma aula e tanto!


Eu acredito que vocês passarão a ver o que aí está com outros olhos. E mais: passarão a ver que existe uma forma HONESTA de sair desse imbróglio, que existe solução.


Meu pitaco:

"A audácia do maus se alimenta da covardia e da omissão do bons."
 (Papa Leão XIII)


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