terça-feira, 26 de maio de 2015

Muita celeuma sobre caminhos a seguir


Gente culta, graúda ou nem tanto, e especialistas que vivem de dar pareceres a quem compra, perdem um tempo enorme discutindo qual o caminho a tomar para apear Dilma do poder. Reinaldo Azevedo, para citar um nome, pessoa de minha alta conta, já fala sobre isto há semanas. Bobagem; perda de tempo; mas no caso dele é escusável já que vive de vender notícias. A crítica que faço é aos bocós do PSDB e de outros partidos mais ou menos alinhados com eles.

O senador Aluízio Nunes (PSDB-SP) chegou a gravar um vídeo ( link abaixo) para explicar o porquê do método peessedebista ser o, digamos assim, melhor e mais garantido. Abro um parêntese aqui para anotar que Reinaldo Azevedo também comunga desta linha. Fecha o parêntese.

O PSDB, do alto de sua arrogância, contratou um jurista para desencavar uma bala de prata que derrubaria Dilma do Planalto e a mandaria para Porto Alegre, cidade que ficaria menos alegre certamente. Miguel Reale — o Júnior, não o Senior que já se foi — cavou, cavou e pariu um parecer que deve ter custado os olhos da cara de FHC. Não se preocupem, o dinheiro não era dele, mas o nosso. Neste parecer o caminho seria o da denúncia por crime comum, não a de crime de responsabilidade, onde o julgamento é político e feito pelo Senado. Naquele outro, o julgamento é criminal e feito pelo Supremo. É aqui que pergunto: E DAÍ?

PSDB et caterva bradam que um processo de impeachment não passa pela Câmara e daí o rodeio que fazem para julgá-la (Dilma, a presidenta) no STF. Mas pasmem! Mesmo lá, no Supremo, o processo PRECISA NECESSARIAMENTE PASSAR PELA CÂMARA! Vejam os dois roteiros no fluxograma abaixo, pelo qual peço desculpas antecipadas por quaisquer incorreções. Afinal, não sou jurista como Reale Jr., ou estaria uns quatrocentos mil mais rico esta hora.


Viram?! Em qualquer um dos dois casos É PRECISO A APROVAÇÃO DE DOIS TERÇOS DA CÂMARA sem a qual o processo morre. Quando do impeachment do Collor, foram os caras-pintadas (entre outros) que pressionaram a Câmara para a abertura do processo. Sem a manifestação das ruas, Collor teria terminado seu mandato e, com ele, também o Brasil. Vocês acham que com Dilma será diferente? FHC e seus poltrões acham que sim, o que não me admira, já que eles têm se especializado em perder eleições.

Já o Movimento Brasil Livre-MBL, secundado por outros movimentos como o Revoltados Online, além de graciosamente apoiados por gente como o economista Adolfo Sachsida que vêm dando divulgação e apoio intensivo desde o início da Marcha pela Liberdade iniciada há mais de um mês, estes são as caras-pintadas de hoje. Eles se amparam no parecer do Dr. Ives Gandra Martins (link abaixo, com o perdão para o palavrório da "Jô" de saias), aliás, o primeiro Jurista a dizer publicamente que Dilma era impichável. Que eu saiba, ele nem cobrou nada por isso...

E se é como foi dito, que o governo tem maioria folgada no Congresso e até no Supremo, então eu sugiro que cada um escolha um sapato velho, uma botina de pescaria, um tamanco de madeira bem dura porque nós teremos que tirar esse pessoal de lá a pontapés.

Vamos ver o que nos reserva o dia de amanhã, mas sem o apoio popular, ESQUEÇAM!


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