segunda-feira, 4 de abril de 2016

Afinada uma ova!


Leio no Estadão o seguinte (grifos meus):

Conselheiros da Petrobrás questionam impacto da redução de preços da gasolina


Gasolina: Eventual redução de preços

RIO - A discussão sobre uma eventual redução nos preços de diesel e gasolina pela diretoria da Petrobrás provocou mal estar entre integrantes do conselho de administração. A avaliação de alguns conselheiros ouvidos pelo Broadcast é que o colegiado tem posição "afinada com o mercado" e a redução de preços abalaria a estratégia da companhia para reconquistar credibilidade.

A decisão cabe à diretoria, mas alguns integrantes do Conselho criticaram não ter participado das discussões sobre o tema. Ontem, alguns integrantes trocaram mensagens questionando a decisão pela redução de preços, veiculada na imprensa.

"A Petrobrás, em função de seu caixa, tem que maximizar o retorno com seus produtos. Esta é a filosofia e recomendação do conselho. Maximizar sem expor a companhia à competição que pode ser desvantajosa", ponderou um conselheiro.

É também do Estadão um comentário de Celso Ming sobre a mesma matéria (grifos meus):

Baixa da gasolina?

Os preços da gasolina estão hoje mais de 50% acima dos preços internacionais e os do diesel, 71%.

A diretoria argumenta que os preços internos substancialmente mais elevados não só derrubaram o consumo, mas também criaram condições para importação por empresas independentes. (A Cosan pode ser uma delas).

Já o Conselho de Administração prefere manter os preços atuais de maneira a garantir recomposição do caixa da Petrobrás, fortemente delapidado (sic) com a política populista de preços achatados de 2011 a 2014.

Se prevalecer o ponto de vista da diretoria, a redução de preços concorrerá para reduzir a inflação e, num segundo momento, para reduzir os juros básicos (Selic). Além disso, pode produzir um respiro de agenda positiva para o governo Dilma.

Quem não vai (sic) gostar são os usineiros cujo produto, o etanol, terá de competir com uma gasolina mais barata.


Meu pitaco:

A Petrobrás, a maior das estatais brasileiras, sempre foi INCOMPETENTE na sua administração. Afinal, qualquer probleminha era (e ainda é!) sanado enfiando-se a mão no Tesouro. Desde sempre — e mais intensamente nos últimos 13 anos —, ela se permitiu TUNGAR por motivos vários. Agora, quer recompor sua "credibilidade" fazendo caixa às custas do consumidor que não tem outra alternativa já que é vítima do monopólio estatal.

Notaram a observação do Ming? Gasolina 50% mais cara que os preços internacionais; o diesel ainda pior: 71%. Este último impacta diretamente no custo de TODOS os produtos e no de muitos serviços.

A REDUÇÃO dos preços dos combustíveis é fundamental para estancar o arrepio da inflação, mas algo me diz que este governo só se preocupa mesmo é em continuar no governo. Que o impeachment venha logo.

Ah! Também não espero nada dos usineiros produtores de etanol, nem derramo lágrimas por eles. Não têm qualquer compromisso com os consumidores do produto etanol. É que o AÇÚCAR tem se mostrado uma commodity mais rentável que o combustível. Eles pegam financiamentos subsidiados no BNDES para fazer etanol e fazem açúcar. Nada contra! Negócios são negócios, mas que tal acabar com a hipocrisia e retirar o "esse" de Social do BNDES? Ele nasceu apenas BNDE; o esse entrou depois para facilitar a roubalheira.

Se você não se lembra , logo que o governo liberou o aumento da GASOLINA e do DIESEL, a gasolina subiu ~6% e o etanol ~16%. Por que senhores usineiros? Muy amigos…


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