quarta-feira, 6 de abril de 2016

Um país de irresponsáveis

Começo o texto com as acepções de "irresponsável" dada pelo Dicionário Houaiss, aquele que uso frequentemente:

  • adjetivo de dois gêneros
    não responsável
    1 que não pode ser responsabilizado
    2 que não está obrigado a responder pelos seus atos
    3 que revela irresponsabilidade
    Ex.: ato i.
  • adjetivo e substantivo de dois gêneros
    4 que ou aquele que age irresponsavelmente
    Ex.: adulto i.
    é um i. incapaz de assumir compromissos

A razão disso é que acho nosso país uma terra de irresponsáveis. Pior, nós nos desacostumamos a cobrar responsabilidade dos outros.
Fazemos isso EM CASA, com nossos filhos!

Não sei bem o que se deu com nossa geração — há muitas explicações por aí —, mas o fato é que NÓS somos os culpados por este estado de coisas. Somos NÓS e ninguém mais! Não podemos atribuir isso aos nossos pais. Eu me lembro bem da educação que tive e acredito piamente que ela não foi diferente da de vocês. Vá lá, uma coisinha aqui ou outra ali pode ter sido diferente, mas na essência, fomos ensinados a ser honestos, verdadeiros, justos e responsáveis.

Causa-me espanto porque não fizemos (fazemos) o mesmo com nossos filhos. Porque fomos (somos) tão LENIENTES com eles. Nossos pais diziam com orgulho "Ensinei meu filho para a Vida." e era verdade. Tão logo pude, arrumei um trabalho e fui ser independente. Logo descobri que "ser independente" não era fácil. Desde cedo descobri que o mês era maior que o salário, mas são essas vicissitudes que fazem o Homem. É claro, a escola ajuda, e muito, mas é a Vida a grande universidade.

Nossa leniência com os valores dos nossos pais moldou essa geração que aí está. Nossa sociedade é formada por nós — pais lenientes — e filhos adultos pachorrentos e inconsequentes. Não é incomum filhos maduros (30 anos ou mais) viverem com os pais, muitas vezes com seus próprios filhos! Aliás, o insucesso matrimonial deles é um claro indicativo de que eles não foram criados para a Vida. Ao primeiro revés, à primeira desavença, voltam para sua zona de conforto.

Fomos rebeldes. Nos rebelamos contra a "dureza", o rigor da nossa educação familiar e resolvemos reinventar a roda. Não há melhor roda que a redonda já inventada — não há educação familiar melhor que a rigorosa —, até porque a Vida é impiedosa com os fracos. Como resultado, criamos filhos voluntariosos.

Este preâmbulo tenta explicar — ao menos no meu julgamento — a razão pela qual o país chegou no atual estágio de FALÊNCIA TOTAL. Como é possível? Fosse o Brasil uma empresa e já teria FALIDO. Fosse uma família, idem! Como pudemos deixar a coisa chegar a este ponto? Eu olho para quem nos governa e vejo no governo gente da minha idade — PAIS — e gente como nossos filhos. O que está aí é culpa nossa! por ação direta, por legado ou por omissão.

Pode parecer um raciocínio simplório, mas Dilma faz o que faz porque NUNCA lhe disseram que certas coisas não se pode fazer. O mesmo vale para Lula. Que valor o pai violento e alcoólatra pode lhe passar? Nenhum, certamente. Suas melhores lembranças da infância era o de comer cabritas. Adulto, foi comer viuvinhas no sindicato. Valha-me Deus! e esse homem (?) governou o país por oito anos, e tudo leva a crer que ainda governa

Que melhor refúgio para essas pessoas voluntariosas que o esquerdismo? Não é de se admirar que hoje, em todo o país, a única coisa que nos difere politicamente é o grau de imersão no esquerdismo. Não há um único partido, no poder ou na oposição, que seja sequer de centro , o que dizer de direita ou conservador. O esquerdismo PROPÕE a destruição e o repúdio dos valores familiares, sociais e religiosos como forma para atingir a hegemonia. Aqui, vingou!

Nós precisamos mudar. Precisamos voltar aos antigos costumes, àqueles dos nossos pais, se quisermos salvar nossa sociedade, nosso país. Pessoas que fizeram o mal precisam ser responsabilizadas e punidas. Pessoas que fizerem o bem devem ser recompensadas. Pode parecer simplório, mas não, é apenas simples .


Um comentário:

Jurema Cappelletti disse...

Não sei se o teor do seu artigo tem tudo a ver com minha realidade (a realidade de meu marido!) e por isso gostei tanto dele. Mais uma vez usei um artigo seu para inserir em meu blog - http://jurema-cappelletti.blogspot.com.br/2016/04/um-pais-de-irresponsaveis-pitacos-de.html (não sei se o email que mandei foi para você também ou foi só para o Tony, até porque houve no gmail uma certa incoerência que me deixou na maior dúvida!)
FOI IRRESTÍVEL !

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