À medida que o processo de impeachment contra Dilma avança na Câmara, o PSDB volta a assombrar-se com seus próprios demônios.
Como qualquer outro partido minimamente estruturado, ele deseja o poder. Se para isso for necessário remover um ou mais partidos que o ocupam, que seja. O problema é que o partido a ser removido é o PT, seu evil twin.
Leiam o texto do Ilimar Franco logo abaixo (grifos meus) e eu retorno a seguir.
O dilema do PSDB
| 06:15 | Ilimar Franco, O Globo |
Aprovado o impeachment, o PSDB não quer afundar junto com o eventual insucesso do governo Temer. Seus líderes avaliam que são mínimas as chances de Temer debelar a crise .
Na semana passada, em São Paulo, concluíram que é muito arriscado associar a sigla a Temer. Por isso, tentam vender à opinião pública o discurso de que os tucanos que forem para o governo o farão em caráter pessoal.
Os tucanos querem que Temer assuma uma agenda de reformas ao sabor do mercado para reverter as expectativas. Essas medidas devem ser impopulares e gerar reações sociais.
Consultores lembram que Temer terá de enfrentar o desequilíbrio fiscal e financeiro. Isso o levará a cortar gastos e a aumentar os impostos.
Há poucos dias, FHC deu uma declaração de que "o PT é importante para a Democracia e não pode ser destruído" e coisa e tal. Ora, não sou eu que diz que o PT deve ser destruído. É A LEI! A Lei Orgânica dos Partidos é clara: são motivos de extinção de uma sigla a sua associação a entidades multinacionais (e.g. Foro de São Paulo), o recebimento de dinheiro proveniente do estrangeiro (e.g. das FARC, da SBM Offshore etc.), além dos inúmeros crimes praticados durante os governos Lula-1, Lula-2, Dilma-1 e Dilma-2, nos quais, por conta de gestões temerárias e criminosas levaram à situação pré-falimentar estatais como a Petrobrás. Seus dirigentes e tesoureiros já são habitués da Papuda e de outros presídios. Se isso não basta para arrepiar FHC é porque ele, no mínimo, concorda com tais práticas.
Durante os governos petistas o Brasil foi grande financiador de tiranias, ditaduras e proto-ditaduras nas Américas do Sul, Central e na África, através de polpudas transferências de recursos do BNDES, supostamente para o financiamento de empreiteiras brasileiras (e.g. Odebrecht, OAS, Schain etc.). Notem: não se fez um único financiamento para nenhuma das democracias desses continentes — somente ditaduras e tiranias — e há boas razões para isso.
A primeira coisa que se perde nas tiranias e ditaduras é a TRANSPARÊNCIA. Assim, um governo corrupto e ladrão pode celebrar negociatas à vontade sem o risco de ser descoberto. Basta distribuir uma benesse aqui e outra ali e se compra o silêncio, turva-se a visão, sacramenta-se o compadrio. O dinheiro dos impostos, ora bolas, é surrupiado debaixo de nossas vistas, e na eventual dúvida, quem comprovará que os milhões de dólares gastos no porto de Mariel foram de fato gastos lá, será o ínclito Fidel Castro ou seu também ínclito irmão Raúl. Bastaria uma auditoria para ver que o tal porto não deve ter custado nem 25% do valor declarado. Os superfaturados 75% ficaram aqui, no bolso do PT e dos seus coronéis, e com a empreiteira, que pagará cada vez mais propinas. Fidel ganhará um porto porque jamais pagará o empréstimo que fez. Fizeram o mesmo na Argentina, na Bolívia, no Equador, Angola, Senegal, Costa do Marfim et cetera. Recentemente, perdoou-se quase 1 bilhão em dívidas de países africanos porque "Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa do Brasil" .
Bom, isso é só um pequeno resumo para exemplificar o que aconteceu em pencas nesses últimos governos. A rapinagem foi tanta que — palavras do alto tucanato — não se acredita que Temer (caso assuma) seja capaz de reverter a situação. Menas verdade e INVEJA.
O untuoso FHC sempre planejou uma alternância perene entre o seu PSDB e o PT. Não nos esqueçamos: ele foi um dos fundadores do PT! Quando chegou ao fim do seu último mandato, FHC arrumou um candidato fraco de votos (Serra) para concorrer contra Lula. Lula ganhou! Quando Lula se enrolou no Mensalão, foi FHC quem barrou seu impeachment, lembram-se? Salvo por FHC, Lula derrota Alckmin (o picolé de chuchu) e inicia o segundo mandato com ideia de obter um terceiro. Não deu, mas Lula estava tão forte que FHC se acovardou em enfrentá-lo. Mandou o Serra novamente e ele perdeu novamente, dessa vez para Dilma, o poste. Vexame! FHC some da cena política. Só saiu da toca porque Aécio foi lá e o encheu de mimos.
Nessa altura o povo já estava de saco cheio da incompetência da Dilma e do seu mega-ministério de 39 figuras, onde se destacavam Mantega, Mercadante, Pilantrel e os "três porquinhos". Precisavam de um candidato de oposição e acharam Aécio. Coitado, enfrentou o voto comprado com bolsas e casebres, mentiras e fraudes eleitorais. Alguém vai dizer que "O PSDB fez auditoria das urnas e não encontrou provas de fraude." Menas verdade. A única coisa que se provou é que as urnas NÃO PODEM ser auditadas. O pior foi NINGUÉM do PSDB questionar o TSE (então capitaneado por Dias Toffoli) sobre a sala lacrada para apuração e totalização dos votos (urna a urna) enviados pelos TRE de cada estado. Nesta sala só foram permitidas a entrada de 27 pessoas. NENHUM FISCAL DE NENHUM PARTIDO auditou a somatória final. Apesar de tudo isso, Aécio disse a todos reconhecer a derrota. Lamentável. Decepcionante. Aécio disse as palavras, mas acho que quem as ditou foi FHC.
O PSDB está hoje sendo confrontado com seu irmão gêmeo mau, o PT. Fez-se a acareação e o exame de DNA. Um nega o outro em público; um defende o outro nos bastidores. São do mesmo sangue e carne. Apesar do mau Português falado por um, e do linguajar rebuscado do outro, são gatos do mesmo saco. Então, não é de se estranhar que adotem a mesma receita. Está lá, no texto do Ilimar: "Isso o levará a cortar gastos e a aumentar os impostos." Não! Aumentar impostos, NÃO! Cortar, cortar e cortar gastos? SIM! Acabar com a farra de 39 ministérios? SIM! É chegada a hora do eleito atender ao eleitorado.
CHEGA DE LULISMO! Nus e de barba feita ficam iguais, PT E PSDB. Não negam a raça, é verdade, ainda que o fraque e a cartola caem melhor em FHC que em Lula.
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