Esta foi uma semana de cão
para Dilma e a petralhada toda, Lula no meio — melhor —
encabeçando a lista. Até notícia de que
haveria em andamento um conchavo entre PT e PSDB, urdido nas
entranhas do Planalto, saiu. A jornalista responsável pelo
"furo" foi a Mônica Bergamo, da Folha. Aliás, sobre
ela, não existe frase melhor que aquela d'O
Antagonista: "Mônica
Bergamo, sobre quem não temos suspeitas, somente
certezas..." Touché, chapa-branca!
Quando a notícia saiu, dei
Pitaco para minha lista de assinantes com o título "O
conchavo PT - PSDB", o mesmo de O Antagonista, e
desci a lenha em
FHC. Hoje, leio o
desmentido do ex-presidente na nota abaixo:
"O momento não é para a
busca de aproximações com o governo, mas sim com o
povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do
Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas
prestadas à Justiça.
Qualquer conversa não pública
com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que
não deve ser salvo.
Cabe sim que as forças sociais,
econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre
como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o
país à crise moral e a economia à
recessão
Fernando Henrique
Cardoso"
O que se pode deduzir da
notícia dada por Mônica Bergamo e a nota de FHC? Ora,
primeiro, não
há dúvida de que o Planalto realmente tentou se
aproximar do PSDB.
Mônica pode ser chapa-branca mas não dá tiro
n'água. Ela é jornalista do tipo que tem
informações "de cocheira" e, em se tratando do
governo petista, é de cocheira sem aspas mesmo. A
notícia é estupefaciente — nada mais aloprado,
certo? — mas vocês esperariam algo diferente da
cabeça de Cardozo, o ministro da Justiça, ou de Luiz
Inácio Adams da AGU?
Segundo, é bom notar
que FHC não desmente
a proposta-conchavo. O que
ele diz na nota acima é que não quer
aproximações com o governo Dilma, mas antes quer a
apuração do Petrolão, dentre outras patuscadas
dos incomPeTentes. Menos mal, mas não deixa de ser
preocupante que o Planalto tenha visto em FHC, junto a Alckmin e
Serra, a tábua de salvação para o atoleiro em
que se meteram.
E para fechar, reproduzo o final
de excelente artigo de Miguel Reale Júnior
— Renúncia
já! —, publicado no
Estadão:
"No próximo dia 15, a passeata dos
indignados deve clamar por patriótica e ampla
renúncia. Dilma não tem condições
éticas e políticas para governar, carente de qualquer
credibilidade pelo passado nefasto e por ausência de
autoridade moral: é apenas a triste condutora de sua
herança maldita com um séquito de ex-ministros
investigados.
A saída da crise é ainda mais
estreita com representação do procurador-geral, pois
Eduardo Cunha e Renan também devem renunciar à
presidência de suas Casas. Malgrado a presunção
de inocência, não contam com as imprescindíveis
confiança e independência para desinfetar o
Brasil.
Renúncia já: a única via
em busca de pacto sério para reconstrução do
País."
Diante do que disse FHC e Miguel
Reale Jr., não restam dúvidas, a melhor saída seria a
renúncia. Qualquer
outra alternativa, até mesmo o Impeachment, só prejudicaria ainda mais o País
e a sociedade. Fica a
dúvida: teria Dilma grandeza para tanto? Eu digo que
NÃO. Ela é burra demais até para
isto!
O fato é que o atual
governo havia acabado antes mesmo de começar. Faltava-lhe
legitimidade e ainda falta. Não quero me referir à
vontade dos não-eleitores da governanta — eu no meio
—, refiro-me aos que votaram nela na esperança de
receber algumas migalhas de pão seco e embolorado que
não vieram e que não virão.
Dilma, Lula e o PT deram uma
rasteira nesses pobres coitados e eles sabem
disso. Tardiamente, mas
sabem...
Quer derrubar o
governo?
Dia 15 de Março peça à Dilma pra sair! |
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