sábado, 7 de março de 2015

Dilma, pede pra sair!

Esta foi uma semana de cão para Dilma e a petralhada toda, Lula no meio — melhor — encabeçando a lista. Até notícia de que haveria em andamento um conchavo entre PT e PSDB, urdido nas entranhas do Planalto, saiu. A jornalista responsável pelo "furo" foi a Mônica Bergamo, da Folha. Aliás, sobre ela, não existe frase melhor que aquela d'O Antagonista: "Mônica Bergamo, sobre quem não temos suspeitas, somente certezas..." Touché, chapa-branca!

Quando a notícia saiu, dei Pitaco para minha lista de assinantes com o título "O conchavo PT - PSDB", o mesmo de O Antagonista, e desci a lenha em FHC. Hoje, leio o desmentido do ex-presidente na nota abaixo:

 "O momento não é para a busca de aproximações com o governo, mas sim com o povo. Este quer antes de mais nada que se passe a limpo o caso do Petrolão: quer ver responsabilidades definidas e contas prestadas à Justiça.

Qualquer conversa não pública com o governo pareceria conchavo na tentativa de salvar o que não deve ser salvo.

Cabe sim que as forças sociais, econômicas e políticas se organizem e dialoguem sobre como corrigir os desmandos do lulo-petismo que levaram o país à crise moral e a economia à recessão

Fernando Henrique Cardoso"

O que se pode deduzir da notícia dada por Mônica Bergamo e a nota de FHC? Ora, primeiro, não há dúvida de que o Planalto realmente tentou se aproximar do PSDB. Mônica pode ser chapa-branca mas não dá tiro n'água. Ela é jornalista do tipo que tem informações "de cocheira" e, em se tratando do governo petista, é de cocheira sem aspas mesmo. A notícia é estupefaciente — nada mais aloprado, certo? — mas vocês esperariam algo diferente da cabeça de Cardozo, o ministro da Justiça, ou de Luiz Inácio Adams da AGU?

Segundo, é bom notar que FHC não desmente a proposta-conchavo. O que ele diz na nota acima é que não quer aproximações com o governo Dilma, mas antes quer a apuração do Petrolão, dentre outras patuscadas dos incomPeTentes. Menos mal, mas não deixa de ser preocupante que o Planalto tenha visto em FHC, junto a Alckmin e Serra, a tábua de salvação para o atoleiro em que se meteram.

E para fechar, reproduzo o final de excelente artigo de Miguel Reale Júnior — Renúncia já! —, publicado no Estadão:

"No próximo dia 15, a passeata dos indignados deve clamar por patriótica e ampla renúncia. Dilma não tem condições éticas e políticas para governar, carente de qualquer credibilidade pelo passado nefasto e por ausência de autoridade moral: é apenas a triste condutora de sua herança maldita com um séquito de ex-ministros investigados.

A saída da crise é ainda mais estreita com representação do procurador-geral, pois Eduardo Cunha e Renan também devem renunciar à presidência de suas Casas. Malgrado a presunção de inocência, não contam com as imprescindíveis confiança e independência para desinfetar o Brasil.

Renúncia já: a única via em busca de pacto sério para reconstrução do País."


Diante do que disse FHC e Miguel Reale Jr., não restam dúvidas, a melhor saída seria a renúncia. Qualquer outra alternativa, até mesmo o Impeachment, só prejudicaria ainda mais o País e a sociedade. Fica a dúvida: teria Dilma grandeza para tanto? Eu digo que NÃO. Ela é burra demais até para isto!

O fato é que o atual governo havia acabado antes mesmo de começar. Faltava-lhe legitimidade e ainda falta. Não quero me referir à vontade dos não-eleitores da governanta — eu no meio —, refiro-me aos que votaram nela na esperança de receber algumas migalhas de pão seco e embolorado que não vieram e que não virão. Dilma, Lula e o PT deram uma rasteira nesses pobres coitados e eles sabem disso. Tardiamente, mas sabem...

Quer derrubar o governo?
 
Dia 15 de Março peça à Dilma pra sair!
 
 

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