Recebo um e-mail enviado por dileto amigo esta manhã. Nele apenas uma imagem de dois palácios presidenciais e números com a força de trabalho de cada um, o daqui dez (10!) vezes maior que a do outro.
Nem me dei ao trabalho de confirmar a veracidade dos números; sei que o Brasil é um país de superlativos, especialmente quando se trata de gastar o dinheiro alheio ou mesmo de roubá-lo. Se faltar — todos sabem — há muito mais de onde veio o que acabou-se.
É bom deixar claro: o que está acima não é uma exclusividade do petismo, mas um vício que nos persegue desde quando D. João VI aqui chegou fugindo de Napoleão. A malversação da coisa pública, em especial do erário, vem crescendo desde então. A situação do Estado vem se agravando sistematicamente, ano após ano. Vejam estes dados (grifos meus):
"O governo da presidente Dilma Rousseff conta atualmente com mais de 107 mil cargos ocupados por pessoas que foram empregadas por livre nomeação, ou seja, sem a necessidade de comprovar conhecimento e habilidades específicas através de concurso público ou apresentação de títulos. Todas as indicações para os chamados cargos comissionados são feitas por integrantes de partidos governistas e da base aliada, mas o PT, por razões óbvias, mantém maior expressividade nas indicações realizadas. Com pagamentos que variam entre 1 e 40 salários mínimos (R$788,00 a R$31.520,00), a interminável lista de empregos por indicação sobrecarrega mensalmente os cofres públicos."
Sabendo que aqui no Brasil, o custo da folha de pagamentos onera o empregador (o governo, por via direta, e nós, por via indireta) em dobro, podemos estimar um gasto da ordem de 3,5 milhões/mês (conta de padaria) somente com salários dessa gente, nem quero pensar no custeio operacional que eles acarretam no "desempenho de funções".
Voltemos à imagem acima. Dez vezes mais é um achaque, palavra da moda graças ao ex-ministro-relâmpago Cid Gomes. Do lado de lá temos um palácio que serve ao mesmo tempo de residência oficial da Presidência, com toda sua entourage, assim como "escritório de despachos" do governo. Lá também estão abrigados os assessores diretos do presidente, da primeira-dama, seguranças e que tais. Todos somados, resultam num número de 460 pessoas. Nada mal, considerando que este era o número de funcionários da fábrica de Coca-Cola onde trabalhei em 1974. Mas tem mais...
Essa pessoas são para o suporte do homem mais poderoso da Terra. Os Estados Unidos da América são a maior economia do planeta, a maior potência bélica, fabril, científica, acadêmica, etc. Decidem, intercedem ou influenciam todos (ou quase todos) países do mundo e mais. A Presidência desse portento faz tudo isso com 460 pessoas. E quanto a nós?
Nós precisamos de dez vezes mais; 4.600 pelegos mamando às nossas custas que sequer CABEM fisicamente dentro do palácio. Devem ser (são!) 4,6 mil incompetentes porque, apesar de tanta gente, sequer influenciamos os países vizinhos. Na verdade, somos pautados por eles, "anões diplomáticos" que somos. E é bom ressaltar: são quase 5 mil pessoas APENAS para o Palácio do Planalto! Nossa governanta ainda tem a seu serviço toda a entourage do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto, sem falar no pessoal do "Planaltinho" em São Paulo, agora sem a Rose. Assim é Banânia...
E por que estou gastando o vernáculo tecendo essas comparações? Porque em lugar de CORTAR custos supérfluos, nosso ministro Joaquim "Mãos-de-Tesoura" Levy resolveu cortar nossos já parcos proventos, seja pelo aumento da tributação direta (fim de desonerações, aumentos de PIS, COFINS, CSLL, IPI, II e IOF), ou indireta (não correção da tabela do IR e inflação). O ministro deveria ao menos TENTAR imitar o gigante do Norte e reduzir a caterva planaltina em 10 vezes para começar, fazer o mesmo com os ministérios (de 8 a 12 ministérios tá bom demais), e assim, poder exigir maior parcimônia dos demais Poderes.
Somente após tudo isso é que se deveria cogitar em aumento de tributos, não sem antes penitenciar-se bastante, talvez até com uso do cilício.
Meu pitaco:
Entendeu, senhor ministro. O buraco onde o senhor deve botar a mão à busca de dinheiro não fica mais embaixo... Fica noutro lugar, aí mesmo ao seu lado. Pode começar com o buraco da Dilma.
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