quinta-feira, 26 de março de 2015

Simplesmente anti-Dilma



Diogo Mainardi publica em seu jornal eletrônico (blog) o seguinte texto que reproduzo na íntegra com alguns grifos meus:

"Grupos anti-Dilma se unem para novo ato, mas racham na pauta".

É a manchete da reportagem do Estado de S. Paulo sobre os protestos do próximo dia 12.

O Movimento Brasil Livre e o Revoltados On Line defendem o impeachment.

O Vem Pra Rua, por outro lado, "definiu três bandeiras principais: a redução do número dos ministérios, transparência nos dados sobre os empréstimos do BNDES e o impedimento do ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli para julgar os casos relacionados à Operação Lava Jato".

O Antagonista acha que "o impedimento do ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli para julgar os casos relacionados à Operação Lava Jato" é longo demais para caber num cartaz.

Ao mesmo tempo, é um erro se dividir neste momento .


Meu pitaco:

Eu não creio que os movimentos irão para a rua desunidos, rachados. Na hora do vamos ver eles se mostrarão coesos. Afinal, não são os movimentos que pautam os manifestantes; são os manifestantes que pautam os movimentos. Se assim é, por que o "racham na pauta"?

Eu creio que os "organizadores", ou melhor, os motivadores desse movimento de massas, não esperavam tamanha adesão. É admirável que pessoas tão jovens como o Kim Kataguiri e o Renan Hass, do Movimento Brasil Livre-MBL, conseguiram segurar o rojão sem perder o rebolado. Já o Rogério Chequer, mais velho, e "porta-voz" do Movimento Vem Pra Rua, mostrou-se, aparentemente, mais experiente ou mais cauteloso, o que no presente caso eu considero um quase defeito. Não disponho de maiores informações sobre os Revoltados Online então me limitarei aos já citados.

Todos eles já foram entrevistados pela mídia mais de uma vez. Joice Hasselmann da TVEJA (entrevista AQUI ) os entrevistou no último dia 17, e é nesta entrevista que começo a formar minha opinião. Nesta última Segunda o Rogério Chequer foi o entrevistado do Roda Viva (os 4 blocos do programa podem ser vistos no canal do Youtube da emissora. Não foi um bom programa, em grande parte pelo mau desempenho dos entrevistadores, noutra parte pela postura cautelosa do entrevistado — bem articulado mas um tanto tucano. A hora não é para luvas de pelica, mas de chutar a bunda desse (des)governo.

Resumindo, eu acredito que os "meninos" do MBL estão mais focados, marcaram seu objetivo e o perseguem implacavelmente. Eu gosto disso. Já o Chequer, do Vem Pra Rua, pareceu-me mais um "salvador do mundo", cheio de projetos e visões de um futuro melhor. Não que esteja errado — não está — mas este não é o momento para se arrumar a casa enquanto os ratos correm por todos os cômodos.

O pragmatismo mais primitivo manda primeiro eliminar os ratos. Depois, com a casa livre deles, arrumá-la e embelezá-la. Tentar fazer a "reforma cosmética" antes da assepsia, é desperdício de tempo, esforço humano e dinheiro. First things first — esta é a máxima a seguir. Primeiro tiramos a Dilma, depois o PT, depois botamos corruptos e corruptores na cadeia, depois reavemos o máximo possível do dinheiro roubado inclusive com a expropriação e confisco de bens dos condenados, depois...

"Toda caminhada começa com o primeiro passo" e o do dia 15 de Março foi gigantesco. O do dia 12 de Abril será ainda maior. Eu estarei lá, DE NOVO!

E mais: todos os Movimentos estão de parabéns!

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